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Perdi 37 kg com a semente de linhaça

E o meu marido, que trabalhava rodeado de mulheres lindas e não me dava bola, passou a me dar lingerie de presente

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 05h55 - Publicado em 1 out 2009, 21h00
Ricardo Régener (/)
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Disse a mim mesma ”Elisangela, você é 
capaz”, e passei a perseguir a minha meta
Foto: Alessandro Dias

Um travesseiro pra chorar e um pote grande de sorvete napolitano. Era tudo que eu tinha pra me consolar da depressão. O relógio batia oito da noite e o Denis, meu marido, não chegava do trabalho. ”Ele está te traindo”, eu dizia pra mim mesma todo dia, chorando, entre uma colherada e outra de sorvete.

Depois do quinto filho, eu estava 37 quilos mais gorda e sem uma gota sequer de autoestima. Passava o dia de pijama e tomava banho por pura obrigação. Arrumar o cabelo e me maquiar estavam fora de cogitação. Os sutiãs GG já não serviam em mim – tinha que comprar peças sob encomenda.

Não transava mais

Meu marido não queria mais transar comigo, de tão gorda que eu estava. Imagine, ele trabalhava rodeado de mulheres bonitas, e eu entrava em pânico só de pensar que ele poderia sair com uma delas. Com esse sofrimento todo, sempre ia mais um pote de sorvete, mais uma caixa de bombom ou mais seis pães no café da manhã. A comida era como um anestésico para os meus 91 quilos.

Me inspirei nas histórias da revista

Cansei de ouvir pessoas dizerem que a única solução pra mim seria a redução de estômago. Nem mesmo o meu marido acreditava que eu poderia sair daquela situação. Meu único estímulo vinha das histórias de emagrecimento que lia em revistas como a Sou+Eu!. Numa tarde de 2007, depois de ler uma dessas histórias, me enchi de esperança e decidi pelo menos tentar perder peso.

A minha maior descoberta foi a farinha de linhaça, uma semente que pode ser triturada até virar pó. Dá pra incrementar um monte de pratos com ela, é superfácil. Comprava o pacote a R$ 1,99. Além de barata, ela é muito nutritiva, dá uma sensação de saciedade e muita energia pra fazer exercícios.

Passava gel redutor

Sim, eu comecei a fazer exercícios. Me habituei a acordar mais cedo e caminhar 30 minutos por dia. Além disso, juntei dinheiro e comprei um gel redutor e uma cinta compressora, pra não deixar a pele flácida. Em apenas 20 dias já notei que a cinta estava ficando folgada. O meu manequim tinha pulado do 46 para o 44.

”Elisangela, você é capaz”, eu disse a mim mesma. Passei, então, a perseguir a minha meta: chegar aos 65 quilos. Meu marido me provocava, dizia que eu só chegaria aos 67 ou 68. Claro que ele se arrependeu do que disse quando eu cheguei aos 65 kg, apenas cinco meses depois. Se arrependeu tanto que passou a me dar dinheiro pra comprar a linhaça, o gel redutor e pagar a academia.

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Inventei receitas leves e gostosas

Mudei meus hábitos à mesa. Redescobri certos alimentos e passei a inventar pratos saudáveis e gostosos para fazer em casa. No lugar de hambúrguer e steak de frango, comecei a preparar receitas com legumes e vegetais. Em vez de bolo, passei a comer frutas.

Enquanto o ponteiro da balança caía, a minha autoestima só subia. A mudança no espelho era tão visível que o Denis até começou a me dar lingerie de presente! Nossa vida sexual voltou a todo vapor.

Cheguei ao manequim 38

O pior da obesidade já tinha passado, meu manequim já era 42 e eu sabia que era capaz de entrar num jeans 38. O meu pique já estava tão bom que eu perdi mais 11 quilos em dois meses e cheguei aos 54, meu peso atual. Hoje, mais do que uma mulher linda, sou a prova de que mesmo com pouco dinheiro, cinco filhos pra criar e uma depressão é possível encontrar forças para se superar e emagrecer. O mais importante é não desistir nunca no meio das dificuldades.

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Da redação

Os poderes da linhaça Rica em fibras, a linhaça é uma semente poderosa para regular o intestino. Em forma de farinha ela é ainda mais efi caz, pois aumenta a sensação de saciedade e reduz a ansiedade. O gosto da farinha é neutro e não altera o sabor dos alimentos. Isso permite incluí-la em várias refeições. Dá pra misturá-la no leite, em sucos, vitaminas, na salada de frutas ou mesmo no arroz e feijão do dia a dia.

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