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Rachel Jordan

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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área

A pressão pelo corpo ideal voltou — e o impacto pode ser devastador

As canetas emagrecedoras reacendem a antiga obsessão por corpos extremamente magros na sociedade atual

Por Rachel Jordan
16 nov 2025, 15h00
Foto mostra apenas o corpo de quatro mulheres com padrões de beleza diversos posando juntas em estúdio.
O impacto da pressão estética afeta a autoestima e a saúde mental de mulheres fora do padrão ideal. (Freepik/Reprodução)
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Entre as muitas mudanças sociais que se transformaram em realidade nos últimos anos, uma em especial vem chamando atenção e, supostamente, conquistando um lugar de destaque na concorrida pirâmide que envolve o universo feminino: a diversidade corporal. 

Afinal, precisamos reconhecer que durante décadas acompanhamos de maneira praticamente passiva um culto desmedido à magreza extrema como um padrão natural ao qual toda mulher deveria se curvar e aceitar sem questionamentos.

Não há dúvidas de que, mesmo sem perceber, nós, mulheres, de diferentes faixas etárias e raças, alimentamos esse padrão altamente excludente e preconceituoso, principalmente no que diz respeito à indústria da moda.

No entanto, quando o movimento de reconhecimento, respeito e aceitação de corpos dos mais variados padrões e raças parecia se firmar como uma nova realidade, surgiu um elemento novo que, em pouco tempo, abalou o cenário que atua a favor da diversidade em todos os setores. Estou me referindo às aclamadas canetas emagrecedoras.

O impacto das canetas emagrecedoras

Close em pessoa aplicando caneta emagrecedora na barriga
As canetas emagrecedoras reacendem padrões de beleza que marginalizam corpos diversos. (Freepik/Reprodução)

Adotadas como uma promessa de emagrecimento rápido e seguro, e desviadas de sua principal função, que é o tratamento de diabetes do tipo 2 e obesidade, as canetas emagrecedoras provocaram um retorno às práticas do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, quando a magreza extrema era vista como protagonista de uma estética corporal ideal. 

E foi assim que, num piscar de olhos, vimos as canetas emagrecedoras “explodirem” em perfis de celebridades e influencers digitais seguidos por milhões de pessoas mundo afora. O fato é que essa mudança reacendeu a velha chama de que o corpo feminino ideal é o da mulher excessivamente magra.

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O retorno dos antigos padrões de beleza

E a confirmação de que essa narrativa voltou com força total à pirâmide corporal feminina foram os últimos desfiles das semanas de moda na Europa, Estados Unidos e Brasil. Grande parte das modelos selecionadas para desfilar as tendências das próximas temporadas pareciam ter saído do túnel do tempo em que mulheres muito magras eram símbolo de beleza e poder.

Mas, de volta à nossa realidade cotidiana, de que forma essa pressão pelo corpo ideal pode impactar mulheres que não se encaixam no velho padrão de magreza extrema?  

Impactos na autoestima e na saúde mental das mulheres

Quatro mulheres com padrões de beleza diversos posando juntas em estúdio.
A diversidade corporal emerge como resposta ao culto da magreza extrema na sociedade contemporânea. (Freepik/Reprodução)

Temos consciência de que tudo o que diz respeito ao corpo feminino pode abalar a autoestima e até a saúde mental de mulheres que não atendem ao conceito de corpo ideal e que por inúmeros motivos não reconhecem seu próprio valor.

Sabemos que tentar reverter esse cenário que perpetua por séculos, e lutar para que a diversidade corporal não perca o espaço conquistado, é uma missão desafiadora. Mas vale ressaltar que hoje estamos mais conscientes sobre nossa importância social e cultural. E esse aprendizado é um importante pilar de apoio.

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Outro ponto que precisa ser observado é que na maioria das vezes a magreza extrema é propagada por grupos de mulheres privilegiadas que transitam numa bolha que não corresponde à realidade social atual. A diversidade não pode ser vista como uma moda passageira, e sim como um relevante movimento de inclusão.

A crescente adesão de milhares de mulheres ao retorno da magreza extrema é, na verdade, um significativo reflexo de que ainda existem fortes resíduos de uma sociedade opressora e preconceituosa. 

Por isso, é fundamental que a opressão que nos afetou durante décadas não volte ao topo dessa pirâmide. Pois essa acomodação significaria a exclusão de mulheres reais em diferentes espaços de poder. Valorizar o seu corpo é contribuir de forma positiva para o fortalecimento da representatividade.

Abaixo sinalizo algumas reflexões que podem ajudar você a valorizar ainda mais o seu corpo e a pessoa que você é. 

Ideal de sucesso

Durante muito tempo, milhares de mulheres sequer questionaram por que somente os corpos magros eram sinônimo de sucesso e beleza. Não maltrate seu corpo, cada mulher é única e a diversidade precisa estar presente de diferentes formas.

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Continuar idealizando um tipo único de beleza e corpo ideal é desrespeitar a diversidade e a inclusão.

Indústria da Moda

No lugar de enaltecer marcas que não estão abertas à pluralidade corporal, valorize aquelas que abrem espaço para corpos reais de diferentes tipos e cores. Promover a inclusão de mulheres reais é contribuir para uma sociedade plural e mais verdadeira.

Redes Sociais

Use as redes sociais como uma ferramenta que trabalha a seu favor e não como um gatilho que dispara em você sentimentos como frustração, baixa autoestima e ansiedade. Não permita que um grupo privilegiado e excludente determine como você deve ser. 

Empoderamento

O verdadeiro poder está dentro de cada mulher e na forma como ela se comporta frente à discriminação social que insiste em impor regras como a de corpos esguios como ideais de beleza. Diante do espelho, admire a mulher que você é, e não aquela que a sociedade quer continuar manipulando com padrões irreais.

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