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Não é só timidez! Saiba como identificar a fobia social

O transtorno, que pode passar despercebido, tem graves consequências para qualidade de vida e relações sociais.

Por Nathalia Giannetti
Atualizado em 15 jan 2020, 10h16 - Publicado em 10 set 2019, 09h00

Chegar a um lugar cheio de desconhecidos e se sentir deslocada e desconfortável é comum. Ir a uma entrevista de emprego, começar uma amizade ou um relacionamento afetivo sentindo-se envergonhada e insegura também faz parte. Para algumas pessoas essas situações são bem mais constrangedoras e difíceis do que para outras. Até aí, tudo normal!

O problema é quando a gente deixa de participar desses eventos, se priva de encontros, se esconde para evitar o desconforto.

Não é timidez excessiva

O transtorno de ansiedade social, ou fobia social, pode parecer apenas mais um caso de timidez, mas pode causar sérios danos na vida de uma pessoa. “O indivíduo tímido tem dificuldades em situações sociais, mas a ansiedade diminui durante a exposição social. Já em quem sofre com fobia social, o nível de ansiedade é o mesmo do início ao fim da exposição social, e há uma incapacitação”, explica o psiquiatra Dr. Elie Cheniaux. 

A grande diferença entre o transtorno e a timidez está na intensidade da sensação de ansiedade. O grau de ansiedade de uma pessoa tímida permite que ela tenha uma vida normal, ao passo que quem tem fobia social não consegue realizar quaisquer situações frente ao público, segundo a psicóloga Eliane Oliveira. 

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Essa dificuldade em iniciar e manter interações com os outros, por mais que haja vontade, acontece devido ao medo de ser julgado negativamente. Por isso, sempre que se vê diante de uma ocasião em que deve socializar, a pessoa sente temor intenso, constante e irracional, responsável por causar alterações físicas agudas. 

Como identificar?

Os sintomas da fobia social são bastante parecidos com os de uma crise de ansiedade comum:

  • Falta de ar
  • Boca seca
  • Palpitações
  • Taquicardia
  • Náuseas
  • Rubor na face
  • Tremores
  • Gagueira

Quem desenvolve a fobia social?

Os primeiros sinais do problema podem surgir desde cedo. “Em muitos casos, a doença começa a se manifestar na infância e início da adolescência. Se não for tratada, ela se torna crônica, causando muitos prejuízos na funcionalidade da vida”, alerta a psicóloga Marilene Kehdi.

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Crianças muito tímidas, que não foram estimuladas a interagir, por exemplo, são grandes candidatas a desenvolver a fobia. Mas é possível que um trauma desencadeador ocorra em qualquer fase da vida, como pode acontecer às vítimas de bullying ou que sofreram um episódio de constrangimento público, que acabam ficando com receio de se expressar e ter a mesma experiência negativa.

“Está muito relacionado com a autoestima. Então se a pessoa não é estimulada desde criança a se defender, a se expor, não reforçar esse ego, então tem possibilidade de desenvolver esse medo do julgamento do outro”, explica Elaine Di Sarno.

Tratamento

Cada caso de fobia social é diferente do outro. No entanto, deve-se destacar quais são os riscos da falta de tratamento para esse transtorno. A sua principal consequência é o isolamento social, que, por sua vez, pode levar ao desemprego e alcoolismo.  “Algumas vezes, o álcool é usado como um ‘remédio’ para diminuir a ansiedade em situações sociais”, constata o psiquiatra Elie Cheniaux. 

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Dessa maneira, para alcançar uma boa qualidade de vida, é imprescindível que o problema seja tratado de maneira adequada. Conforme aponta a terapeuta Marilene Kehdi, o ideal é o acompanhamento psicoterápico e, em casos mais graves, com medicamentos, como antidepressivos e ansiolíticos.

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