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As melhores séries de 2022

Entre os lançamentos do ano, The White Lotus, Ruptura, Wandinha e mais se destacaram por motivos que vão além de qualquer hype de redes sociais

Por Paula Jacob
25 dez 2022, 08h53

Que o streaming tem tido uma relevância absurda na nossa vida, sabemos. Porém, de uns anos para cá, as séries têm ficado cada vez mais elaboradas, em termos de roteiro, direção, atuação e ambientação. O que, antes, eram “apenas” uma forma de divertimento, hoje, já competem de igual para igual com as técnicas de grandes filmes. Isso fica evidente nas produções de sucesso de 2022. Aqui, selecionamos (com muita dificuldade) as 10 melhores séries do ano:

Ruptura

Criada por Ben Stiller, essa série original da Apple TV+ é daquelas de fazer o seu cérebro derreter desde o primeiro episódio – se você tentou dar uma chance e não passou dele, por favor, volte duas casas e dê play de novo. A história é sobre um experimento cirúrgico que é capaz de separar a sua memória da vida pessoal da memória profissional. Ou seja, você chega no trabalho sem saber o que se passa em casa, com seus amigos, no seu relacionamento. Tudo com a desculpa de que, dessa forma, é mais fácil montar um corpo de funcionários eficientes. O problema desse plano? Um ex-colega de Mark S. (Adam Scott) o encontra “do outro lado” e conta sobre uma cirurgia de reversão. A partir daí, o mistério psicológico com carga de sci-fi te envolve como uma trama policial, cheia de plot twists bem construídos e um final impecável para a segunda temporada, que chega ainda em 2023. Além do roteiro, da direção e da atuação do elenco, fica um destaque especial para a equipe técnica, de direção de fotografia e de arte, que conseguem criar uma atmosfera sempre beirando o estranho, nos dando a sensação de que algo errado pode acontecer a qualquer momento. 

O Urso

Curta, intensa, perfeita. A série da FX, veiculada no Brasil pelo Star Plus, acompanha bem de pertinho um chef de cozinha premiadíssimo que, após o suicídio do seu irmão mais velho, precisa cuidar do antigo restaurante da sua família, em Chicago. Contas atrasadas, falta de dinheiro, equipe desfalcada e muito estresse pautam a energia do local. Carmy (Jeremy Allen White) precisa, então, enfrentar seus ursos do passado para conseguir dar conta emocionalmente de estar ali, presente, funcionando e dando um direcionamento para a cozinha. Os altos e baixos causados por uma crise de ansiedade que vai se instaurando dentro dele mostra o quanto a vulnerabilidade masculina precisa ser colocada em pauta. Talvez a lição mais bonita (e importante) da série seja essa: homens, vocês podem conversar sobre as suas aflições, tristezas e frustrações. Caso contrário, o adoecimento mental será uma realidade. 

The White Lotus

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Se você vive na Terra, deve ter visto que a internet só falava da segunda temporada de The White Lotus nos últimos meses. A culpa disso eram os episódios semanais que a HBO Max ia soltando. Não só, claro, mas a qualidade de construção dramática com personagens muito bem construídos e uma trama bem amarradinha. Desta vez ambientada na Sicília, a série com a ~melhor equipe de hotelaria mostra, novamente, o caos que se instaura quando se reúne um monte de gente rica desequilibrada num lugar paradisíaco. Traições, jantares, picuinhas e vários tipos de entorpecentes guiam a atmosfera desses dias de hospedagem que, desculpe dizer, não acabam em festa.

Wandinha

Hit em todas as redes sociais, a maior série já vista da Netflix (batendo o recorde que, antes, era de Stranger Things), Wandinha é tudo o que fãs de Tim Burton e da Família Addams estavam precisando. A produção original do streaming é focada na personagem-título e na sua vivência enquanto aluna da escola Never More, para pessoas deslocadas – leia-se, dotadas de poderes dos mais diversos. Lá, ela vive todas as experiências da adolescência, só que na versão gótica, enquanto tenta desvendar os assassinatos que estão ocorrendo na floresta. Tudo para que nem a sua família, nem os colegas sejam culpados de tal atrocidade só porque são “diferentes”.  O roteiro afiado, com inserções de humor ácido, ajudam tanto Jane Ortega a entregar uma Wandinha diferente das outras já vividas no cinema e na TV, quanto a audiência a mergulhar nessa áurea de ironia e frieza. Na parte estética, é incrível entender como elementos das outras versões da Família Addams aparecem com sutileza: uma homenagem que não se apoia nisso para conseguir encantar os espectadores. 

Better Call Saul

Chegando a sua temporada final, a série spin-off de Breaking Bad mostra sua qualidade individual, com um protagonista impecável e uma atuação de Bob Odenkirk merecida de prêmios (por favor, Academia, reconheçam). Nessa leva de episódios, temos o desenrolar de todas as tramas que foram se construindo ao longo dos seis anos de produção, desde o cartel até o relacionamento dele com Kim Wexler (a excelente Rhea Seehorn), e episódios especiais que se passam após os acontecimentos de Breaking Bad. Um adeus muito bem feito, com a carga exata de memória afetiva para os fãs. Interessante também ver como a construção, evolução e término da parceria de negócios e afetiva de Kim e Jimmy (ou Saul). Por mais que a gente ame alguém, não necessariamente essa pessoa desperta o melhor em nós – e é isso que fica nítido nesta temporada.

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Hacks

Se a primeira temporada da série da HBO Max já tinha sido perfeita, a segunda superou todas as expectativas. A história, para quem não conhece, é sobre uma comediante lendária nos Estados Unidos que precisa se reinventar – caso contrário, ela perde seu prestigiado espaço nas apresentações mais cobiçadas de Las Vegas. Para ajudá-la na missão, sua equipe contrata uma comediante mais jovem para escrever os novos roteiros de seus shows. A relação de ambas, claro, é construída com ódio e alfinetadas, mas elas se encontram no meio do caminho. A segunda temporada explora esses altos e baixos em outros lugares, com mais drama e intensidade. Tudo o que a cidade proporciona. O grande feito da série é a química perfeita de comédia entre  as atrizes Jean Smart e Hannah Einbinder.

Abbott Elementary

Mocumentário (formato que mistura técnicas de documentário com sitcom) premiado no Emmy deste ano, essa série é tão fofa quanto divertida. A turma de professores na escola infantil precisa lidar com os perrengues do dia a dia, da falta de recursos que o Estado não proporciona aos alunos causando em sala de aula. E é aí que mora o diferencial: conseguir unir temas sérios com humor, sem se perder na piada pela piada. O elenco, majoritariamente negro, possui uma sintonia ótima, o que dá o tom leve e rapidinho.

Physical

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Talvez a série da Apple TV+ mais underreated? Talvez. Protagonizada brilhantemente por Rose Byrne, Physical fala sobre redenção, dança, pressão social, disturbios alimentares, independência financeira, boys lixo, maternidade, culpa… Ufa! Tudo o que acaba envolvendo a existência de uma mulher na sociedade machista e patriarcal na qual vivemos, só que ambientada nos anos 1980, na Califórnia. Sheila Rubin, antes dona de casa, sonha com o sucesso de seus vídeos de aeróbica. Na segunda temporada, sua personagem enfrenta outros tipos de empecilhos do mercado de TV ao passo que a vida pessoal se esvai em novos dramas. Destaque também para a atmosfera da produção, sempre muito alinhada com a década e a proposta disco. Sem contar a trilha sonora, que não deixa ninguém parado.

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