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Fisioterapia pélvica: a prática que você deveria começar agora

Exercícios ajudam no sexo, na hora do parto e até evitam a incontinência urinária

Por Lorraine Moreira
15 abr 2023, 08h00

Quem pensa no assoalho pélvico quando o assunto é exercitar os músculos? Poucos! Muitas vezes, as pessoas sequer sabem que essa região existe e da importância de fortalecê-la. Mas ao entrar em contato com a prática por meio da fisioterapia pélvica, você evita dores na relação sexual, soluciona problemas de disfunções pélvicas, ameniza sintomas da menopausa, alivia cólicas menstruais e até previne constipação, incontinência urinária e doenças relacionadas à vagina.

O que é o assoalho pélvico

O assoalho pélvico é formado por músculos e ligamentos na região baixa do abdômen, sendo responsável por sustentar órgãos como bexiga, útero e intestino, segundo Lilian Fiorelli, ginecologista e especialista em sexualidade feminina e uroginecologia. Canais da uretra, vagina e reto perpassam a região, e por isso o bom funcionamento dela influencia na continência fecal e urinária, além da função sexual. Conforme envelhecemos, assim como qualquer outra musculatura, ele perde tônus.

O que enfraquece o assoalho pélvico?

Sobrepeso e excesso de atividades físicas com alto impacto ou uso de força levam ao desgaste dessa parte do corpo, pois a sobrecarregam. Naturalmente, as mulheres têm maior propensão ao enfraquecimento dessa musculatura. Na gravidez, por exemplo, o peso do bebê e as mudanças que ocorrem no corpo para que a criança nasça, fazem o assoalho pélvico enfraquecer.

A funcionalidade também é comprometida aos 45 anos, quando a menopausa se aproxima e a queda hormonal diminui a flexibilidade dele. Por isso, muitas pessoas não conseguem segurar o xixi, já que o músculo está fraco e incapaz de apertar a uretra.

Fisioterapia pélvica
Fisioterapia pélvica pode aumentar prazer entre casais. (Yan Krukau/Pexels)

Benefícios da fisioterapia pélvica para o sexo

De acordo com a especialista, os exercícios de assoalho pélvico melhoram a circulação sanguínea local, o que aumenta a lubrificação e melhora a sensibilidade da região. Assim, com a prática, você tem mais prazer durante o ato sexual.

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“Também é levado mais sangue para a região do clitóris, que tem bastante terminações nervosas”. Isso significa que você consegue facilitar e intensificar os orgasmos. Quando há penetração vaginal e a pessoa força o assoalho pélvico, há melhora tanto na própria sensibilidade quanto na do outro.

Além disso, os estímulos causam alterações na libido e na excitação. “Não é que o orgasmo vai cair do céu, mas você vai preparar o corpo para receber esse prazer, com mais controle sobre o próprio corpo”, afirma a especialista.

E para o sexo na menopausa?

O desconforto durante o sexo na menopausa também pode ser evitado. A atrofia vaginal e a falta de lubrificação, comuns a quem passa por essa etapa, leva muitas mulheres a abandonarem a transa.

Uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de Santa Catarina, em 2015, relacionou a força muscular no assoalho pélvico e a função sexual de mulheres com mais de 39 anos, descobrindo que quem tinha melhor capacidade de contração se excitava mais, tendo mais lubrificação e orgasmos.

Assim, a fisioterapia pélvica pode gerar uma cadeia de efeitos positivos: aumentam a força da região e, consequentemente, há mais lubrificação e orgasmos.

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Gravidez, parto e recuperação

“Durante a gravidez é essencial, pois o peso da barriga pode enfraquecer os ligamentos”, indica Lilian. Com a fisioterapia pélvica, há uma garantia de que o relaxamento da região vai acontecer. No parto, inclusive, o processo pode ser mais fácil, além de que a recuperação acontece com mais tranquilidade. No pós-parto, quando a vagina tende a ficar dolorida e ressecada, a fisioterapia também oferece benefícios.

Quem tem endometriose se beneficia da prática?

Dependendo dos sintomas da endometriose e da localização da lesão, os exercícios para o assoalho pélvico podem ser interessantes. Em alguns casos, no entanto, não é indicado. “Não é aconselhável para mulheres que sentem dores extremas. Depende muito da sensibilidade de cada paciente, porque a ideia é melhorar e não piorar a situação”. Quando o caso tem associação da endometriose com musculatura, que são chamadas de dores miofasciais, o benefício é gigantesco.

Fisioterapia pélvica: como fazer? 

Sabe quando a pessoa vai à academia pela primeira vez e faz todos os movimentos errados porque não recebeu instrução? É isso que pode acontecer quando você parte logo para os exercícios, sem consultar um especialista em fisioterapia, pois é possível acionar a musculatura errada, levando a disfunções.

“Um profissional deve avaliar o caso, checar se há indicação ou não, se a necessidade é outra. Muitas vezes precisamos de outros estímulos, de outras técnicas, seja de frio, quente, vibração, eletroestimulação e por aí vai”. Depois da orientação, você vai poder fazer sozinha em casa, com exercícios de prender e soltar a musculatura da região vaginal.

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