Conheça Lou Ana Garcia, gerente de impacto social do Rosewood
A gerente de impacto social do Rosewood quer mostrar ao mundo "a hotelaria do amanhã"
“Uma janela de sabedoria e aprendizagem, uma forma de se conectar a outras realidades.” É assim que Lou Ana Garcia, de 23 anos, enxerga a hotelaria. Ela é gerente de impacto social do Hotel Rosewood São Paulo, primeira unidade brasileira da rede seis-estrelas que é referência em hotéis de luxo no mundo, sempre com apreço exemplar pelas culturas e gastronomias locais.
Antes de assumir a função em terras brasileiras, Lou Ana passou por realidades diversas. Aos 16, ela saiu de casa para participar de um voluntariado no Senegal. No país africano, visitou um vilarejo afastado, com poucos recursos, assolado pela pobreza. Foi um momento crucial: “Me conectar com o que os outros estão vivendo, suas religiões, práticas e modos de pensar, me ajudou a entender realidades diferentes”.
Lou Ana carrega essa experiência como referência em seu trabalho no Rosewood, cujo alicerce é a sustentabilidade. Para ela, essa não é apenas uma palavra de interesse do mercado — é um estado de consciência.
“Eu não escolhi dedicar o meu tempo à sustentabilidade. Eu vi o impacto das mudanças climáticas nas pessoas ao meu redor e no mundo. Não tive escolha, precisei mudar o meu modo de vida”, explica.
Apesar da pouca idade, Lou Ana Garcia tem uma formação sólida. Graduou-se em management na ESCP Business School, uma das mais antigas escolas de administração do mundo, passando pelos campus de Paris, Londres e Madri. Em 2020, a jovem nascida no Brasil, filha de um franco-espanhol, seguiu para o mestrado em hospitality management.
No mesmo ano, Lou Ana entrou na rede Accor para cuidar dos projetos sustentáveis da empresa. Lá, teve a oportunidade de se conectar com as minúcias do dia a dia do setor hoteleiro. Já no início do ano passado, ela se mudou para São Paulo e aceitou o desafio de atuar como gerente do Rosewood.
Logo de cara, implementou uma cultura de conscientização: promoveu o rastreamento de dejetos plásticos, passou a monitorar o desperdício de água, comida e recursos de eventos, e estimulou a contratação de refugiados, entre outras práticas. “Nosso intuito é que os hóspedes conheçam a hotelaria do amanhã”, diz.