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Denise Steiner Por DERMATOLOGIA A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp
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Peeling de fenol: mocinho ou vilão da pele?

Com resultado duradouro, ele é bem-vindo quando indicado corretamente

Por Denise Steiner
Atualizado em 5 ago 2022, 08h43 - Publicado em 5 ago 2022, 08h42
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  • O peeling de fenol tem uma longa história, que começou com o uso do peeling de Baker, que combinava fenol 88% + óleo de cróton, septisol e água. Esse procedimento é um peeling profundo, que penetra na derme causando necrose e provocando uma remodelação tecidual, melhorando manchas, rugas e flacidez com longa duração dos resultados.

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    Esse peeling é bastante agressivo, e tem um período de recuperação muito longo. Suas primeiras fórmulas eram semelhantes a uma receita de bolo, em que se usavam gotas e os volumes exatos não eram especificados. Ele ficou abandonado por muito tempo, pois os pacientes não desejavam procedimentos com recuperação demorada. No entanto alguns médicos estudiosos do assunto continuaram a fazer estudos e pesquisas, inclusive para saber qual a substância mais importante nessa formulação.

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    Hetter, que era um desses cientistas, após entender que o cróton era o componente mais efetivo, também estabeleceu o volume exato que poderia ser utilizado e idealizou a “solução estoque”, com 24 ml de fenol 88% e 1 ml de óleo de cróton.

    Essas formulações permitiriam fazer combinações onde a concentração de fenol ficou 35% e o cróton variando entre 0,4%, 0,8%, 1,2% e 1,6%. Isso permitiu que pudéssemos tratar a área ao redor dos olhos e boca em concentrações mais altas e o restante do rosto em concentrações mais baixas.

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    A maior indicação do uso do peeling de fenol é a pele muito envelhecida e também pode ser usado nas cicatrizes de acne. O paciente tem que ser selecionado e avaliado. Aqueles com arritmias ou problemas hepáticos e renais, assim como câncer, devem ser evitados.

    O peeling é preparado na hora do procedimento e espalhado com gaze ou espátula em cada unidade anatômica. Em geral, esperamos 20 minutos entre uma área e outra para que o fenol seja metabolizado. O “end point” é um frost cinza amarelado. O paciente toma analgésico e a gaze ou espátula é pressionada com vigor e muitas vezes no mesmo local.

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    O paciente fica inchado e depois com exsudação amarela e úmida, que dura de 5 a 7 diasNa sequência, ocorre um avermelhamento que dura em média de 2 a 3 meses. Nesse momento há muita produção de colágeno e elastina, com resultados inigualáveis.

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    A pele fica lisa, sem manchas, sem rugas e sem flacidez. O resultado dura muitos anos.

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    O fenol é mocinho e, quando bem indicado, nunca é vilão!

    Cuide-se.

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