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Meus pastéis me rendem até R$ 5 mil por mês

Comecei por necessidade, vendendo mingaus. Hoje o meu pastel de forno é muito famoso!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 06h49 - Publicado em 13 ago 2009, 21h00
Lígia Menezes (/)
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Meus pastéis me rendem até R$ 5 mil por mês

Quando meu esposo veio com a ideia do quiosque, me desesperei. Eu não sabia cozinhar nada!
Foto: arquivo pessoal

Tem gente da Bahia toda que vem até Mucugê só pra comer o meu pastel de forno. Dizem que é o melhor da Chapada Diamantina. Graças a ele já consegui comprar uma casa e financiar um carro. Nos melhores meses, chego a faturar R$ 5 mil! Vivo melhor hoje do que jamais sonhei viver um dia.

Tinha dia em que ganhava apenas R$ 15

Há sete anos, eu e meu marido nos mudamos de Feira de Santana para essa cidadezinha. Meu filho tinha menos de 2 anos. Eu estava desempregada e sem chance de arrumar um emprego, pois na cidade não tinha muitas opções.

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Comecei a preparar mingau de milho e canjica para vender. Era a única coisa que eu sabia fazer na época. Abria a toalha em uma mesa de madeira improvisada no meio da praça e vendia meus mingaus lá. Ainda assim, não dava para o sustento da família. Tinha dia em que conseguia apenas R$ 15.

Minha vida era difícil. Tinha de dar conta da casa, do filho e ainda vender o mingau. Todos os dias, no final da tarde, eu saía com a mesa, os caldeirões e com meu filho nos braços. Passávamos frio. A gente ficava até as 10 horas da noite na rua, ou até vender tudo.

Não cozinhava nada!

Aos poucos, juntamos umas economias. Até que surgiu a oportunidade de montar um quiosque. Quando meu esposo veio com a ideia, me desesperei. Eu não sabia cozinhar nada! Mas a necessidade falou mais alto. Então, alugamos o local e comprei algumas formas de pastel. Preparei as receitas que vinham no verso da embalagem. As primeiras fornadas ficaram horríveis. A receita não saía direito. Então, resolvi fazer da minha cabeça. E não é que deu certo? Hoje até tenho concorrência, mas todos dizem que meus pastéis se vendem sozinhos.

Eu batalhei muito

Limpamos, cozinhamos e servimos os clientes. É um ponto pequeno, temos que conservá-lo para que sempre atraia gente nova. O boca a boca é a melhor propaganda. Hoje em dia, por exemplo, tem um moço de Campinas que vem buscar os pastéis para revender lá. Até contratei uma menina para me ajudar com a limpeza. Agora sei me virar na cozinha. Já sei fazer coxinha, bolos, lanches… Não adianta inventar desculpas, para subir na vida é preciso ralar!

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