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Mulher morre após fazer escova progressiva – Veja os riscos do formol

A mulher chegou a ser internada, mas não resistiu às reações causadas pela substância química

Por Ana Carolina Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 fev 2020, 10h55 - Publicado em 17 dez 2019, 12h21
 (Reprodução/Rede Globo)
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Lidiane Ferreira dos Santos, 31 anos, morreu em Ilha Solteira, interior de SP, nesta segunda-feira (16), após realizar uma escova progressiva em um salão de beleza da cidade.

De acordo com os familiares, a mulher realizou o procedimento estético no dia 6 de dezembro. Na hora que Lidiane voltou para casa, ela começou a sentir reações como queimação pelo corpo, irritação da pele e falta de ar.

Na quinta-feira (12), a vítima foi encaminhada para o Hospital Regional da cidade, local em que ficou internada na Unidade de Terapia Semi-intensiva enquanto não era transferida para a Santa Casa de Araçatuba. Segundo relato da família de Lidiane ao G1, os médicos disseram que Lidiane estava com muito formol no corpo.

Segundo o atestado de óbito divulgado pelo Hospital Regional, a morte de Lidiane ocorreu por conta de uma parada cardiorrespiratória, alergia a produtos químicos, crise convulsiva e hipotensão.

Entenda os ricos do uso do formol

O Dr. Rodrigo Pirmez, coordenador do Departamento de Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia RJ, vice-presidente da International Trichoscopy Society e autor do livro Hair and Scalp Treatments, explica os possíveis efeitos adversos do formol, que, em casos mais graves, podem até levar à morte.

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“Por contato com a pele, as reações podem ser queimaduras, irritação e sensação de coceira, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, além da queda de cabelo. Já no contato com os olhos, os sintomas são ardência e lacrimejamento. Por inalação: ardência, coriza, coceira, falta de ar, tosse, dor de cabeça. Alem disso, o uso indevido do formol já foi relacionado a diferentes tipos de câncer (boca, narinas, pulmão, traqueia…)”, aponta o especialista.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa), o uso de formol em produtos estéticos só é permitido com a finalidade de conservar produtos e para endurecedor de unhas. “Qualquer outro uso acarreta sérios riscos à saúde da população. Adicionar formol é infração sanitária (adulteração ou falsificação) e crime hediondo, de acordo com o art. 273 do Código Penal”, explica o órgão em comunicado. 

Para saber se a substância está sendo aplicada sem o seu consentimento, fique atento ao odor do produto, já que o formol possui um cheiro bem forte. Inclusive a irritação pode ser momentânea. Por isso, caso isso aconteça, solicite ao profissional a retirada imediata. 

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