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As apostas de CLAUDIA para o Oscar 2019

Os favoritos não estão óbvios nesta edição da premiação, mas escolhemos algumas opções

Por Texto: Mariane Morisawa, de Los Angeles
Atualizado em 21 fev 2019, 19h43 - Publicado em 21 fev 2019, 18h56

Diferentemente dos outros anos, em que os favoritos eram claros ao público, a 91ª edição do Oscar está cheia de mistérios e interrogações. A começar pela lista de indicados, que esnobou grandes nomes.

É difícil prever quem vai levar, mas, entre os que têm chance ou não, CLAUDIA separou as apostas. Confira:

O pop toma conta

A Academia até cogitou criar uma nova categoria este ano, a de filmes populares. Sinal de desespero para aumentar a audiência da cerimônia? Talvez, mas o fato é que a ideia foi abandonada. Entretanto, os sucessos de público entraram de vez na disputa. Protagonizado por Lady Gaga e Bradley Cooper, Nasce uma Estrela, por exemplo, arrecadou mais de 400 milhões de dólares no mundo todo. Bohemian Rhapsody, a biografia de Freddie Mercury com Rami Malek, levou quase 800 milhões de dólares. A maior bilheteria, contudo, continua sendo Pantera Negra, com 1,3 bilhão de dólare

Bradley Cooper dirigiu a mais recente versão de Nasce uma Estrela, em que também atuou com a protagonista Lady Gaga (Divulgação/Divulgação)

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Elas sim

Atrizes que não são populares mas dão um show de talento e podem ganhar uma estatueta

1. Yalitza Aparicio (Roma)

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Professora do ensino fundamental de uma área rural no México, foi escolhida por Alfonso Cuarón para ser a estrela de seu filme, uma história intimista sobre a babá que criou o diretor.

(Divulgação/Divulgação)

2. Regina King (Se a Rua Beale Falasse)

Ela brilhou em séries, a exemplo de American Crime e The Leftovers, exibidas no Brasil pelos canais AXN e HBO, respectivamente, e agora encanta como a mãe da adolescente que engravida e, em seguida, vê o namorado ser preso injustamente. O filme, que se passa nos anos 1970,
é de Barry Jenkins, diretor de Moonlight: Sob a Luz do Luar.

(Divulgação/Divulgação)

3. Olivia Colman (A Favorita)

Ela teve papéis pequenos nas séries The Night Manager (exibida no Brasil pelo AMC) e Broadchurch (Netflix), e mesmo assim roubou os holofotes. Agora interpreta a rainha Elizabeth na próxima temporada de The Crown e outra monarca caprichosa no filme de Yorgos Lanthimos.

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(Divulgação/Divulgação)

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Eles não

O trabalho nas telas foi excelente, mas estes artistas não conseguiram um lugarzinho entre os indicados

1. Brian Tyree Henry (Se a Rua Beale Falasse)

Mais conhecido como o rapper Paper Boi da série Atlanta (Netflix), ele vem se destacando. No novo filme de Barry Jenkins, está praticamente em uma única cena – mas é de tirar o fôlego!

(Divulgação/Divulgação)

2. John David Washington (Infiltrado na Klan)

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O ator, como o nome indica, é filho do premiado Denzel Washington. Ainda criança, fez uma ponta em Malcolm X, e, depois de uma carreira no futebol americano, volta para o cinema como um policial infiltrado na Ku Klux Klan.

(Divulgação/Divulgação)

3. Elsie Fischer (Eighth Grade)

No longa de estreia do humorista Bo Burnham, ela fascina, aos 15 anos, como uma adolescente introvertida na última semana de aula antes da entrada no ensino médio.

(Divulgação/Divulgação)

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Na espera

Uma das maiores atrizes de sua geração, Glenn Close (primeira foto) concorreu seis vezes ao Oscar sem ganhar nenhum. Aos 71 anos, pode finalmente levar a estatueta por A Esposa, de Björn Runge, sobre uma mulher que acompanha o marido a Estocolmo, onde ele vai receber o Nobel de Literatura. Amy Adams (segunda foto) é mais jovem, 44 anos, mas já acumula cinco indicações sem vitória. Mais uma vez, ela merece o prêmio – está em Vice, biografia do vice-presidente americano Dick Cheney.

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Glenn Close (Divulgação/Divulgação)
Amy Adams (Divulgação/Divulgação)

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O primeiro…

1. …filme de ficção da Netflix a ser indicado

Críticos debatem se o aplicativo de streaming – que tem lançado ótimos conteúdos independentes – merece estar no rol dos profissionais ao menos na categoria de melhor produção. Parece que chegou a hora com Roma, do mexicano Alfonso Cuarón, um drama em espanhol.

(Divulgação/Divulgação)

2. …Oscar de Spike Lee (Infiltrado na Klan)

O diretor, que começou sua carreira nos anos 1970 e é um dos mais influentes do cinema mundial, nunca foi indicado por sua função. Ele concorreu pelo roteiro de Faça a Coisa Certa (1989) e pelo documentário 4 Little Girls (1997) e recebeu um Oscar honorário em 2016. Este ano, finalmente, está bem cotado por Infiltrado na Klan, baseado na história verdadeira de um policial negro que virou membro da Ku Klux Klan, organização que prega a supremacia branca.

(Divulgação/Divulgação)

3. …filme da Marvel a ser indicado (Pantera Negra)

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A Marvel arrebenta nas bilheterias, mas costuma ser deixada de lado nas premiações – ou só entra nas categorias técnicas. Pantera Negra, de Ryan Coogler, tem tudo para mudar isso. O filme chegou na hora certa, exaltando a presença de minorias e mulheres nas telas, com um elenco quase totalmente negro e personagens femininas inspiradoras. Também deve se destacar pelo figurino, área que nunca pré-selecionou nenhuma de suas produções.

(Divulgação/Divulgação)

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Cadê as mulheres?

É comum ouvir que mulheres não se destacam em algumas categorias, como direção, porque são poucas na área. Este ano, terão de arrumar outra desculpa para a ausência delas entre os indicados, pois profissionais incríveis foram esnobadas pela Academia. Dois dos filmes mais sensíveis
de 2018 têm mulheres no comando. Em Domando o Destino, Chloe Zhao desvenda o universo de peões de rodeio numa reserva indígena. Sem Rastros, de Debra Granik, trata da relação entre um pai e sua filha adolescente, que vivem na floresta. Na fotografia, Rachel Morrison, que se tornou, no ano passado, a primeira mulher a ser indicada nessa categoria, por Mudbound – Lágrimas sobre o Mississippi, assina Pantera Negra. Já Charlotte Bruus Christensen fez um trabalho brilhante em Um Lugar Silencioso, de John Krasinski. Ambas ficaram de fora da disputa. Hannah Beachler, de Pantera Negra, assegurou seu lugar como a primeira mulher negra a concorrer por Design de Produção. Domee Shi já entrou para a história como a primeira diretora a assinar um filme da Pixar: o curta-metragem Bao, inspirado nas tradições de sua família chinesa, e foi indicada. Quem terá uma chance na categoria Filme Estrangeiro é a libanesa Nadine Labaki (foto), que levou os espectadores às lágrimas com a história de um menino de 12 anos que processa os pais por negligência em Cafarnaum, um dos filmes em língua não inglesa mais celebrados do ano.

Nadine Labaki é diretora e roteirista de Cafarnaum, que expõe a fragilidade de crianças refugiadas (Divulgação/Divulgação)

Elas em foco

Aos poucos, as coisas parecem estar mudando em Hollywood. Há mais mulheres reais (complexas, engraçadas e supercompetentes) no centro das histórias. Os Incríveis 2, de Brad Bird, colocou o personagem principal do começo da franquia, o Sr. Incrível, um pouco de lado para dar o protagonismo à Mulher Elástica (foto). Em A Favorita, Emma Stone e Rachel Weisz disputam a atenção da egocêntrica rainha vivida por Olivia Colman. Duas Rainhas, dirigido por Josie Rourke, mostra a disputa de Elizabeth I (Margot Robbie) e Maria Stuart (Saoirse Ronan) pela Coroa da Inglaterra.

(Divulgação/Divulgação)

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Arriba, México!

Um Oscar de direção para Alfonso Cuarón seria o quinto de um mexicano na categoria em seis anos. Ele ganhou por Gravidade em 2014; e Alejandro González Iñárritu, por Birdman em 2015 e por O Regresso em 2016. No ano passado, foi a vez de Guillermo del Toro por A Forma da Água. Próximos de verdade, eles são chamados de “os três amigos”. Alfonso também pode levar a estatueta por direção de fotografia, roteiro e montagem de Roma.

Igualdade para todos

Além de Roma, Infiltrado na Klan e Pantera Negra, outros filmes colocaram temas como racismo e representatividade em discussão. A comédia romântica Podres de Ricos, de John M. Chu, foi um sucesso com seu elenco de origem asiática, e o drama romântico Se a Rua Beale Falasse é uma bem-sucedida adaptação do livro de James Baldwin, que esmiuçou vivências dos negros americanos. Green Book – O Guia, de Peter Farrelly, conta a história de um motorista branco racista (Viggo Mortensen) e um refinado músico negro (Mahershala Ali) em turnê pelo sul dos Estados Unidos nos anos 1950. Entretanto, a produção foi criticada por colocar um branco como salvador do negro e por polêmicas na equipe. Só Mahershala Ali escapou ileso e está entre os favoritos para melhor ator coadjuvante.

Mahershala Ali interpreta em Green Book um cantor negro que precisa driblar o preconceito (Divulgação/Divulgação)

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As biografias

Elas são figurinhas carimbadas na premiação, mas desta vez se concentraram em personagens masculinos. Vêm daí alguns dos atores favoritos para as categorias do tipo. Rami Malek (foto) como Freddie Mercury em Bohemian Rhapsody e Mahershala Ali interpretando o pianista Don Shirley em Green Book – O Guia estão na lista, além de Christian Bale, no papel do vice-presidente Dick Cheney em Vice. Surpreendentemente, Ryan Gosling, como o astronauta Neil Armstrong em O Primeiro Homem, não conseguiu ser indicado, nem Timothée Chalamet, que relembra Nic Sheff, adolescente viciado em drogas em Querido Menino, e Lucas Hedges, que protagoniza Boy Erased – Uma Verdade Anulada, sobre um rapaz forçado pelos pais a entrar num programa de cura gay.

(Divulgação/Divulgação)

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