25 anos de “Sex and the City” e as valiosas lições da série
A produção é levemente datada em algumas questões, mas essencial em outras
Quem nunca desejou ser Carrie Bradshaw? As aspirantes à jornalismo e amantes de sapatos (alô, Manolo Blahnik!) certamente partilham desse pensamento até hoje sempre que Sex and the City é tópico de alguma conversa. A série, que estreou em 6 de junho de 1998, acompanhou uma geração que atualmente tem em torno dos 50, 60 anos e formou muitas outras ao longo das décadas. Após 25 anos, as lições de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda continuam relevantes e merecem serem revisitadas diversas vezes.
Sex and the City não foi o primeiro conteúdo de TV feito para mulheres, mas possui um diferencial e abriu o caminho para outras produções. Girls, I May Destroy You,The L Word, Insecure são alguns exemplos populares de outros seriados ótimos e com mulheres “reais”, que mostram que a vida não é um conto de fadas e é completamente aceitável não seguir os costumes do patriarcado.
Não estamos dizendo que o mundinho de Carrie Bradshaw não tem defeitos, como todo produto de época, ele é refém da mentalidade dos anos 1990 e 2000. Infelizmente, há problemáticas e episódios que não envelhecerem bem. Mas não há muito o que fazer, só agradecer que o mundo mudou e temos produções ótimas graças à Sex and the City. Tanto que há ensinamentos que aprendemos só com os erros das personagens. Veja, a seguir, 7 lições que a série nos deixou:
Os homens são tóxicos e as mulheres também
Talvez uma das maiores lições de Sex and the City seja mostrar que as pessoas são tóxicas, não temos limitações. Sim, os homens são mais, toda a formação da sociedade e o machismo estrutural comprova isso. No entanto, Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda não estão isentas de nada. Principalmente Carrie. Ela deu tão certo com o Senhor Big, porque, no fundo, eles são muito similares e construíram relação abusiva juntos.
Valorize as suas amigas
Ainda pegando o gancho do item anterior, o traço mais tóxico de Carrie não é em relacionamentos com homens (Aidan discordaria!) e, sim, com as suas amigas. Na série, frequentemente Carrie esquece que o mundo não gira em torno do seu umbigo e pensa apenas em si mesma.
Ok, um pouco de egocentrismo é necessário, mas a senhorita Bradshaw acredita piamente que os problemas dela são a prioridade de todos. Frequentemente, é necessário que Samantha, Miranda e Charlotte façam Carrie cair na real. Por isso, fica aqui o ensinamento da relevância de valorizar suas amigas. E a maior valorizadora de amizades na série é a Samantha.
Você pode discordar dos seus amigos
Amizades existem quando temos semelhanças com alguém. No entanto, não é necessário concordar em tudo. Discordar também é saudável. Bons amigos sempre vão te ouvir e respeitar sua opinião, ainda que não partilhe da mesma. Ser sincera é melhor do que passar pano para as amigas: mande a real (sem magoar ninguém!).
Você merece se mimar, mas sem estourar o limite do cartão
A geração, que atualmente tem em tornos dos 30, 40 anos, ainda era criança ou adolescente na época que a série foi lançada, então as lições sobre saúde financeira se fazem ainda mais importantes. A intenção não é perseguir todas os erros de Carrie, mas, infelizmente, ela é o próximo exemplo também. A personagem era apaixonada por moda e não tinha medo de gastar exageradamente em roupas, saltos e chapéus. Se mimar é ótimo, porém é preciso pensar friamente. Compre apenas o que sua condição financeira permite, nada de estourar o limite do cartão por sapatos novos.
Se prepare para ter alguns encontros ruins
Como qualquer mulher solteira, Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda passaram por situações dos mais diversos tipos na busca de um relacionamento ou apenas um encontro casual. Enquanto Charlotte enfrentou uma tour incessante atrás de um marido, as outras três seguiram pelas casualidades de relações fluídas.
Nesse contexto, é preciso ter em mente que nem todo date vai ser legal e vale estar preparada para o pior — na esperança de ser surpreendida. Hoje, com os aplicativos, é de extrema importância esse conselho. Nem tudo que reluz é ouro, ou seja, nem todo rostinho bonito vale a pena. As protagonistas de Sex and the City mostram que entender seu valor e ter suas amigas para rir depois de um encontro ruim são elementos indispensáveis.
A eterna busca pelo amor de outra pessoa te faz esquecer de si mesma
Samantha Jones disse uma vez: “O homem certo é uma ilusão. Comecem a viver sua vidas”. Essa é, de longe, outra valiosa lição de Sex and the City. As mulheres foram condicionadas a achar um par ideal e é triste perceber que isso nem existe. Assim, existem pessoas que dão muito certo e são felizes, mas passar uma vida inteira nessa busca é completamente absurdo. O protagonista da sua vida é você, não adianta passar anos na procura de validação externa. O relacionamento perfeito não existe e, mesmo que haja um amor real, ele não vem pronto: é preciso construir essa relação a dois.
Os verdadeiros amores da sua vida são seus amigos
Seguindo a linha do item anterior, na busca pelo par ideal existe também aquela falsa sensação de você só será feliz se encontrar alguém romanticamente falando. Se pararmos para pensar, as pessoas que mais nos fazem felizes (em todos os momentos) são aquelas que encontramos sem esforço ao longo da vida, nossos amigos e família. Eles nos colocam no eixo e jamais devemos deixar que o romance fique no meio de laços de amizade, que são tão fortes.