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Uma em cada dez mulheres sente dor durante o sexo, diz pesquisa

O estudo britânico indica que o desconforto, chamado dispareunia, é mais comum do que se imagina.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 20 jan 2020, 20h36 - Publicado em 14 fev 2017, 16h51

Se você sente dor enquanto faz sexo ou conhece alguém que passa por essa situação, saiba que isso é mais recorrente do que muita gente imagina. Uma pesquisa britânica foi feita com sete mil mulheres sexualmente ativas, com idades entre 16 e 74 anos, e revelou que a dispareunia é bastante comum, além de estar presente na vida de mulheres de todas as idades.

De acordo com a publicação, uma em cada dez britânicas que participaram do estudo relatou dor durante o sexo por um período igual ou maior a três meses no último ano. Além disso, um terço admitiu não ter satisfação com a vida sexual.

Muitas vezes negligenciadas pelos médicos, essas dores acontecem quando há penetração e estão comumente vinculadas a questões físicas (como ressecamento vaginal, ansiedade e falta de prazer), ou psicológicas e emocionais. Além disso, o problema pode estar relacionado ao início da vida sexual, a doenças sexuais e até mesmo ao período da menopausa.

A coordenadora da pesquisa britânica, Kirstin Mitchell, acredita que “entre as mulheres mais jovens, a dor pode estar relacionada ao fato de estarem iniciando a vida sexual e aceitando práticas que o parceiro deseja, mas que, na verdade, não as excitam”, explica. “Ou ainda, elas podem ficar tensas porque o sexo é uma novidade e elas não se sentem 100% à vontade com o parceiro”, completa.

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A pesquisa envolveu os departamentos de ginecologia, ciências da saúde, psicologia e psiquiatria de cinco universidades britânicas e mostrou que essas dores não se limitam a uma faixa etária. No entanto, elas acontecem mais com as britânicas que têm entre 16 e 24 anos e com as que têm entre 50 e 60 e poucos anos.

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Os resultados do Mosaico 2.0, pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, liderada pela Professora Carmita Abdo, Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), indicam que, aqui no Brasil, muitas pessoas também têm dificuldades sexuais há mais de seis meses. A entrevista foi feita com 1470 mulheres, de 18 a 65 anos, de sete regiões metropolitanas brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte e Distrito Federal) e foi descoberto que:

  • 3,2% delas sofrem dores graves durante as relações, enquanto elas acontecem de forma moderada em 11,5% dessas mulheres e, de maneira mínima, em 25,6% delas;
  • 7,6% delas têm grave dificuldade para atingir o orgasmo, enquanto isso acontece de forma moderada em 19,5% das entrevistadas e, de maneira mínima, em 17,3% delas;
  • 4,3% delas sentem grave dificuldade de ter interesse por sexo ou excitação sexual, enquanto isso acontece de forma moderada com 15,4% dessas mulheres e, de maneira mínima, com 12,7% delas.

Vale lembrar que 94,5% das mulheres que participaram da pesquisa consideram que o sexo é importante (51,8%) ou muito importante (42,7%) para a harmonia de um casal, da mesma forma que 25,9% delas admitiram que a dificuldade sexual traz consequências negativas para a autoestima.

É importante ressaltar a extrema necessidade de buscar ajuda médica nos casos de dor durante ou após o sexo, embora muitas mulheres ainda encarem a questão como tabu ou tenham vergonha de falar sobre o assunto.

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