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Stéphanie Habrich

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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.

Precisamos conversar sobre educação emocional para jovens

A colunista Stéphanie Habrich fala sobre a importância de ensinar nossos filhos a lidarem com as emoções e dá o exemplo de um projeto educacional

Por Stéphanie Habrich
19 out 2021, 10h17
inteligência emocional
 (Aleksei Morozov/Getty Images)
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Sempre falo nesta coluna sobre a importância de ensinar aos nossos filhos sobre inteligência emocional. Imagine como o mundo seria diferente se, desde cedo, todos nós aprendêssemos a identificar emoções, desenvolver autorregulação emocional e se comunicar com os outros de forma não violenta? Para mim, aprender sobre inteligência emocional é tão importante como estudar matemática, história, física… É por isso que sempre valorizei muito as conversas que costumo ter com a minha amiga Myrna Mello, que é especialista em habilidades humanas e ajuda organizações e profissionais a desenvolverem seu potencial. Toda vez que saía dessas discussões com ela, levava comigo aprendizados valiosos e muitas ideias para refletir a respeito.

Veja também: A importância de desenvolver resiliência na juventude

“Digo frequentemente que as emoções determinam nossa qualidade de vida. Elas moldam nossas experiências internas e interpessoais e fornecem à mente um senso do que tem sentido”, diz Myrna, em entrevista à coluna. “Ensinar os jovens a melhor lidar com suas emoções é uma forma de provê-los com ferramentas valiosas para conduzir sua vida de uma maneira mais equilibrada e com mais probabilidades de se sentirem em sintonia consigo mesmos e com os outros.”

A partir de uma de nossas conversas, eu e Myrna pensamos em desenvolver uma plataforma na qual os jovens aprendessem sobre questões emocionais a partir de notícias. Ao ler uma notícia sobre o desmatamento da Amazônia, o que você sente? Quais são os sentimentos que podem estar presentes nas pessoas envolvidas com os fatos (madeireiros, ativistas ambientais, indígenas, entre outros)?

Em resumo, a ideia é fazer com que crianças e adolescentes percebam como as emoções agem nos acontecimentos do dia a dia e o quanto saber identificá-las e lidar com elas pode fazer com que sejamos cidadãos melhores, que pensam antes de agir e que se preocupam com o impacto de suas ações no coletivo.

Depois de termos essa ideia, convidamos outra amiga minha, a Ana Carolina Dorigon, para nos ajudar no projeto. A Ana é educadora e fundadora da O Que Nos Une, empresa que realiza cursos, dinâmicas e palestras sobre inteligência emocional.  “Trazer essa educação emocional favorece o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Inclusive porque o adulto que nós somos hoje tem muito a ver com a criança que fomos um dia”, explica Ana. “Então, precisamos estimular os jovens a trabalhar as questões socioemocionais para que possam desenvolver flexibilidade cognitiva, controle inibitório, planejamento… Isso tudo vai favorecer a saúde mental e o autoconhecimento do indivíduo”.

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Por enquanto, o portal ainda está em construção. Mas, em breve, trarei mais novidades sobre a plataforma aqui nesta coluna.

Enquanto isso, deixo aqui o link de uma entrevista com Daniel Goleman, criador do conceito de inteligência emocional. Assim, vocês poderão ir se aprofundando no assunto – e percebendo a sua importância para as relações humanas. Somos todos responsáveis por dar exemplo para nossos filhos, sobrinhos, netos e alunos. Não apenas por meio de palavras e discursos, mas também a partir de nossas próprias ações e comportamentos. Por isso, precisamos nos inteirar mais sobre educação emocional e sermos uma referência positiva para os jovens à nossa volta.

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