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Ex: saiba quando é aconselhável (ou não) reatar um relacionamento

Antes de voltar com o(a) ex, é extremamente importante refletir sobre os motivos do término e o que você realmente procura numa parceria

Por Kalel Adolfo
26 Maio 2022, 08h56
Para reatar uma relação de forma saudável, é necessário refletir sobre uma série de questões internas e externas.
Para reatar uma relação de forma saudável, é necessário refletir sobre uma série de questões internas e externas.  (Alena Darmel (Pexels)/Reprodução)
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Quando pensamos em reatar um relacionamento, a primeira coisa que ouvimos dos amigos é: “Nossa, mas você vai voltar com aquele embuste?”. E, olha, dependendo das circunstâncias do término, tentar reviver uma antiga paixão pode não ser a melhor alternativa.

Quando tomamos decisões baseadas apenas em nossos sentimentos, tendemos a não refletir o suficiente sobre a relação. Consequentemente, caímos naquele clássico “vai-e-volta” interminável que apenas nos impede de virar a página e conhecer pessoas melhores.

Mas o que fazer quando refletimos bastante, ouvimos o coração e a mente, e optamos reviver o vínculo amoroso? Tem como saber se estamos fazendo o “certo”? Para entender isso, Claudia bateu um papo com a psicóloga freudiana Alessandra Kovac. Confira:

Voltar com o ex: por onde começar?

Antes de analisar os aspectos que nos fariam reatar o relacionamento, é necessário refletir sobre a natureza do término. De acordo com Alessandra, caso o rompimento tenha acontecido por questões ajustáveis — como convívio saturado, personalidades distintas, gostos opostos e temperamentos conflitantes — é possível optar pela reconciliação com mais firmeza.

Porém, caso a ruptura tenha rolado por motivos específicos, como traições, mentiras e assuntos mais sérios, é importante analisar a personalidade do parceiro de maneira profunda: “Não observe apenas as características positivas da pessoa, mas também os defeitos. Reatar a relação só é saudável quando as falhas do próximo não ferem os seus princípios e ideais. Se você perceber que não dá conta, e mesmo assim voltar apenas pelos sentimentos, existe a grande possibilidade de cair nos mesmos erros”, afirma a psicóloga.

Kovac relembra que, muitas vezes, esquecemos que alguns defeitos só são aceitáveis no início do namoro. Porém, com o passar do tempo, alguns comportamentos se tornam incabíveis. “O maior exemplo é o ciúmes: naquela fase de lua de mel, isso parece uma demonstração de amor e interesse. Mas depois, aquilo se torna um problema bem sério. E aí, você estará disposta a conviver com essa desconfiança o tempo inteiro?”, provoca.

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Tempo entre o término e o retorno

Quando o relacionamento termina, a tendência é querermos reatar com a pessoa ao primeiro sinal de saudade ou solidão. Porém, a falta de reflexão é uma grande vilã para os recomeços saudáveis: “Entenda por que o vínculo acabou e por que os dois querem voltar. Muitos casais acham que a causa do término foi a última briga, mas ela foi apenas a gota d’água. O verdadeiro motivo foi sendo construído ao longo do relacionamento e vocês não perceberam”, aponta.

Pensando nisso, entramos numa outra grande armadilha quando o assunto é voltar com o ex: tentar resolver questões pontuais, sem mergulhar no que está por trás delas. A especialista reitera que as causas são mais importantes do que os efeitos em determinadas ocasiões.

Por que você quer voltar?

Mais importante do que avaliar a relação, é compreender o que está acontecendo dentro de você para que a possibilidade de retomar o namoro pareça aceitável. “É aí que entra o autoconhecimento. Precisamos ter claro o que queremos de um relacionamento, o que esperamos do próximo e quais são os pontos essenciais de uma parceria. Esses requisitos precisam estar bem esclarecidos”, indica.

Depois, é hora de refletir sobre a nossa autoestima: “Se ela estiver baixa, não teremos discernimento para avaliar se aquele vínculo é bom ou ruim. Os sentimentos acabam sendo o nosso norte, e tomamos decisões baseadas naquela sensação avassaladora da paixão. Isso é perigoso. Embora você ame e esteja apaixonada, reatar é um movimento muito mais racional do que sentimental. Quanto mais elevada estiver a sua autoconfiança, mais seletiva e assertiva será a sua escolha”.

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Sua decisão é racional ou emocional?

Kovac esclarece que, comumente, as decisões emocionais são mais impulsivas e baseadas nas emoções. É aquele clássico: “Vou fazer o que meu coração está falando”. Já as escolhas racionais são aquelas mais “pensadas”, em que nós realmente reservamos um tempo para amadurecer as ideias e ser mais “pé-no-chão”.

“Para quem tende a refletir mais, fica fácil identificar essas duas situações. Mas para quem não está acostumado a mergulhar em si, fica bem complexo. Por isso, façam terapia”, brinca Alessandra.

O amor é importante mas não é tudo

Nos contos de fadas, o amor é capaz de salvar a tudo e a todos. Mas na vida real, as coisas são bem diferentes: “O amor e a paixão são apenas parte do que compõe um vínculo amoroso. Para considerarmos uma relação positiva, ela precisa ter companheirismo, empatia — no sentido de se colocar no lugar do outro — e uma identificação em relação às metas e conquistas”, afirma.

“Quando as pessoas querem perseguir caminhos e sonhos muito distintos, o distanciamento acontecerá naturalmente”.

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E aí, devo voltar ou não?

Após refletir sobre tudo isso, sua mente provavelmente estará derretendo. Mas calma, que tem mais questionamentos vindo em sua direção. Antes de bater o martelo e retomar a relação de vez, Alessandra levanta outro ponto extremamente imprescindível: o modelo do relacionamento.

“Quando falamos em voltar com o ex, precisamos entender que o modelo anterior não funcionou. Então, é necessário compreender se os dois estão dispostos a embarcar num novo padrão de relacionamento. Se você reatar e fazer tudo da mesma forma, não vai dar certo. Não estamos falando sobre recomeçar, e sim, iniciar um novo vínculo”, indica.

É amor ou dependência?

Por último — mas não menos importante — Kovac aconselha ponderar se o que você sente é amor ou dependência. “Um dos sinais mais claros de dependência é não ter prioridade em você mesma. Abrimos mão das nossas próprias vontades para agradar o próximo”, declara.

Já numa relação benéfica, a profissional afirma que há uma troca: “Vão ter momentos em que eu vou te colocar como prioridade, e em outros, eu estarei nas suas prioridades. Se você sentiu que cedeu muito em função do outro, talvez não seja a hora de voltar”, conclui.

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