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Você ouve zumbidos sem explicação? Entenda o que é isso e como tratar

Problema é considerado sério pela Organização Mundial da Saúde e afeta mais as mulheres do que os homens.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 abr 2024, 09h27 - Publicado em 19 set 2018, 06h00
Sore ear. Ear ache concept. The sad crying woman with headache or pain on trendy pink studio background. Facial expressions and people emotions concept. Front view. Half-length portrait. Young woman. (master1305/ThinkStock)
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Existe uma grande probabilidade de já ter acontecido com você ou de alguém próximo já ter comentado: de repente, um barulhinho chato surge na cabeça, mas não existe nenhuma fonte sonora por perto que o justifique. Em alguns casos, é agudo como um apito; em outros, grave como um motor. Pode também parecer um grilo, o barulho de água escorrendo e mesmo batidas do coração ou cliques.

Trata-se do zumbido, um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2020 deve atingir 25% da população mundial – o que significa que, a cada grupo de quatro pessoas, uma sofrerá com isso. Para a OMS, esta é uma questão muito séria, pois prejudica a qualidade de vida e pode levar a outros transtornos, como os de sono ou de saúde mental.

De onde vem esse zumbido?

Fayez Bahmad Jr, médico do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia, explica que o zumbido é “uma tentativa do sistema responsável pela audição compensar a ausência do estímulo auditivo que deveria estar presente.”

A causa inicial, de acordo com Fayez, tende a ser uma destas:

– distúrbios de ansiedade, depressão e sono;

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– otosclerose (um crescimento anormal dos ossículos, no ouvido médio);

– surdez súbita (perda auditiva, em até três dias, de três frequências de som em mais de 30 decibéis);

– schwannoma vestibular ou neurinoma do acústico (tumor que acomete o crânio); e

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– otites médias, agudas ou crônicas (inflamações na orelha média).

Pioneira dos estudos sobre zumbido no Brasil, a médica Tanit Ganz Sanchez esclarece que o zumbido não é uma doença única e padronizada, e suas causas podem ser influenciadas por hábitos secundários, como o consumo excessivo de doces, cafeína, glúten e drogas ilícitas.

“No cenário atual, o zumbido é entendido como uma doença da vida moderna que só tende a crescer”, afirma ela, que é fundadora do Instituto Ganz Sanchez e criadora do site TV Zumbido, onde podem ser vistos vídeos gratuitos sobre este problema contemporâneo.

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Zumbido afeta mais as mulheres do que os homens

Embora o zumbido não seja muito exigente em relação ao seu público, atingindo desde crianças até idosos de todas as etnias e classes sociais, Fayez conta que estudos científicos revelas uma prevalência superior da condição entre as mulheres.

“Talvez isso possa ser explicado pela frequência também maior entre o público feminino de distúrbios de ansiedade e depressão”, opina.

Como se livrar do zumbido?

O tratamento definitivo é por meio da causa do zumbido, ou seja, cuidando de uma daquelas apontadas ali em cima. Por isso, a primeira providência a ser tomada é se consultar com um médico otorrinolaringologista para investigar o que está levando este zumbido para a sua cabeça e a partir daí adotar os procedimentos necessários.

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A ótima notícia é que todo zumbido tem cura medicamentosa. “Por isso é importante o diagnóstico correto da causa”, frisa Fayez. “Todo zumbido merece ser investigado e tratado.”

Se você já estiver com sua consulta com um/a otorrinolaringologista marcada e quiser atenuar o zumbido neste meio tempo, as dicas dos especialistas são: durma melhor, adote uma atividade física regular (pode ser uma caminhada pela manhã) e diminua o consumo de açúcar refinado e de cafeína. Não será a cura, mas você viverá muito melhor até conseguir fechar o diagnóstico do seu caso e atacar o mal pela raiz.

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