Seis semanas será a licença maternidade da líder da Nova Zelândia
Depois desse período, a primeira-ministra Jacinda Ardern deixará a bebê com o pai em casa; ela é a segunda mulher a se tornar mãe enquanto governa um país
O nascimento da filha de Jacinda Ardern, no último dia 21, está carregado de simbolismo – mesmo para a Nova Zelândia, um dos países mais avançados em relação aos direitos das mulheres. É que, aos 37 anos, a primeira-ministra é a segunda líder mundial na história a dar à luz enquanto governa um país. Ainda terá uma licença maternidade incomum, de apenas seis semanas – no país, apenas 61% das mulheres retornam ao trabalho dentro de um ano. Jacinda anunciou que depois desse período, será o pai, o apresentador de TV Clarke Gayford, quem ficará cuidando do bebê em casa.
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Com essa atitude, a premier – que também é a mais jovem mulher a governar um país no mundo -, mostra que as mulheres não precisam sacrificar suas carreiras para se tornarem mães. Entre seus planos de governo, aliás, está eliminar a diferença salarial entre os gêneros. Segundo estudo publicado no mês passado por um instituto de pesquisas econômicas do país, as mulheres costumam ter corte salarial de 4,4% após darem à luz.
Antes de Jacinda, apenas a ex-premier do Paquistão Benazir Bhutto havia se tornado mãe enquanto ocupava o posto, em 1990. A premier se manteve na função até os últimos dias da gravidez. Até o início da última semana, ela ainda estava no Parlamento. Em todo o país, o clima era de ansiedade, já que ela é bastante popular, sobretudo entre a parcela mais jovem da sociedade.
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Neste domingo (24), ao deixar o hospital Auckland City, a carismática líder anunciou, ao lado do marido, o nome da filha – Neve Te Aroha. “É um grande prazer anunciar para a Nova Zelândia o nome da nossa pequena. Nós tínhamos algumas opções, mas esperamos a bebê chegar para decidir a que combinava melhor com ela”, disse, com um sorrisão estampado no rosto.