“Tudo É Justo”: série com Kim Kardashian merece mesmo todo o hate?
Lançada no Disney+, a trama acompanha advogadas especializadas em divórcio que vivem imersas em um mundo luxuoso
Duas advogadas se percebem cansadas de trabalhar em um ambiente masculino e decidem abrir seu próprio escritório. Quando pedem demissão à respeitada chefe, ganham a permissão de levar consigo só mais uma pessoa da firma. A cena rapidamente corta para anos depois, quando as protagonistas vivem a fama de serem as melhores profissionais do país.
Esse é um breve resumo do piloto da série Tudo É Justo (All’s Fair), criada por Ryan Murphy e lançada este mês no Disney+. Além de visualmente glamourosa, o que chamou atenção do público desde o início foi o elenco, que conta com nomes como Kim Kardashian, Naomi Watts, Sarah Paulson, Niecy Nash e Glenn Close.
Para a crítica, um desastre
Como atrizes tão renomadas foram capazes de protagonizar um lançamento tão ruim? Essa foi uma das perguntas lançadas pela crítica internacional, que detestou a série com todas as suas forças. O jornal britânico The Guardian escreveu, inclusive, que “não sabia que era possível fazer algo tão desastroso”.
Por um lado, é possível entender: a narrativa esbanja carros luxuosos, jatinhos particulares, joias caríssimas e mansões gigantescas. Os diálogos são, sim, um tanto rasos e a atuação de Kim, que também é produtora executiva, não é das melhores – o que é compreensível, já que a rainha dos realities não é atriz. O roteiro, por sua vez, deixa de lado qualquer embate no tribunal para dar espaço a acordos extrajudiciais que partem de subornos.
Para o público, um novelão
Podem dizer o que quiserem, mas a série teve a maior estreia global do selo Hulu nos últimos três anos – um sucesso que pode ser vinculado à influência da própria Kardashian, que mantém milhões de seguidores nas redes sociais.
Já como espectadora, é difícil afirmar que algo é só ruim e ponto final. Apesar dos furos, a história traz temas sociais importantíssimos, principalmente para as mulheres. Murphy incluiu discussões sobre pressão estética, menopausa, maternidade solo e até congelamento de óvulos, com leveza – trazendo conhecimento a espectadores que talvez nunca tenham pensado sobre esses assuntos.
O quarto episódio é o ponto alto e destaca o trabalho impecável de Niecy Nash. A atriz, também comediante, interpreta Emerald, que sofre as consequências de um abuso sexual. A personagem precisa lidar com o medo de encarar a perda de autonomia de seu corpo e o sofrimento de entender que, na maioria das vezes, a justiça é falha.
No fim das contas, Tudo É Justo é o típico caso de uma série que divide opiniões e cumpre seu papel de gerar conversa. Entre exageros estéticos e dilemas morais, o drama reflete sobre privilégio e as contradições do feminino contemporâneo. É um retrato glamouroso, mas não vazio, de mulheres que lutam para se manter firmes em um mundo que ainda insiste em testá-las. A temporada tem 10 episódios e cada um deles é lançado semanalmente, sempre às terças-feiras.
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