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Dan Stulbach está mais emotivo com seu personagem em Queridos Amigos

Dan Stulbach sugeriu a história da minissérie para a autora Maria Adelaide AmaralFoto: ZÉ PAULO CARDEAL / REDE GLOBO Uma conversa informal entre a autora Maria Adelaide Amaral e o ator paulistano Dan Stulbach resultou na minissérie Queridos Amigos, primeiro trabalho da escritora baseado em uma obra original sua, o romance Aos Meus Amigos. Um dia eu […]

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 13h17 - Publicado em 24 out 2008, 21h00
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  • Dan Stulbach sugeriu a história da 
    minissérie para a autora 
    Maria Adelaide Amaral
    Foto: ZÉ PAULO CARDEAL / REDE GLOBO

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    Uma conversa informal entre a autora Maria Adelaide Amaral e o ator paulistano Dan Stulbach resultou na minissérie Queridos Amigos, primeiro trabalho da escritora baseado em uma obra original sua, o romance Aos Meus Amigos. Um dia eu estava na casa dela, por conta de um outro trabalho, quando a Maria Adelaide me disse que a Globo estava querendo que ela escrevesse uma minissérie, relembra.

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    Ela não sabia exatamente o que escrever, quando eu disse que, há algum tempo, tinha lido o livro dela e achado a história lindíssima. Dois dias depois, ela me ligou dizendo que não só havia aceitado a minha sugestão, como queria que eu fizesse o Léo, conta o ator de 38 anos, que, durante esta entrevista, fez diversas pausas, tomado pela emoção. “Sou extremamente emotivo. Esse trabalho está mexendo muito comigo”, confessou Dan.

    Como é viver o Léo, um personagem cuja trama gira em torno dele?
    Maravilhoso. É um prazer enorme trabalhar nesse projeto, um texto profundo que me permite exercitar meu interior. Para nós, atores, é uma satisfação imensa não fazer um trabalho superficial. Difícil mesmo é fazer bobagem, algo que não acrescenta.

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    Léo tem esclerose múltipla. Teve contato com pessoas que sofrem dessa doença?
    Falei com algumas pessoas e todas disseram que o tratamento evoluiu muito. Mas o retrato da doença vem mais no final da minissérie. Já emagreci bastante, acho que uns 5 kg, para dar a fragilidade que o personagem vai precisar quando começar a ficar doente. Ele desiste de lutar contra a doença para fazer a vida valer a pena.

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    O que marcou você na década em que se passa a minissérie?
    Várias coisas. Na década de 80, eu vivi a minha adolescência. Em 1989, entrei para a Escola de Artes Dramáticas da USP. Foram os anos que mais influenciaram a minha vida.

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    A relação de amizade que é retratada tem a ver com você?
    Nesse sentido, sou um pouco Léo. Adoro ter os amigos em volta, ligo para os caras, a gente se encontra… É claro que, sendo ator, quando a galera saía para as baladas, eu estava ensaiando peças à noite. Com isso, acabei perdendo muitas relações pelo caminho. A minissérie me despertou a vontade de reencontrá- los. Quero fazer isso.

    Algum amigo que você não via há muito tempo o procurou quando viu as chamadas da minissérie?
    Teve um que me ligou dizendo que tinha ficado emocionado; outro, que estava muito orgulhoso de mim. Amigo é isso, né? Eles fazem parte da minha vida.

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    Como você vivenciou o momento político nos anos 80?
    Fui ao meu primeiro comício político. Vivenciei pouco as Diretas Já!, porque eu era muito novo. Entendia o que era, mas não a dimensão do que aquele ato representava. Estudei no Colégio Rio Branco, em São Paulo, que por causa dos anos de ditadura não falava o que era democracia. Nunca me filiei a nenhum partido, mas jamais me esquecerei que o primeiro comício a que assisti foi do Lula, no Estádio do Pacaembu.

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    O que você destacaria nesta minissérie, comparando a outros trabalhos que já fez na TV?
    Esse é um trabalho diferente, não é feito para ser popular. Não tem necessariamente as chaves de um folhetim. Tem relações profundas, há pessoas tristes, há um protagonista que está doente. É um trabalho feito para que as pessoas gostem, se emocionem, fiquem mexidas; não para ter audiência. Para mim, é isso que se aproxima da arte.

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    Você chorou no momento em que assistia a algumas cenas. Tem sido assim durante as gravações?
    Direto. Sou um cara emotivo demais e muito tímido também. Por isso, fui fazer teatro. Estou a serviço do personagem, mas, através dele, digo muitas coisas nas quais acredito.

    Como foi aprender a fazer mágica?
    Sensacional! O mágico que me deu aula chama-se Fernando Ventura. Ele foi muito paciente comigo, me ensinou o jogo do olhar, que é muito importante. Foram dois meses de aulas, com truques do tipo tirar uma moeda de trás da orelha de uma pessoa, com cartas de baralho… A minissérie, aliás, começa com o Léo pegando um baralho e não conseguindo mais manejá-las. Esse é o primeiro sinal da doença dele. A mágica tem a ver com a personalidade do Léo. Isso o torna mais misterioso.

    Quais são seus projetos depois da minissérie?
    Quero muito voltar ao palco. Queridos Amigos, mais uma vez, me deu a certeza de que a pessoa precisa fazer aquilo em que acredita. Muitas vezes, você entra no projeto dos outros e não fica feliz. Também tenho o convite para fazer uma novela, mas não vou dizer qual é. Depois, não aceito e aí fica chato, né? (risos)

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