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O que é rinoplastia e quando a cirurgia é a melhor opção

O procedimento pode ser utilizado para corrigir desvios de septo, diminuir carnes esponjosas do nariz e também ser aliado a fins estéticos

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 abr 2024, 16h01 - Publicado em 28 abr 2017, 15h03
 (Reprodução/ThinkStock)
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Quem sofre de desvio de septo, cientificamente descrito como deslocamento lateral da parede entre as narinas, sabe bem como os sintomas que variam entre sinusite, perda da qualidade do sono, diminuição do olfato, do paladar, da performance esportiva e da qualidade da respiração, podem influenciar drasticamente na qualidade de vida.

O problema, na maioria das vezes, não tem causa definida, e pode ser atribuído à anatomia humana, porém também pode ser causado por traumatismo, ou seja, quando há uma lesão na região nasal.

“A rinoplastia é uma das soluções em alguns dos casos, trata-se de uma cirurgia feita no septo, para corrigir a parede de cartilagem que divide o nariz interno ao meio. Além de ser uma solução funcional para o paciente, muitos optam pela interferência para fins estéticos”, explica o Dr. Alan Landecker, cirurgião plástico formado pela Universidade de São Paulo.

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Quando o assunto é hipertrofia das carnes esponjosas, isto é, o crescimento dos tecidos localizados ao lado do septo, o procedimento pode ser sugerido por um especialista. “Esse tecido é responsável por esquentar e umidificar o ar que passa pela via aérea e cresce quando o paciente tem algum tipo de alergia, obstruindo, desta forma, a passagem de ar. Uma das possibilidades da cirurgia é a diminuição dos cornetos, termo científico da estrutura em questão, conta o médico.

Em alguns casos, a desobstrução dos seios da face que, muitas vezes, causam a sinusite crônica, é feita durante a intervenção.

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Trata-se de uma drenagem do líquido através da intervenção cirúrgica, entretanto, não é tão frequente. “Pacientes com problemas clínicos que podem colocar a anestesia em risco, como alergia a anestésicos, anemia, complicações cardíacas não podem fazer a cirurgia”, adverte o Dr. Alan.

Outra contraindicação para a rinoplastia, neste caso, quando se trata de fins estéticos, é a má qualidade dos tecidos do nariz, em especial, a pele. Isso acontece, geralmente, quando foram feitas diversas cirurgias no mesmo local.

Passo a passo

Feita sob anestesia geral, a rinoplastia é dividida em etapas. A primeira, trata-se de uma pequena incisão na columela – uma coluna de pele localizada entre as narinas. “Essa incisão se prolonga para dentro do nariz, o que possibilita o desencape da pele de todo o esqueleto, ossos e cartilagem que estão embaixo do nariz.

Logo após, é feita a redução dos ossos e das cartilagens. A sequência se dá com a fase de estruturação, quando o profissional amarra as cartilagens umas às outras com pontos de fixação e insere excertos de cartilagem para fortalecer a estrutura do esqueleto remanescente”, pontua o cirurgião. O tempo médio de duração é de três horas.

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Segundo o Dr. Alan, muitos pacientes que sofriam de rinite e foram submetidos ao procedimento também relataram melhoras drásticas no quadro: “Não há uma explicação científica, porque a alergia é de causa genética e, teoricamente, não deveria ser curada pela cirurgia.”

Como o principal risco é o de sangramentos, é indicado que o paciente não tome aspirinas duas semanas antes e depois da operação, outra prescrição médica válida para uma semana antes da cirurgia é o não consumo de álcool. Em média, a pessoa deverá ficar em repouso absoluto por uma ou duas semanas.

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CLAUDIA: Quais são os benefícios que o paciente percebe após uma cirurgia de rinoplastia?

Dr. Alan: Há os ganhos funcionais. Além de sua finalidade estética, a rinoplastia estruturada também corrige problemas nos cornetos, desvio de septo e outros.

CLAUDIA: Quanto tempo dura uma cirurgia de rinoplastia?

Dr. Alan: É uma uma cirurgia muito delicada, porque as estruturas são muito delicadas. E isso causa dificuldade. A rinoplastia dura três horas e é extremamente complexa.

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CLAUDIA: Quais são riscos na fase de recuperação da rinoplastia?

Dr. Alan: O principal risco é sangramento. Caso isso venha a acontecer, é recomendado que a pessoa ligue imediatamente pro médico e, em seguida, faça repouso absoluto com a cabeça para cima.

Outro problema é que nada garante que o nariz vai cicatrizar assim que acabar a cirurgia. Ele vai estar exposto a uma série de forças que podem estragar a sua recuperação e a sua cicatrização – como o peso da pele, forças que agem no tecido de cicatrização, o fato de as pessoas mexerem muito no nariz e a própria pessoa coçar a região.

Além disso, não dá para prever o risco de reabsorção dos enxertos pelo organismo do paciente. É um fenômeno que acontece na cicatrização. Pode acontecer da pessoa apresentar focos de colapso no nariz ou pequenos buracos em um ou outro local.

CLAUDIA: Quanto tempo uma pessoa leva para se recuperar completamente da cirurgia? 

Dr. Alan: O tempo de recuperação é de um ano, em média – até três, para o nariz estar pronto para reabsorção total do inchaço. Porque a pessoa fica sem poder trabalhar por cerca de uma a duas semanas, a maioria do inchaço vai embora depois de um mês e ela não pode tomar sol na região por dois meses.

CLAUDIA: Pessoas com rinite podem fazer a cirurgia de rinoplastia?

Dr. Alan: Podem sim. Em muitas pacientes, inclusive, a rinite desaparece por um motivo desconhecido.

CLAUDIA: As pessoas sempre saem satisfeitas das cirurgias de rinoplastia? 

Dr. Alan: Uma das etapas do procedimento é trabalhar com a psicologia dos pacientes, que, em geral, é bastante complicada. Trabalhamos, então, com o dismorfismo corpóreo deles, uma vez que as pessoa nunca estão satisfeitas com o seu visual -independente de como ela estiver.

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Na cirurgia plastica geral, a chance ela ter isso é de cinco por cento; na rinoplastia, essa estatística é quatro vezes maior. Nunca estarão satisfeitas com o seu nariz.

 

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