Primeiras fotos de Sarah Paulson como enfermeira Ratched são divulgadas
Série sobe personagem icônica e assustadora de "Um Estranho no Ninho" estreia em setembro
Ela é uma das maiores vilãs dos palcos, eternizada nas telas do cinema com a brilhante e premiada atuação de Louise Fletcher. A enfermeira Mildred Ratched virou sinônimo de “monstro” para várias gerações impactadas com o filme “Um Estranho no Ninho”, tanto que ganhou uma série só sua mais de quarenta anos depois, na Netflix. Quem assina a produção é o aclamado Ryan Murphy, mais uma vez trabalhando com Sarah Paulson no papel de Ratched.
Os fãs foram à loucura com as primeiras imagens oficiais de Paulson na pele da assustadora personagem. Com um elenco de peso, “Ratched” estreia no dia 8 de setembro e vai contar a história pessoal da enfermeira e como ela chegou até o centro psiquiátrico onde ficou famosa. Vamos conhecer os primeiros passos na carreira dela e como acompanhou experimentos psiquiátricos desconfortantes e que a influenciaram para sempre. Se depender do talento de Paulson, será incrível.
Em “Um Estranho no Ninho”, Fletcher é uma enfermeira fria, centrada, dura e favorável a tratamentos que incluem drogas, punição e lobotomia para manter a ordem entre os pacientes. Ela é o oposto e oponente ao “herói”, o golpista R.P. McMurphy, um dos melhores papéis de Jack Nicholson. O filme, e a peça, nasceram de um livro com o mesmo nome, de 1962, escrito por Ken Kesey. Aos 24 anos, o escritor foi voluntário para pesquisas feitas pelo Governo americano sobre os feitos das drogas alucinógenas, como LSD. Uma vez por semana ele se apresentava no hospital, onde era medicado e observado por enfermeiras que o inspiraram para criar Mildred Ratched.
Os movimentos feministas dos anos 1970 criticaram duramente que a única personagem feminina da trama seja uma mulher. Mais ainda, destacavam a história como o “medo fundamental do homem de mulheres que tenham poder”, como escreveu Leslie Horst. Ainda assim, ela é adorada e temida por cinéfilos.
Kirk Douglas foi quem adaptou o livro para o teatro e sonhou em estrelar o filme, mas não conseguiu. Seu filho, Michael, é o produtor do longa que foi dirigido por Milos Forman.
O filme “O Estranho no Ninho” é um dos raros que a indústria chama de “big five”(os cinco maiores) porque ganhou Melhor ator, atriz, diretor, roteiro e filme. Não há dúvida da aprovação com todos esses prêmios. Aliás, como curiosidade, ele consta na lista de um dos preferidos de Barack Obama.
Difícil mesmo vai ser evitar as comparações da interpretação de Paulson para uma atuação tão definitiva como a de Louise Fletcher. Louise, que foi determinante na composição da personagem, trouxe para as telas uma humanidade que Ratched não tinha nos livros e o resultado foi ainda mais assustador. Para atriz, Ratched tinha certeza que estava sempre certa. “Ela estava cuidando deles [pacientes] e eles tinham que estar felizes por estarem sendo medicados ou ouvir a música que ela escolheu. E fazer com ela se sentisse bem sobre como ela era com eles”, disse à Vanity Fair, em 2018.
“Eu logo vi que seria mais poderoso não conseguir enxergar esse demônio tão visível”, descreveu em 1977. “Ela é um instrumento de maldade. Ela não sabe que é má, pior, ela acha que está ajudando as pessoas”, completou.
Com o aclamado histórico de American Horror Story, Murphy promete acertar o tom. E tirar nosso sono.