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Como agir quando seu filho é agressivo com os amigos

Ver o filho bater ou morder outra criança é, no mínimo, constrangedor. Há muitas explicações para a agressividade infantil. E abordagens certeiras para lidar com ela

Por Mayra Stachuk
Atualizado em 28 out 2016, 17h14 - Publicado em 12 ago 2015, 14h41

A psicóloga norte-americana Laura Markham, autora de best- -sellers sobre educação infantil, entre eles Peaceful parent, Happy Kids: How to Stop Yelling and Start Connecting (Pais pacíficos, crianças felizes: como parar de gritar para se conectar, em tradução livre), reuniu algumas dicas sobre como os pais podem agir quando seus filhos batem nos amigos.

1. Tente impedir, se possível

Se o seu filho bater em outras crianças é uma situação recorrente, fique perto dele em momentos que sabe que podem gerar stress. Isso o fará se sentir mais seguro. Se perceber que um embate está perto, se aproxime dele, tente acalmá-lo antes que ele possa reagir em um rompante físico. É uma boa oportunidade para ajudá-lo a verbalizar o que sente.

2. Se ele bateu, respire fundo

Se não deu tempo de intervir e o pior aconteceu, lembre-se: ele agiu assim porque está assustado, frustrado ou com medo. E ele precisa de compreensão, não apenas de repreensão. Não grite ou aja bruscamente. Dê o exemplo e mantenha o controle.

3. Sirva de exemplo

Se não tiver um adulto que conforte a criança que apanhou, aproveite para fazer isso na frente do seu filho. E envolva-o no processo. Acalme, acolha, pegue no colo. É uma maneira de fazê-lo perceber o sentimento do outro.

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4. Evite culpar

Você pode ajudar seu filho a desenvolver a empatia evidenciando os efeitos da atitude dele. Mostrar como machucou a outra criança, deixar que ele perceba que ela está sofrendo. Mas fazer com que seu filho se sinta uma má pessoa só irá reforçar um estereótipo e rotulá-lo sem dar a ele chance de ser outra coisa.

5. Aja imediatamente

Se você presenciar seu filho batendo em alguém, respire fundo, conte até dez e aí vá falar com ele na mesma hora. Se ele estiver alterado, dê espaço para que se expresse, mesmo que seja chorando. A ideia não é punir, mas fazê-lo entender como extravasar seus sentimentos de outra maneira. Conversar seriamente em cada situação, explicando que bater machuca e que não é assim que se resolvem as coisas, é o que vai fazer com que a atitude não se repita.

6. Espere a hora certa para dar a lição

Antes do sermão, é importante ajudar seu filho a entender e processar suas emoções. Só assim ele vai aprender a agir de outra forma. Ele não vai absorver nada do que você disser enquanto ainda estiver nervoso e não se sentir seguro. Primeiro, legitime o sentimento que o levou àquela ação. Depois, diga como ele deve agir.

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7. Permita o rompante

Se a criança cair em prantos ou  espernear quando você abordá-la, lembre-se de que ela está demonstrando toda a frustração, raiva ou seja o que quer que a tenha levado a bater no amigo. Ela está botando pra fora e isso é bom. Mostre compaixão nesse momento, não julgue os sentimentos dela.

8. Suavize primeiro o seu coração

Crie empatia: “Você bateu no fulano… Estava bravo, não é? E eu não estava lá para te ajudar. Eu sei que não foi fácil para você.” Se mesmo assim ele não parecer sensibilizado, não o deixe voltar imediatamente para a companhia das outras crianças, pois a chance de ele bater de novo é grande. Continue conversando, explicando o que ele poderia ter feito. Mas garanta que, se não chorar, ele pelo menos dê risada antes de voltar ao grupo. É um sinal de que a raiva que o levou a bater passou.

9. Quando os dois estiverem calmos, ensine

Mostre alternativas. “O que você acha que poderia fazer quando ficar bravo de novo?” Se ele não responder, ofereça as opções “Você poderia me chamar ou chamar a professora. Você poderia sair de perto do seu amigo.” E então proponha até um teatrinho. Deixe-o experimentar como seria agir dessa forma. Ficará mais fácil para ele se lembrar depois.

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10. Preste atenção também nos seus sentimentos

Não é fácil para os pais saber que o filho bateu em alguém. Mais do que raiva ou tristeza, é provável que você sinta insegurança. “Será que tem algo errado com meu filho?” “Eu estou fazendo algo de errado?” “Ele vai virar um adulto agressivo?” Nada disso tem a ver com essa situação! Mas é importante você reconhecer esse sentimento e lidar com ele. A sua ansiedade transparece, mesmo que você não perceba. E deixará a criança mais tensa. Se você souber trabalhar seu medo e se mantiver compassivo, seu filho ficará seguro e será capaz de lidar com as emoções.

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