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Com Maria da Penha, Fórum IVG debate violência contra a mulher

Evento reuniu mulheres líderes para falar sobre o papel do RH junto com as lideranças das Empresas à frente de seus desafios

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h23 - Publicado em 25 abr 2019, 16h55
Edna Vasselo Goldoni, presidente do Instituto, Guta Nascimento, Diretora de CLAUDIA e Maria da Penha estiveram no evento em SP (CLAUDIA/CLAUDIA)
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Nesta quinta-feira, dia 25 de abril, o Instituto Vasselo Goldoni realizou seu 1º Fórum IVG – RH junto com as lideranças das Empresas à frente de seus desafios, num cenário de integração, equidade de gênero e ambiente seguro para as mulheres (confira a programação completa).

Sediado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, o evento contou com o apoio de CLAUDIA e reuniu grandes líderes para abordar temas como o atual cenário das mulheres no Brasil, “Programa Tem Saída” e o papel das empresas no combate à violência contra as mulheres.

“Abrir os olhos e ver tudo isso acontecendo é mais que um sonho”, afirmou emocionada Edna Vasselo Goldoni, presidente do Instituto e promotora do evento. O Fórum foi realizado em prol do Instituto Maria da Penha, que inclusive marcou presença no evento.

Quando entrevistada por Edna, Maria da Penha falou sobre políticas públicas e violência contra a mulher no Brasil. “O que peço não é que em todo pequeno município existam todas as políticas públicas naquele momento, isso é impossível. Mas que em todo município tenha na gestão um pronto-socorro, um centro de referência da mulher, para atender aquela comunidade num caso mais sério”, explicou. E também emendou que “é preciso deixar claro que a lei não veio para punir os homens, mas para punir qualquer pessoa”.

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(CLAUDIA/CLAUDIA)

Guta Nascimento, Diretora de CLAUDIA, foi mediadora do painel “Importância da união de esforços para garantir o respeito à integridade e a vida das mulheres”. Participaram do bate-papo Carolina Ferracini, da ONU Mulheres, Daniela Grelin, do Instituto AVON, Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão e Raquel Preto, do Grupo Mulheres do Brasil.

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“A gente acaba se acostumando com os números, mas temos que lembrar o que eles significam. Significa que temos 164 estupros por dia, a gente tem então 6 a 7 mulheres sendo estupradas por hora no Brasil, é o que diz a estatística”, afirmou Guta Nascimento durante a mediação do painel.

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O painel “Importância da união de esforços para garantir o respeito à integridade e a vida das mulheres”, mediado por Guta Nascimento, diretora de CLAUDIA (à direita) (Marina Marques/CLAUDIA)

 

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL

Regina Célia A. S. Barbosa, vice-presidente do Instituto Maria da Penha, trouxe relevantes dados e discussões sobre a violência contra a mulher no País. “O ano de 2019 começou há pouco e já estamos com mais de 200 casos de feminicídio no país. O Brasil é o 5º no ranking. Está na hora de parar”, concluiu.

“Temos que ter políticas públicas, as empresas precisam participar, e a sociedade civil tem que fazer parte. Precisamos lutar juntos”, declarou Adriana Carvalho, da ONU Mulheres, ao falar sobre o cenário atual das mulheres no Brasil.

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Em seguida, o Juiz de Direito Mário Rubens e a Promotora de Justiça do Estado de São Paulo Gabriela Manssur falaram sobre o “Programa Tem Saída”, uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, OAB-SP e ONU Mulheres.

“O Programa surgiu da necessidade da inserção das mulheres no mercado de trabalho. Quando lidava com mulheres que realizavam denúncias de violência doméstica, antes da existência da Lei Maria da Penha, percebi que aquilo que o principal obstáculo para elas saírem daquela situação era a falta de autonomia financeira. Era impossibilidade de administrar sua própria vida e fazer as próprias escolhas. É algo que vai além do financeiro, é sobre a autonomia de administrar sua própria vida”, explicou a Promotora Gabriela Manssur sobre o projeto, que abre portas para as mulheres no mercado de trabalho.

Outro grande momento do Fórum foi o Talk Show “O Caminho da Liberdade: os 7 passos de Prevenção à Violência contra as Mulheres”. Nele, Gleyde Ângelo, Delegada e Deputada Estadual, com mediação de Fabiana Soares, da LHH, discutiram a importância do empoderamento e da força da mulher.

“A nossa sociedade está acordando e vendo que a violência contra a mulher é um compromisso de todos. Empoderamento feminino é se fortalecer, é a mulher acreditar nela mesma e ter certeza de que não precisa de agressor nenhum”, afirmou a Deputada Gleyde. E ainda complementou falando sobre a força do empoderamento. “Na hora em que as mulheres tomarem sua vida de volta para suas mãos, não colocar a vida nas mãos de um agressor, vamos extinguir a violência doméstica e o feminicídio do nosso país. Lugar de mulher é onde ela quiser”, disse no palco do Fórum ao lado de Fabiana Soares.

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O PAPEL DAS EMPRESAS

A programação do evento contou ainda com Patrícia Pugas, Diretora de RH da Magazine Luiza, que falou sobre o papel das empresas no combate à violência contra as mulheres. Patrícia falou sobre uma cartilha criada pela empresa para outras companhias e sobre o projeto “Eu Meto a Colher Sim”, que incentiva as pessoas a denunciarem relacionamentos abusivos.

Outra ação envolvendo companhias e o tema, foi o de Ana Addobbati, fundadora do Women Friendly. O projeto consiste em um treinamento e certificação para empresas contra o assédio sexual.

Para falar sobre cases de Recursos Humanos com ações concretas de mudanças, foram convidadas ao palco Majo Martinez Campos, Diretora Executiva de RH da Atento, Maite Schneider, Fundadora da TransEmpregos, Glaucimar Peticov, Diretora Executiva do Bradesco e mediação de Maristella I. Marante, Diretora Global da Schneider Eletric.

“Trabalhamos hoje com 297 empresas nesses. Nesses 5 anos de projeto aprendemos que, mais do que falar sobre empregabilidade trans, é falar sobre humanos. Afinal, 82% das pessoas que se descobrem trans, a família deixa para fora de casa ou não mantém mais contato. Não tendo família, não tendo capacitação, elas não conseguem inserção no mercado de trabalho”, declarou Maite Schneider, que foi aplaudida pelo público ao apresentar seu projeto, o TransEmpregos, que promove empregabilidade para pessoas transgêneras no Brasil.

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