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“Eu, 64 anos, fiz sexo tântrico no primeiro date”

Aos 64 anos, conheci um boy, 69, por aplicativo de relacionamento e marcamos nosso primeiro date: um estúdio de massagem tântrica. E dizem que o romance acabou!

Por Viviane Butler
Atualizado em 9 nov 2024, 13h28 - Publicado em 23 out 2024, 10h00
Massagem tântrica no primeiro date? Teria coragem?
Massagem tântrica no primeiro date? Teria coragem? (Freepik/Reprodução)
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Às vésperas do grande dia, meu coração está disparado e estou me achando a louca de 60 anos (sessenta e quatro, na verdade). Penso comigo: “se tudo der errado e ele não for o que imagino, ao menos tive uma experiência nova…”. Para encurtar, conheci o meu boy, 69, pela internet e, já no primeiro date, ele me convidou para uma massagem tântrica. E ainda dizem que o romance acabou! (risos)

Até o momento da fatídica pergunta (“onde te busco?”), consegui ficar tranquila. Mas quando a realidade se fez presente, surtei. Borboletas espalhadas pelo estômago, voando desenfreadas, deixaram a pergunta: “você enlouqueceu? Cadê o juízo?! Como vai viver um momento tão íntimo com um ilustre desconhecido?”.

Fiquei sem respostas para mim mesma e decidi continuar com os planos. Quando entrei no carro dele, o nervosismo atiçou meu lado crítico. Disse que não gostei da “carona” e que o carro era “muito baixo”. Tudo bem, era uma Mercedes 2023, mas estou acostumada com carros mais altos.

Ele, muito educado, e eu, aos gritos internos. Como sou meio dissimulada (herança da adolescência), continuei firme e forte na minha aventura até a Barra da Tijuca, falando amenidades. Pode? Antes disso, nos falamos um mês e meio por mensagem, com apenas duas chamadas de vídeo. Será que o nome dele era mesmo o que me falou? Aceleramos…

Já na frente da terapeuta (a seção de casal beirou os mil reais), passei por uma bateria de perguntas sobre a minha sexualidade, limites e bloqueios. Tabus? Nenhum! A idade e as rugas não permites. Respostas dadas, logo fiquei nua. O ambiente, cheio de velas, aromas e óleos (minha paixão) já era teatral, mas a peça só começou mesmo com toques sutis à quatro mãos, explorando cada pedacinho de mim. É nesse momento, de sensações e emoções mil, que nos damos conta do tamanho do universo que é o nosso corpo. E a coisa só melhora!

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Quando chegou o vibrador (mágico), estimulando toda a feminilidade, do clitóris ao ponto “G”, foi de outro mundo! Para as mulheres como eu, que têm orgasmos múltiplos, é uma “viagem por mares nunca dantes navegados”, já diria Camões. Foram tantos que cheguei a chorar no processo. As lágrimas não paravam. O prazer, afinal, não tem idade: vem da alma e do corpo, juntos.

Quando foi a vez dele de receber a mesma “massagem”, já estávamos numa sintonia única. Eram desejo e urgência exacerbados em nos tornarmos um só corpo. Necessidade pura! Essa foi a viagem mais louca e inconsequente que fiz… Pensando bem, é uma delas. Já vivi outras mais picantes.

Por mim, toda mulher deveria experimentar uma vivência dessas – talvez com um pouco mais de segurança do que a minha, ingênua. O sexo precisa de toda essa atmosfera, esse clima. Precisa ser divino! E, depois do orgasmo, por que não se sentir uma mulher ainda mais linda, poderosa, feminina e independente? Não há afrodisíaco melhor. E ele, meu “bofe”, já mandou mensagem pedindo mais.

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*Viviane Butler assina com um pseudônimo

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