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Documentário sobre Sebastião Salgado é indicado à estatueta

O longa sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, 'O Sal da Terra', codirigido pelo alemão Wim Wenders e pelo filho do mineiro, Juliano Ribeiro Salgado, é um dos indicados à estatueta em Hollywood

Por Mariane Morisawa (colaboradora)
Atualizado em 14 jan 2020, 20h01 - Publicado em 21 fev 2015, 06h00
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  • Vai ter um pouquinho de Brasil na cerimônia do Oscar em 22 de fevereiro: o documentário O Sal da Terra, dirigido pelo alemão Wim Wenders (Asas do Desejo e Paris, Texas, entre outros), 69 anos, em parceria com o “semibrasileiro” Juliano Ribeiro Salgado, 40, filho do objeto do filme, o fotógrafo Sebastião Salgado, 70.

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    O Sal da Terra – na verdade uma produção francesa – conta um pouco da trajetória de Sebastião Salgado, formado em economia, exilado depois do golpe militar de 1964 e fotógrafo há mais de 40 anos. Ele ficou famoso na década de 1980 com suas imagens impressionantes dos garimpeiros em Serra Pelada, empilhados em busca de uma pepita. Suas fotografias em preto e branco, reunidas em livros como Trabalhadores e Êxodos, são testemunhos do horror e da beleza do ser humano.

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    Wim Wenders
    Wim Wenders ()

    O documentário estreou mundialmente no Festival de Cannes, em maio do ano passado, de onde saiu com o prêmio especial do júri da mostra Um Certo Olhar. No Brasil, estreia em março, em data a definir – Salgado, que mora em Paris, vem para o lançamento.

    Juliano sempre acompanhou tudo de longe – logo depois de ele nascer, seu pai já passava de seis a oito meses por ano viajando atrás de suas imagens. Sua mãe, Lélia, 67, organizava a casa, ajudava no trabalho de Salgado e cuidava de Juliano e de seu irmão mais novo, Rodrigo, 35, que tem síndrome de Down.

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    Nascido e criado em Paris, Juliano não imaginava fazer um filme sobre seu pai. “Pelo menos não agora. Talvez quando eu mesmo fosse velhinho”, disse em entrevista durante o Festival de Cannes. Em 2009, Salgado o convidou para uma viagem para a Floresta Amazônica, ao território dos zoés. “Na verdade, não me senti seguro com a ideia de estar num lugar tão isolado, com meu pai, durante tanto tempo. Nossa comunicação sempre foi boa, mas um pouco distante”, conta. Contrariando suas expectativas, a viagem promoveu uma aproximação com Salgado, que ficou emocionado com as imagens feitas por Juliano, formado em cinema. Dali nasceu o documentário. Salgado não costuma visitar uma aldeia, um povo, e simplesmente tirar fotografias: ele vive entre aqueles que deseja retratar e ouve suas histórias, como fica evidente no documentário.

    Divulgação
    Divulgação ()

    Como o alemão Wenders já tinha anunciado que gostaria de fazer um filme sobre o fotógrafo, os dois decidiram juntar forças. O prestigiado diretor fez as entrevistas, projetando as fotografias impactantes para que Sebastião as comentasse, uma a uma. O mineiro esteve mergulhado nessas histórias por muito tempo, até que situações como um genocídio em Ruanda, na África, o fizeram mudar de rumo. Voltou para o Brasil e decidiu transformar a antiga propriedade da família, em Minas Gerais, em zona de reflorestamento. No projeto Gênesis, olhou para os cantos, os animais e as pessoas intocados pela sociedade moderna mostrando o que podemos perder ao destruir nosso planeta.

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