Luz Ribeiro, Nalü e Tawane Theodoro humanizam o Instagram com poesia
Elas transformaram o feed da rede social em uma antologia e se destacam por fazer uma revolução literária também na internet
Quem nunca entrou no Instagram e se conectou com mensagens transmitidas por textos e artes, com certeza não navegou direito nesta rede social! A plataforma se tornou um lugar em que muitos artistas usam como blog pessoal e portfólio, colocando no mundo virtual sua criatividade e personalidade.
Quando o assunto é poesia, o estilo literário é quem descreve o autor e suas ideias. Seja por uma ilustração construída pelas palavras ou por vídeos que dão ao texto outra cadência, fazer poesia é para quem consegue, em linhas, colocar o que vê, sente e projeta. É fazer uma revolução literária.
Sem paredes e outras barreiras físicas, as instapoetisas dão mais humanidade a um espaço em que a perfeição inalcançada ainda dita regras. CLAUDIA convidou algumas dessas poetas para um bate-papo nesta quarta-feira (17), na rede em que elas mais que dominam, o Instagram. Não poderíamos deixar de contar um pouco das histórias pessoais de cada uma por meio das palavras delas. Confira abaixo!
Nalü Romano (@naluromano)
“Nalü Romano é uma artista multidisciplinar e produtora cultural carioca que mora em Nova York.
Estudou teatro na City University of New York (CUNY) e compõe a equipe do coletivo internacional Mulheres da Resistência no Exterior.
É uma das idealizadoras do “Mulheres na Escrita”, a primeira feira literária feminista da língua portuguesa do mundo.
Colunista mensal no EmpowHer NY, ela também escreve semanalmente o “toda terça um troço.”
É autora de Você (e todas as outras coisas que me machucam também), best seller de poesia na Amazon em 2019, também disponível em inglês. Sua segunda obra Pela primeira vez volto ao riso sem riso, que conta com ilustrações autorias, será publicada em abril de 2021.
Assina seu nome com dois pontinhos (ü) porque é uma carinha feliz.
Nalü compartilha seus escritos no instagram pois acredita na poesia como elemento revolucionário também dentro da internet.
Ela os escreve à mão, aposta na escrita livre (às vezes até de sentido) e tem o humor como marca registrada!”
Tawane Theodoro (@pretata_)
“Tawane Theodoro, escorpiana de 1998, é nascida e criada no bairro do Capão Redondo/Zona Sul de SP.
Entrou na poesia marginal em 2016, quando teve seu primeiro contato com essa categoria da arte através do sarau do Cursinho Popular Carolina de Jesus, e logo de primeira se jogou de cabeça nesse mundo.
Hoje é autora do livro Afrofênix: A fúria negra ressurge (Editora Quirino,2019), uma das organizadoras do Sarau do Capão e do Slam do Bronx e também é poeta formadora do Slam Interescolar (projeto do Slam da Guilhermina).
Durante a pandemia usou a sua conta do Instagram pra firmar ainda mais a sua carreira, postando um conteúdo voltado para as suas poesias e a venda do seu livro.”
Luz Ribeiro (@luzribeiropoesia)
“em tempos de redes sociais, luz ribeiro prefere pousar em redes de balanços e afetos.
@luzribeiropoesia tem alguns seguidores, mas sonha em ter sempre com quem seguir.
luz integra o grupo de pesquisa e teatro “coletivo legítima defesa”.
escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia.
campeã do “slam flup nacional” (2015) e do “slam br” (2016) e semi finalista da “coupe du monde de slam de poésie” (FRA – 2017).
campeã do slam br especial (2021), protagonizou um dos capítulos da série “bravos” na tv brasil.
autora dos livros eterno contínuo (2013), espanca estanca (2017) e novembro [pequeno manual de como fazer suturas].
33 anos, raiou no verão de são paulo, gosta de escrever com letrinha minúscula, nasceu antes de aquário pra presa não ficar. luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.”
Assista à live, conduzida pela diretora de CLAUDIA, Guta Nascimento, em que essas três mulheres dividem experiências de processo criativo, troca com o público no ambiente digital e aspirações de um futuro possível e com muita poesia.