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Infarto é mais letal do que câncer de mama para mulheres. Veja como reduzir riscos

As mulheres têm mais risco de morrer de infarto do que os homens. Por serem mais resistentes à dor, elas demoram a ir ao hospital

Por Nathalie Páiva
Atualizado em 16 jul 2021, 15h55 - Publicado em 16 jul 2021, 15h14

De acordo com o DataSUS, problemas cardíacos matam 16,13% das mulheres; os acidentes vasculares cerebrais (AVC) aparecem a seguir, na morte de 12,46% das mulheres. Só depois tem o câncer de mama, causa da morte de 2,46% das mulheres.

O público feminino tem 50% mais de chances de ter um infarto do que os homens, porque as artérias das mulheres costumam ser mais estreitas, aumentando o risco das placas de gordura interromperem a passagem do sangue. Mulheres, em qualquer idade, têm mais risco de morrer de infarto do que homens.

Ter alimentação inadequada, pressão arterial acima do recomendado (sem buscar ajuda médica), maior circunferência abdominal e o envelhecimento da população são alguns dos muitos fatores que justificam o aumento do infarto em mulheres, de acordo com Viviana Lemke, cardiologista da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e cardiologia Intervencionista (SBHCI).

Outros fatores de risco são depressão, ansiedade, obesidade, sedentarismo, estresse em geral, abuso físico e psicológico, ser fumante, ingerir muito álcool com frequência, menopausa precoce, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, hipertensão e diabetes gestacional.  

Os sintomas de infarto no público feminino podem não ser perceptíveis de imediato: dor no peito que irradia para o braço e suor frio nem sempre dão as caras. Há também outros sintomas que precisam ser observados, como falta de ar, arritmia e cansaço extremo. “A maior tolerância das mulheres à dor atrapalha nessa identificação rápida e pode fazer com que a mulher só vá ao hospital depois que o caso piorou”, complementa Viviana. 

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Como diminuir os riscos de infarto nas mulheres?

Para a médica, o principal é manter a alimentação saudável e fazer exercícios físicos regularmente. ”A dieta ideal deve ser balanceada, baseada em carnes magras, verduras, legumes e frutas. Os exercícios são muito bem-vindos para prevenir o infarto, pois além de contribuir para diminuir o índice de massa corpórea ajudam também a combater o estresse”, diz. Porém, o recomendado, especialmente para quem já teve infarto ou sofre de problemas articulares, é fazer exercício com acompanhamento de um profissional da educação física. 

Histórico familiar importa!

“Percebi os sintomas quando meu coração começou a disparar. Eu me sentia muito mal, com falta de ar. Para piorar a situação, sofro de pressão alta. Quando a situação evoluiu, recorri a um pronto socorro, onde soube que eu estava prestes a ter um infarto, por causa de uma veia entupida. Foi um verdadeiro susto para mim”, conta Eni Frioli Gottardo, aposentada de 74 anos. 

A avó materna de Eni morreu de angina, aos 58 anos. A doença causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração causa dores. O pai de Eni teve cinco infartos e morreu aos 56 anos. 

Pacientes como Eni, com histórico familiar de infarto na família, devem ter cuidado redobrado na saúde. “Quando existe um histórico de doenças do coração na família, há especial necessidade de cuidar dos fatores de risco que são reversíveis, como tabagismo e sedentarismo, e fazer controle rígido da hipertensão, diabetes e da obesidade”, salienta a cardiologista Viviana. 

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Mulheres também infartam

A campanha “Mulheres Também Infartam”, criada pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, surgiu em novembro do ano passado, com o objetivo de chamar a atenção para os altos índices de infarto em mulheres. “Também temos o objetivo de ressaltar a importância do diagnóstico precoce, pois, no caso do infarto, cada minuto conta”, afirma Viviana.

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