Avaliando o meu 2024
De volta às conversas com Ana Raia, Stéphanie Habrich reflete e faz um balanço de suas principais realizações ao longo deste ano
No ano passado, eu trouxe aqui na minha coluna, ótimas dicas da Ana Raia sobre como se planejar para o ano de 2024. Sua sugestão foi que definíssemos pequenas e grandes meta para o ano.
Quem cumprisse o passo a passo chegaria ao final deste ano com um saldo de dois eventos magníficos, quatro novas habilidades, quatro novos hábitos e seis miniaventuras.
A Ana, além de minha amiga, é especialista em desenvolvimento humano e uma grande referência nesse assunto, tanto que, uma vez por ano, ela organiza um retiro que ensina os participantes a fazerem uma retrospectiva de seu ano. Durante alguns dias, ela traz dinâmicas e palestras que ajudam a avaliar o que deu certo e o que deu errado.
A partir daí, cada um avalia o resultado final e o que pode ficar de aprendizado para o próximo ciclo. A nossa tendência é sempre carregar a tinta no que foi ruim, destacando as perdas e os sofrimentos. Isso é até compreensível se considerarmos que alguns acontecimentos deixam feridas profundas. Mas, certamente, junto com as perdas também tivemos ganhos e motivos para nos orgulhar.
O que a Ana nos ajuda a fazer é repassar o nosso ano e olhar com gentileza para tudo que passamos, tentando contar de forma positiva tudo aquilo que vivemos. “A nossa narrativa é o mais importante, porque ela gera o nosso estado de espírito para o próximo ciclo”, explica Ana.
Como foi meu desempenho
Neste final de 2024, voltei a encontrá-la para contar como foi a minha experiência ao longo de 2024. Segui suas orientações e até comprei um caderno com a intenção de anotar o que vinha vivenciando.
Todo o processo me fez muito bem e trouxe mudanças extremamente positivas para a minha vida. O mais difícil foi a criação dos novos hábitos. Foi realmente desafiador mudar a rotina (e a disposição) para incluir algo novo no dia a dia.
Por que isso aconteceu? “Pensa em quando você quis ensinar um filho a ter um hábito como escovar os dentes ou comer de boca fechada, quanto tempo demorou? Um hábito é como um músculo que você precisa fortalecer dia após dia”, me disse Ana.
Além disso, a correria muitas vezes nos leva para agir no modo automático. “Qualquer minuto que você vacilar, o automático entra e você volta a agir da forma antiga, porque essa musculatura não se fortaleceu o suficiente”, completa. O cansaço também atrapalha.
“É muito mais fácil você mudar um hábito quando estamos com vitalidade. Em fases de muito cansaço, fazemos o mínimo necessário para sobreviver e a sobrevivência é o automático. Tudo que exige nossa atenção demanda energia e é tão exaustivo que tem hora que jogamos tudo para o ar, porque não aguentamos mais”.
Para mudar esse ciclo, precisamos ter em mente o que ganhamos com essa mudança. É isso que faz o esforço valer a pena. No meu caso, anotar minhas realizações me ajudou a enxergar pontos positivos mesmo em momentos de crise ou quando o mundo parecia desabar sobre minha cabeça.
Também me mostrou que até os desafios têm um lado positivo. Se eu não tivesse passado por eles, provavelmente hoje eu estaria em um lugar muito pior do que estou hoje.
2024 foi bem desafiador, mas vendo tudo que realizei e os aprendizados que tive, me sinto pronta para criar um ótimo 2025.