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6 motivos que podem estar por trás da falta de libido

Fatores como estresse, hormônios e outros interferem no desejo sexual; saiba identificar e como resolver

Por Jonathan Pereira
12 ago 2025, 08h00
É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal
É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal (Freepik/Freepik)
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Todo mundo, em alguma fase da vida adulta, está sujeito a sentir falta de libido. Diversos fatores estão envolvidos nesaa queda de desejo sexual. A sexóloga Tamara Zanotelli e a psicóloga Larissa Fonseca detalham à CLAUDIA quais os principais motivos que podem estar por trás da falta de libido.

Larissa conta como as mulheres chegam a seu consultório quando é esse o tema que as aflige. “Muitas pacientes relatam não estarem se reconhecendo. É como se o botão do desejo estivesse desligado, e isso pode gerar culpa, frustração e silêncio. Além disso, algumas pacientes relatam a necessidade em criar fantasias com outras pessoas para ter desejo”.

Embora varie de mulher para mulher, Tamara aponta a diminuição do desejo e a redução do interesse pelo sexo como sinais de que a falta de libido está aparecendo. “O pensamento sobre relações sexuais se torna menos frequente e até mesmo nem existe. Essa mulher até nota que a vontade de ter intimidade aparece, mas com uma menor frequência ou só em situações específicas”.

Veja 6 fatores que podem estar por trás da sua falta de libido:

É importante ter uma comunicação aberta e evitar culpar ou acusar quem está conosco
É importante ter uma comunicação aberta e evitar culpar ou acusar quem está conosco (Cottonbro Studio/Pexels)

Hormônios

A questão hormonal mexe com o desejo sexual, seja por causa do ciclo menstrual, da pré-menopausa, pelo uso de contraceptivos ou outros fatores, influenciando diretamente a lubrificação, a sensibilidade e o interesse pela relação sexual.

“Por volta dos 40, 50 anos, os níveis de estrogênio da mulher, assim como a testosterona e a progesterona, acabam diminuindo, e o apetite sexual fica um pouquinho de lado”, explica a sexóloga.

Mas a idade não deve ser considerada como única causadora da falta de libido. “Tenho pacientes com mais de 60 anos com desejo preservado e outras com 30, sem qualquer interesse sexual”, diz Larissa.

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Pós-parto

O puerpério, que acontece logo após o parto, é outro período em que a libido da mulher pode ficar comprometida, por causa da queda dos níveis de estrogênio.

“É como uma montanha russa emocional, hormonal e fisiológica que interfere no desejo sexual. Já acompanhei mulheres com libido preservada durante a gestação que, após o parto, relataram total desconexão com o corpo, inclusive baixa autoestima pelas mudanças corporais”, recorda Larissa.

“A rotina exaustiva de cuidado com a criança causa cansaço, alteração física e desconforto. Na fase da amamentação há o aumento da prolactina, responsável pela produção do leite, que acaba inibindo o desejo sexual. São fases”, complementa Tamara.

Estresse

Diversas podem ser as causas da falta de libido
Diversas podem ser as causas da falta de libido (Wavebreakmedia Micro/Pexels)

Não dá para ter cabeça para sexo com uma rotina estressante, já que o emocional tem um impacto muito profundo na libido, contam as profissionais. Sobrecarga de trabalho, fadiga física, cansaço, a falta de sono ou problemas pessoais que causem preocupação ocupam a cabeça, não deixando espaço para o desejo sexual.

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“O estresse ativa o nosso sistema de resposta ao perigo. A gente vive liberando hormônios como o cortisol que, em grande número, não é bom para o corpo. Quando a gente está extremamente estressada, o desejo sexual simplesmente fica para segundo, terceiro, quarto plano”, diz Tamara.

O cérebro precisa se sentir seguro para desejar, lembra Larissa. “Se a mente está em estado de alerta, cuidando de mil tarefas, antecipando riscos ou se criticando o tempo todo, é como se não sobrasse espaço para o prazer. A dopamina e a ocitocina, hormônios relacionados à motivação e ao vínculo, ficam comprometidos. Atendo muitas mulheres que são profissionais de sucesso mas não se permitem ser empoderadas sexualmente”.

Ansiedade

A ansiedade pode vir acompanhada do medo do desempenho ou da insegurança sobre a relação sexual, criando uma espécie de bloqueio psicológico e impedindo que as pessoas consigam relaxar e se relacionem de forma mais leve. Tudo isso dificulta sentir prazer com o parceiro.

Depressão

A depressão costuma tirar o entusiasmo, tirando a energia de viver e o interesse por atividades que antes eram prazerosas, como o sexo. Em grandes períodos de impacto emocional, como o luto ou enfrentamento de uma doença, o psicológico é extremamente afetado.

“Pensamento negativo, baixa autoestima, conflito interno, tudo isso cria essa barreira emocional que dificulta o desejo. A gente precisa lembrar que tudo isso está interligado e resolver, seja com terapia, com suporte emocional, com medicação ou outras estratégias. Muitas vezes, é uma questão psicológica mesmo”, afirma a sexóloga.

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Uso de medicamentos

Alguns tipos de antidepressivo, medicamentos para ansiedade e até alguns anticoncepcionais ou hipertensivos podem influenciar no sentir prazer ou desejo – além de doenças crônicas como diabetes e obesidade.

A primeira orientação ao perceber que a libido diminuiu ao começar o uso de um medicamento é não parar nem alterar a medicação por conta própria. “O ideal é que ela procure o médico que prescreveu o remédio e, após uma avaliação, saber se a dosagem será removida, ajustada ou modificada. Terapias específicas podem ser receitadas para minimizar esses efeitos colaterais. Praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada também ajudam”, lista a profissional.

Como identificar a falta de libido

Alguns fatores da falta de libido são facilmente identificáveis:

• Desinteresse pelo próprio prazer;
• Falta de desejo de explorar a própria sexualidade;
• Diminuição ou desaparecimento da busca por prazer;
• Distanciamento ou dificuldade de se conectar com o (a) parceiro(a);
• Falta de vontade em ter relações sexuais

É preciso verificar se a “química” e a conexão ainda existe entre o casal. “Às vezes, o baixo interesse do meu parceiro por mim faz com que eu me sinta sem vontade também, né? A qualidade do relacionamento faz muita diferença”, aponta Tamara.

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Consequências

A falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si: ela pode interpretar como um problema pessoal dela, ou até uma falha, achando-se inadequada e perdendo o controle da própria vida. O impacto costuma ser profundo quando a sexualidade é importante para a mulher e tem a devida importância no relacionamento.

“A falta de libido gera muitos maus entendidos: insegurança, sentimento de rejeição, conflitos, ressentimento, distanciamento emocional… Ela pode perder a confiança na aparência, no valor próprio, o que acaba prejudicando o casal. Em alguns casos, o parceiro acaba interpretando essa falta de interesse da mulher como traição, como falta de amor”, continua a sexóloga.

Como lidar

Falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si
Falta de libido acaba afetando a autoestima da mulher, gerando um sentimento negativo sobre si (Freepik/Freepik)

Dedicar atenção ao tema é fundamental. “Quando o silêncio predomina, o vínculo vai se fragilizando. A conversa precisa ser realizada distante do ato sexual e em um momento que ambos estejam disponíveis para conversas, não em um momento de cobrança. O ideal é dizer o que sente sem apontar o erro para o parceiro, explicando que o desejo não é desinteresse, mas que algo interno que precisa ser compreendido”, orienta Larissa.

A comunicação aberta e sem julgamentos deve se tornar hábito entre o casal. “É importante evitar culpar ou acusar as pessoas. É um processo de compreensão, mútua. É difícil para o outro reconhecer que estamos passando por isso. As melhorias podem levar tempo, não é de um minuto para o outro”, completa a sexóloga.

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Caso precise de ajuda profissional, o ideal é começar indo a um(a) psicólogo(a). Em alguns casos, será necessário o acompanhamento de um ginecologista, endocrinologista ou psiquiatra.

“O tratamento passa por quatro eixos principais: autoconhecimento, mudança de padrões cognitivos (pensamentos), relacionamentos e, se necessário, intervenção médica. Compreender a história sexual, os modelos aprendidos e as crenças que bloqueiam o prazer já é, por si só, libertador. Depois, é possível trabalhar o resgate do desejo através de exercícios sensoriais, psicoterapia e, em alguns casos, suporte hormonal”, ensina a psicóloga.

A retomada da libido é possível. “O corpo precisa ser convidado a sentir, e não pressionado a responder. Quando há parceria e compreensão, o corpo se sente mais livre para ser vulnerável, se entregar e reencontrar o prazer”, finaliza.

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