Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine a partir de 7,99

6 motivos que podem estar por trás da falta de libido

Fatores como estresse, hormônios e outros interferem no desejo sexual; saiba identificar e como resolver

Por Jonathan Pereira
12 ago 2025, 08h00
É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal
É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal (Freepik/Freepik)
Continua após publicidade

Todo mundo, em alguma fase da vida adulta, está sujeito a sentir falta de libido. Diversos fatores estão envolvidos nesaa queda de desejo sexual. A sexóloga Tamara Zanotelli e a psicóloga Larissa Fonseca detalham à CLAUDIA quais os principais motivos que podem estar por trás da falta de libido.

Larissa conta como as mulheres chegam a seu consultório quando é esse o tema que as aflige. “Muitas pacientes relatam não estarem se reconhecendo. É como se o botão do desejo estivesse desligado, e isso pode gerar culpa, frustração e silêncio. Além disso, algumas pacientes relatam a necessidade em criar fantasias com outras pessoas para ter desejo”.

Embora varie de mulher para mulher, Tamara aponta a diminuição do desejo e a redução do interesse pelo sexo como sinais de que a falta de libido está aparecendo. “O pensamento sobre relações sexuais se torna menos frequente e até mesmo nem existe. Essa mulher até nota que a vontade de ter intimidade aparece, mas com uma menor frequência ou só em situações específicas”.

Veja 6 fatores que podem estar por trás da sua falta de libido:

É importante ter uma comunicação aberta e evitar culpar ou acusar quem está conosco
É importante ter uma comunicação aberta e evitar culpar ou acusar quem está conosco (Cottonbro Studio/Pexels)

Hormônios

A questão hormonal mexe com o desejo sexual, seja por causa do ciclo menstrual, da pré-menopausa, pelo uso de contraceptivos ou outros fatores, influenciando diretamente a lubrificação, a sensibilidade e o interesse pela relação sexual.

“Por volta dos 40, 50 anos, os níveis de estrogênio da mulher, assim como a testosterona e a progesterona, acabam diminuindo, e o apetite sexual fica um pouquinho de lado”, explica a sexóloga.

Mas a idade não deve ser considerada como única causadora da falta de libido. “Tenho pacientes com mais de 60 anos com desejo preservado e outras com 30, sem qualquer interesse sexual”, diz Larissa.

Continua após a publicidade

Pós-parto

O puerpério, que acontece logo após o parto, é outro período em que a libido da mulher pode ficar comprometida, por causa da queda dos níveis de estrogênio.

“É como uma montanha russa emocional, hormonal e fisiológica que interfere no desejo sexual. Já acompanhei mulheres com libido preservada durante a gestação que, após o parto, relataram total desconexão com o corpo, inclusive baixa autoestima pelas mudanças corporais”, recorda Larissa.

“A rotina exaustiva de cuidado com a criança causa cansaço, alteração física e desconforto. Na fase da amamentação há o aumento da prolactina, responsável pela produção do leite, que acaba inibindo o desejo sexual. São fases”, complementa Tamara.

Estresse

Diversas podem ser as causas da falta de libido
Diversas podem ser as causas da falta de libido (Wavebreakmedia Micro/Pexels)

Não dá para ter cabeça para sexo com uma rotina estressante, já que o emocional tem um impacto muito profundo na libido, contam as profissionais. Sobrecarga de trabalho, fadiga física, cansaço, a falta de sono ou problemas pessoais que causem preocupação ocupam a cabeça, não deixando espaço para o desejo sexual.

Continua após a publicidade

“O estresse ativa o nosso sistema de resposta ao perigo. A gente vive liberando hormônios como o cortisol que, em grande número, não é bom para o corpo. Quando a gente está extremamente estressada, o desejo sexual simplesmente fica para segundo, terceiro, quarto plano”, diz Tamara.

O cérebro precisa se sentir seguro para desejar, lembra Larissa. “Se a mente está em estado de alerta, cuidando de mil tarefas, antecipando riscos ou se criticando o tempo todo, é como se não sobrasse espaço para o prazer. A dopamina e a ocitocina, hormônios relacionados à motivação e ao vínculo, ficam comprometidos. Atendo muitas mulheres que são profissionais de sucesso mas não se permitem ser empoderadas sexualmente”.

Ansiedade

A ansiedade pode vir acompanhada do medo do desempenho ou da insegurança sobre a relação sexual, criando uma espécie de bloqueio psicológico e impedindo que as pessoas consigam relaxar e se relacionem de forma mais leve. Tudo isso dificulta sentir prazer com o parceiro.

Depressão

A depressão costuma tirar o entusiasmo, tirando a energia de viver e o interesse por atividades que antes eram prazerosas, como o sexo. Em grandes períodos de impacto emocional, como o luto ou enfrentamento de uma doença, o psicológico é extremamente afetado.

“Pensamento negativo, baixa autoestima, conflito interno, tudo isso cria essa barreira emocional que dificulta o desejo. A gente precisa lembrar que tudo isso está interligado e resolver, seja com terapia, com suporte emocional, com medicação ou outras estratégias. Muitas vezes, é uma questão psicológica mesmo”, afirma a sexóloga.

Continua após a publicidade

Uso de medicamentos

Alguns tipos de antidepressivo, medicamentos para ansiedade e até alguns anticoncepcionais ou hipertensivos podem influenciar no sentir prazer ou desejo – além de doenças crônicas como diabetes e obesidade.

A primeira orientação ao perceber que a libido diminuiu ao começar o uso de um medicamento é não parar nem alterar a medicação por conta própria. “O ideal é que ela procure o médico que prescreveu o remédio e, após uma avaliação, saber se a dosagem será removida, ajustada ou modificada. Terapias específicas podem ser receitadas para minimizar esses efeitos colaterais. Praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada também ajudam”, lista a profissional.

Como identificar a falta de libido

Alguns fatores da falta de libido são facilmente identificáveis:

• Desinteresse pelo próprio prazer;
• Falta de desejo de explorar a própria sexualidade;
• Diminuição ou desaparecimento da busca por prazer;
• Distanciamento ou dificuldade de se conectar com o (a) parceiro(a);
• Falta de vontade em ter relações sexuais

É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal. “Às vezes, o baixo interesse do meu parceiro por mim faz com que eu me sinta sem vontade também, né? A qualidade do relacionamento faz muita diferença”, aponta Tamara.

Continua após a publicidade

Consequências

A falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si: ela pode interpretar como um problema pessoal dela, ou até uma falha, achando-se inadequada e perdendo o controle da própria vida. O impacto costuma ser profundo quando a sexualidade é importante para a mulher e tem a devida importância no relacionamento.

“A falta de libido gera muitos maus entendidos: insegurança, sentimento de rejeição, conflitos, ressentimento, distanciamento emocional… Ela pode perder a confiança na aparência, no valor próprio, o que acaba prejudicando o casal. Em alguns casos, o parceiro acaba interpretando essa falta de interesse da mulher como traição, como falta de amor”, continua a sexóloga.

Como lidar

Falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si
Falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si (Freepik/Freepik)

Dedicar atenção ao tema é fundamental. “Quando o silêncio predomina, o vínculo vai se fragilizando. A conversa precisa ser realizada distante do ato sexual e em um momento que ambos estejam disponíveis para conversas, não em um momento de cobrança. O ideal é dizer o que sente sem apontar o erro para o parceiro, explicando que o desejo não é desinteresse, mas que algo interno que precisa ser compreendido”, orienta Larissa.

A comunicação aberta e sem julgamentos deve se tornar hábito entre o casal. “É importante evitar culpar ou acusar as pessoas. É um processo de compreensão, mútua. É difícil para o outro reconhecer que estamos passando por isso. As melhorias podem levar tempo, não é de um minuto para o outro”, completa a sexóloga.

Continua após a publicidade

Caso precise de ajuda profissional, o ideal é começar indo a um(a) psicólogo(a). Em alguns casos, será necessário o acompanhamento de um ginecologista, endocrinologista ou psiquiatra.

“O tratamento passa por quatro eixos principais: autoconhecimento, mudança de padrões cognitivos (pensamentos), relacionamentos e, se necessário, intervenção médica. Compreender a história sexual, os modelos aprendidos e as crenças que bloqueiam o prazer já é, por si só, libertador. Depois, é possível trabalhar o resgate do desejo através de exercícios sensoriais, psicoterapia e, em alguns casos, suporte hormonal”, ensina a psicóloga.

A retomada da libido é possível. “O corpo precisa ser convidado a sentir, e não pressionado a responder. Quando há parceria e compreensão, o corpo se sente mais livre para ser vulnerável, se entregar e reencontrar o prazer”, finaliza.

Assine a newsletter de CLAUDIA

Receba seleções especiais de receitas, além das melhores dicas de amor & sexo. E o melhor: sem pagar nada. Inscreva-se abaixo para receber as nossas newsletters:

Acompanhe o nosso WhatsApp

Quer receber as últimas notícias, receitas e matérias incríveis de CLAUDIA direto no seu celular? É só se inscrever aqui, no nosso canal no WhatsApp

Acesse as notícias através de nosso app 

Com o aplicativo de CLAUDIA, disponível para iOS e Android, você confere as edições impressas na íntegra, e ainda ganha acesso ilimitado ao conteúdo dos apps de todos os títulos Abril, como Veja e Superinteressante.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.