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Juliana Vicente busca diversificar o cinema brasileiro

Diretora do documentário sobre os Racionais MC's conta sobre o processo de criação do filme e sua trajetória no audiovisual

Por Sarah Catherine Seles
9 dez 2022, 05h01

Imersa em um universo “branco e burguês”, a produtora e diretora Juliana Vicente não encontrava espaço para suas próprias narrativas. Uma das únicas mulheres negras em sua universidade, ela decidiu criar a Preta Portê Filmes, um meio que abriu possibilidades para ser e poder contar sobre quem é. A produtora audiovisual é focada na criação e impulsionamento de projetos com relevância social e artística, pensada para amplificar criações ligadas à temática preta, indígena e LGBTQIAP+“. A Preta Portê nasceu da necessidade de ter esse espaço para eu poder pensar na possibilidade de contar minhas histórias”, conta Juliana em entrevista a CLAUDIA.

Ao longo de sua carreira, ela trabalhou muito como produtora, para além de diretora, o que acabou impossibilitando-a de criar e materializar suas narrativas pessoais. “Em determinado momento eu percebi que estava abrindo mão de diversos projetos meus para contar histórias de outras pessoas e, naquele momento, era importante eu fazer meus próprios projetos”, lembra Juliana. Essa virada aconteceu em 2015, um marco especial na vida da diretora que, além de concorrer ao prêmio CLAUDIA, também foi ao festival de Berlim e ganhou quatro prêmios em Cannes com suas produções. Ano em que ela gravou a primeira entrevista com o Mano Brown, que resultou no documentário “Racionais – Das Ruas de São Paulo pro Mundo”, lançado este ano.

Juliana se aproximou dos Racionais MC’s em 2012, após dirigir o videoclipe da música Marighella (Mil Faces de um Homem Leal). Desde então, ela ficou em contato com Eliane Dias, esposa de Mano Brown, conversando sobre possibilidades audiovisuais com o grupo. “Fui indo aos shows e filmando ao longo de vários anos. Era um desejo meu e, ao mesmo tempo, eles precisavam. Foi também uma oportunidade de ficar mais perto e de conhecer mesmo, enfim, eu estava muito envolvida com o grupo e a pauta”.

“Eu fiz uma primeira entrevista no final de 2015  e depois voltei a falar com ele em 2020 e aí era quase outro planeta. De uma data para a outra milhares de coisas aconteceram em vários aspectos, de político e social, a gente estava num outro Brasil”, conta sobre o processo de desenvolvimento do documentário. Para a diretora, foi fundamental poder contar, a partir de uma perspectiva preta, a história de um grupo musical crucial para a história do país. “Foi um privilégio enorme poder ter os próprios artistas contando a história deles”.

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Com cenas gravadas ao longo dos mais de 30 anos de carreira dos Racionais MC’s e entrevistas exclusivas, o documentário tem produção da Preta Portê Filmes, produção executiva assinada por Juliana com Beatriz Carvalho e Gustavo Maximiliano. A coprodução é da Cosa Nostra e participação da Boogie Naipe. O longa está disponível na Netflix.

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