A bióloga que viralizou ensinando ciência e é finalista do Prêmio CLAUDIA 2025
Indicada na categoria influenciadora, a TikToker tem como propósito aproximar a ciência do público com linguagem acessível
Durante a pandemia de COVID-19, a bióloga Mari Krüger começou a criar conteúdo online sobre ciência. A ideia era, inicialmente, se distrair em uma época de restrições. Quando notou que seu perfil estava crescendo, entendeu que o hobby poderia virar profissão.
Hoje, seu objetivo é divulgar informações, desmentir mitos da indústria de bem-estar e ampliar o acesso à educação científica – sempre de forma bem-humorada. Com mais de um milhão de seguidores, é referência em “influência responsável”, trabalhando com marcas alinhadas aos seus valores.
Mari é uma das finalistas na categoria “Influenciadora” do Prêmio CLAUDIA 2025 e conversou conosco sobre seus desafios e realizações. Confira:
CLAUDIA: Como surgiu a ideia de fazer divulgação científica?
MK: Eu não pensei muito quando comecei. Hoje em dia, vemos várias pessoas que sonham em ser influenciadores. Mas, na verdade, lá em 2020, eu nem conhecia a possibilidade de trabalhar com a internet. Me formei em biologia, cheguei a entrar no mestrado, mas surgiu a oportunidade de trabalhar como DJ e gostei muito. Durante a pandemia, passei a gravar para ocupar a cabeça e não enlouquecer.
E deu super certo porque criei personagens, expliquei algumas coisas que eu ainda lembrava e as pessoas queriam saber mais coisas. Queriam que eu explicasse do meu jeito. Quando entendi que poderia ser uma profissão, fui estudar a criação de conteúdo e me atualizar. No fim, tentei fugir da sala de aula de todos os jeitos e hoje tenho uma sala de aula com milhões de pessoas.
CLAUDIA: Seu perfil consegue furar bolhas e atingir pessoas que talvez nem gostem de biologia. Como você percebe isso?
MK: Percebo como atinjo públicos muito diferentes quando estou andando na rua e a galera vem conversar comigo. Quando vou à feira e converso com um feirante, por exemplo, ele lembra dos meus conteúdos. Mas também é muito desafiador porque a ideia é impactar com pessoas diferentes e fazer com que elas entendam assuntos muito complexos. Muita gente tem medo da ciência porque aprende ela como uma coisa muito distante – veem o cientista como esse ser onipotente e distante.
CLAUDIA: E agora as pessoas entendem que ela está no dia a dia, né?!
MK: É muito gratificante. Agora elas conseguem entender o que acontece quando estão com um resfriado ou com uma gripe. Ou como funciona a vacina, o motivo de higienizar os vegetais… E talvez elas já fizessem coisas que são da ciência, mas nem sabiam o porquê – agora, quando apareço vestida de bactéria, elas entendem.
CLAUDIA: Junto com as meninas da página Nunca Vi Uma Cientista, vocês conseguiram mudar um pouco a forma como a gente entende a ciência. Você sente que está abrindo caminhos e mudando esse imaginário?
MK: Quando imaginamos um cientista, sempre pensamos em um homem. Temos poucas referências de cientistas mulheres. Historicamente falando, inclusive, várias descobertas foram feitas por mulheres, mas quem levou os créditos foram homens. Agora, há quem pense em mim, na Laura e na Ana. Somos pessoas que estamos fazendo ciência de uma forma diferente. É muito bacana receber mensagens de meninas que fazem vestibular de biologia porque gostaram dos meus conteúdos.
CLAUDIA: O que faz você seguir o propósito de divulgação científica?
MK: É a vontade de ensinar ciência que me faz acordar todos os dias e continuar fazendo isso apesar do ódio, das fake news e da desinformação. Não tem mais nada que eu gostaria de estar fazendo na minha vida além disso. Gosto de consumir ciência mesmo quando não estou trabalhando.
Apesar de ter me desconectado da vida acadêmica, sempre digo que a biologia nunca deixou de fazer parte de mim – ela mudou minhas escolhas, a forma como consumo comida, o jeito que planejo uma viagem ou como assisto algo na televisão.
CLAUDIA: O humor aproxima a ciência das pessoas?
MK: Sem dúvidas! Sempre digo que o humor é como se fosse um Cavalo de Tróia. A gente consegue pegar com humor aqueles que talvez não fossem gostar da ciência – eles estão assistindo a um vídeo porque estão achando engraçado e, de repente, saem com um conhecimento científico.
O Prêmio CLAUDIA 2025
Depois de seis anos, o Prêmio CLAUDIA está de volta pela primeira vez desde 2019, celebrando mulheres que transformam o Brasil em diferentes áreas. A edição 2025 será realizada no início de dezembro, e destaca finalistas que se tornaram referência em cultura, educação, negócios, direitos da mulher, saúde, inovação, sustentabilidade, trabalho social, influência digital e impacto do ano.
O júri desta edição reúne nomes influentes e plurais, como Zezé Motta, Maria da Penha, Luiza Helena Trajano e Ana Fontes, além das representantes da Editora Abril: Karin Hueck (editora-chefe de CLAUDIA), Helena Galante (diretora de núcleo da Abril), Andrea Abelleira (VP de Publishing da Editora Abril) e a jornalista Aline Midlej.
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