As férias terminaram? É hora de cuidar da pele
A médica dermatologista Denise Steiner reflete sobre a importância da pele e dos cuidados com ela durante o período de descanso
A pele é o maior órgão do corpo humano, essa frase é repetida com frequência, o que a torna comum. Por essa razão não damos a devida importância para esse fato e não refletimos sobre a complexidade de um órgão imenso, com metros e metros de vasos sanguíneos e que, além disso, suporta as constantes agressões do meio exterior.
Vários estímulos externos prejudicam constantemente a pele como o sol, poluição, calor excessivo, vento, frio, ar-condicionado, banho quente, entre outros.
Além disso temos uma coleção de bactérias e micro-organismos inerentes à nossa pele e que nos defendem constantemente. Esses micro-organismos também são agredidos por medicações internas, doenças como a Covid-19 e assim por diante.
A nossa pele irá responder ao meio externo e também ao meio interno. Sendo assim a pele, os cabelos e as unhas mostram sinais de que algo saiu do equilíbrio.
Vamos olhar a nossa pele e prestar atenção nos sinais que ela está nos enviando. Qualquer inflamação ou avermelhamento da cútis pode ser um sinal de alerta como um pedido de socorro.
Esse avermelhamento ou inflamação pode aparecer na forma de espinhas, pústulas, foliculites, placas de urticária ou também exantemas que são avermelhamentos generalizados.
Outro sinal importante são os vasos superficiais aumentados, principalmente no rosto e às vezes no pescoço. Quando isso acontece, o rosto pode ficar constantemente avermelhado.
O avermelhamento externo da pele reflete inflamação e baixa de resistência interna. Doenças inflamatórias clássicas como acne, psoríase, eczema atópica, são repercussões de distúrbios metabólicos importantes.
O corpo também pode apresentar manchas escuras como melasma ou melanoses que podem significar alterações hormonais sistêmicas.
Quando o pescoço, axilas, virilhas ficam mais escurecidas e ásperas podem estar sinalizando alterações metabólicas como resistência à insulina e síndrome metabólica.
Micoses e viroses frequentes também podem significar predisposição à diabete e baixa de resistência imunológica. Manchas vermelhas, arredondadas, acastanhadas, que parecem não cicatrizar, podem significar um começo de câncer de pele.
Manchas roxas, espontâneas, que aparecem em pernas e braços podem significar problemas circulatórios, vasculites ou até mesmo o começo de uma leucemia.
Coceira cutânea intensa, generalizada e persistente pode ser um primeiro sinal de doença hepática, renal ou até mesmo linfoma.
Os cabelos e as unhas também podem demonstrar alterações na estrutura e também no crescimento que representem sinais de doenças internas. Em outro texto vamos aprofundar as explicações relativas a esses sinais.
A pele é o órgão que você enxerga e que, diferentemente do fígado, rim ou coração, torna visível seus sinais que podem ser precoces e assim de grande ajuda para a descoberta de doenças internas ou excesso de agressões externas.
Preste atenção na sua pele.
Cuide-se.