Médico canadense defende que “geneticamente, as mulheres são superiores”
No livro "A Melhor Metade", o médico Shäron Moalem, explora a teoria de que as mulheres são geneticamente melhor construídas
O médico e escritor Shäron Moalem, explora a teoria de que as mulheres são geneticamente melhor construídas no livro “A Melhor Metade”. Em entrevista a VEJA, ele conta mais sobre seus estudos e como, geneticamente, as mulheres são superiores aos homens.
“Basicamente, toda mulher que herdou a dupla de cromossomos XX possui vantagens enormes em relação a quem herdou o XY, como é o caso da grande maioria dos homens. Embora o sexo masculino seja, na média, fisicamente superior (como acabamos de ver nas Olimpíadas), o feminino é mais resiliente e tem uma imunidade muito melhor. Geneticamente, é o sexo superior”, afirmou.
O autor explicou que esses conceitos soam “confusos” para as pessoas que estão acostumadas a pensar que as mulheres são o sexo frágil. Na entrevista, Shäron conta que seus colegas homens reagiram mal e até questionaram: “Como ela pode ser melhor do que eu se eu ganharia dela numa queda de braço?”.
“Tem gente que acha que o homem é melhor em todos os sentidos, que não entende como uma mulher pequena pode ser superior a um homem musculoso e alto. Mas não é verdade”, disse o médico. Em suas pesquisas, Shäron descobriu ainda que as mulheres possuem mais chances de sobreviver a uma pandemia.
“Temos visto na grande maioria dos países que a taxa de mortalidade pela Covid-19 é maior entre homens. A princípio, muitos cientistas tentaram explicar essa diferença por meio dos comportamentos dos sexos, que são distintos. Por exemplo, homens costumam ir menos ao médico do que mulheres. Mas isso não basta para explicar por que mulheres sobrevivem mais à Covid. Do ponto de vista genético, sua imunidade superior pode, sim, explicar esse fato”, explicou.
O médico afirmou também que, apesar de, em uma tendência cultural, muitos casais preferirem ter filhos do sexo masculino, é mais “seguro” ter uma filha. “Ter um bebê homem é muito mais arriscado, já que eles têm chances significativamente menores de sobreviverem até seu primeiro aniversário, devido principalmente a essas distinções genéticas”, contou.
“Já foi observado que, em situações de fome, guerra e colapso, mais meninas nascem e sobrevivem na sociedade. Isso nos faz pensar, por exemplo, que, quando organizarmos missões para colonizar outros planetas, devemos focar em enviar mais mulheres. Homens são mais sensíveis ao câncer, precisam de mais calorias para sobreviver, são geneticamente mais frágeis. Mulheres têm vantagens na sobrevivência”, disse Shäron.
O médico finaliza dizendo que não é possível equiparar a sobrevivência masculina à feminina, já que as “diferenças genéticas são grandes demais”. “Sabemos que mulheres são capazes de “montar” um corpo biologicamente superior. Exemplo disso é o fato de que homens têm mais chances de terem o palato fendido. Eles não são tão bem construídos”, conclui.