O que esperar do setor de casamentos em 2022
A lista de opções para o Grande Dia vai do oito ao oitenta e os noivos têm cada vez mais alternativas para personalizar sua festa
leque de opções nunca foi tão diverso e colorido quando se trata de casamentos. Após um ano difícil de adiamentos, a sensação de liberdade é o que guia o planejamento dos eventos em 2022.
Os formatos novos que surgiram com as restrições da pandemia de Covid-19 – elopements, micro e mini weddings – vieram para ficar, mas também vamos ver a volta dos mega eventos, para 500, 600, 1000 convidados. Com o avanço da vacinação e liberação da capacidade total de público, o mercado de casamentos prevê um boom nos próximos meses e as possibilidades são infinitas.
Segundo Ricardo Dias, presidente da Associação Brasileira de Eventos, o impacto do isolamento no segmento foi avassalador, mas a retomada será surpreendente na mesma medida.
As mudanças de comportamento que fomos obrigadas a fazer nos últimos dois anos tiveram efeitos profundos no setor. A busca por espaços amplos e ao ar livre, por exemplo, aumentou e vai continuar sendo uma alternativa válida para promover festas maiores. Como muitos estabelecimentos fecharam as portas, também veremos mais home weddings.
“Os casamentos em residências são festas feitas por alfaiates. Esses eventos são personalizados nos mínimos detalhes e a harmonia é total”, explica Ricardo. Podemos prever que muitas dessas festas acontecerão durante a semana, já que quase todos os sábados e domingos foram preenchidos por casamentos de 2020 e 2021 que foram adiados. “Com a adoção do home office, é possível curtir noite adentro em uma quarta ou quinta-feira e ainda trabalhar no dia seguinte”, comenta.
O investimento em entretenimento será enorme no próximo ano e, segundo Ricardo, os noivos vão precisar dar um reset no orçamento. Não só porque os insumos e serviços estarão mais caros, mas porque as festas em si serão mais longas. “Depois de quase dois anos fechados em casa, ninguém vai querer ir embora! Além disso, registramos um aumento de 10 a 20% no consumo de bebidas alcoólicas.”
Também veremos uma mudança no visual dos casamentos, surtida pela diminuição da oferta de flores. “Incentivamos os associados da AbraFesta a fugirem do artificial. Assim, podemos fortificar o mercado nacional e apoiar os produtores que foram prejudicados gravemente com a pandemia”, diz Ricardo. Os noivos que vão casar em 2022 terão mais consciência do impacto ambiental dos eventos que estão planejando. Como o preço das flores varia com a demanda, soluções criativas serão a saída. Podemos apostar em muitas folhagens e secos para decorar de maneira mais sustentável. A tecnologia, principalmente nos efeitos audiovisuais, também será uma grande aliada.
“Casamento gera casamento. As pessoas estão cansadas do digital e querem se conhecer ao vivo, dançar e já sair da festa namorando”, brinca Ricardo. Não podemos negar que o desejo por conexões e experiências reais está mais latente do que nunca. Alguém duvida que 2022 será o ano das comemorações?