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Outubro Rosa: exames essenciais de prevenção ao câncer de mama

Neste Outubro Rosa, mês de conscientização do câncer de mama, relembramos os exames que devem fazer parte do seu calendário

Por Adriana Marruffo
28 out 2023, 08h39
Neste Outubro Rosa, lembre de fazer seus exames anuais e conheça novas formas de ficar atenta (Leeloo Thefirst/Pexels)
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O câncer de mama é um dos mais comuns entre as brasileiras, e o que mais mata mulheres no mundo. Neste cenário, pensar em prevenção se torna primordial, principalmente quando sabemos que, apesar de 90% das pacientes saírem curadas quando a doença é descoberta em estágios iniciais, apenas 1/3 da população feminina do país realiza a mamografia rotineiramente. Aqui, descobrimos juntas os exames de prevenção do câncer de mama que devem fazer parte da sua rotina.

Desde o bem conhecido teste do toque até ultrassons das mamas, existem diversos exames que permitem a detecção da enfermidade nos estágios iniciais, fundamental para garantir às pacientes melhores chances.

Para te ajudar a fazer uma prevenção adequada, conversamos com Marina Sahade, Coordenadora do Comitê Científico do Instituto Oncoguia – ONG de apoio e informação para pacientes com câncer – e oncologista no Hospital Sírio-Libanês, e Gabriela Francis Simão, médica oncologista, que revelam quando fazer cada tipo de exame de detecção do câncer de mama

Precisa haver sintomas para fazer exames?

Diferente de outras patologias, o câncer, usualmente, aparece de forma silenciosa, e ocasiona seus maiores danos sem que a gente tenha a oportunidade de percebê-lo. Porém, em certos casos, a enfermidade pode dar alertas físicos, e eles nem sempre precisam ser os famosos ‘carocinhos’.

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“Quando falamos de sintomas do câncer de mama, algumas alterações físicas podem estar presentes e representam um sinal de alerta, por exemplo, alteração na pele – como vermelhidão e espessamento – aumento do volume ou endurecimento da mama, retração dos mamilos, secreção mamilar e nódulos nas mamas, axilas ou no pescoço”, comenta Gabriela. 

E como o câncer de mama pode não ter nenhum sinal, Marina reitera a importância da realização de rastreamentos e consultas de rotina anuais com seu médico ginecologista. “Mais do que autoexame, a gente gosta de incentivar o autoconhecimento. É sobre você se conhecer, para que seja cada vez mais fácil perceber uma coisa diferente do seu normal. Conheça seu corpo e sua pele, mas mantenha a rotina de ir ao médico todo ano”, reflete.

O autoexame das mamas

Antes de entrar em detalhes sobre o teste do toque, devemos ressaltar que este autoexame não invalida a necessidade de realizar outros testes anuais, como mamografias e ultrassons. Para o autoexame não há data marcada ou burocracias de convênio, é sobre estar em uma jornada de autoconhecimento do seu corpo e, principalmente, suas mamas.

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“Vai tomar banho? Se olha no espelho sem roupa, veja se a pele está do mesmo jeito – isso vale não só para as mamas, mas uma pinta ou qualquer outro carocinho”, recomenda Marina. 

“A recomendação é que o autoexame das mamas seja realizado uma vez ou mais por mês, em frente ao espelho ou deitada, preferencialmente após o período menstrual, incentivando que a mulher apalpe e observe as mamas durante o banho, na troca de roupa ou outra situação cotidiana em que se sinta confortável; para que possa perceber algumamudança em seu corpo. Sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica”, explica Gabriela.

Quando o câncer é descoberto através do autoexame, ele já mede entre 2-3 centímetros, mas quando descobrimos via outros exames, como a mamografia, ele tem milímetros, sendo apenas uma calcificação, precisando de um tratamento menos agressivo.

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Portanto, não há muitas regras além de: conheça seu corpo, sua pele, suas mamas e seus mamilos. “E outra dica bacana, cada vez que você for ao médico, pede para ele examinar as suas mamas, o que, apesar de fazer parte da examinação, muitas vezes pode não ser feito. Dessa forma, ele vai te indicar qual é o exame indicado para você”, aponta a oncologista do Hospital Sírio-Libanês.

Mamografia

A a mamografia é um raio X que é feito da mama, mas para conseguir enxergar as calcificaçõezinhas
A a mamografia é um raio-X que feito na mama conseguir enxergar calcificações (National Cancer Institute/Unsplash)

Todas já ouvimos as histórias de terror que cercam a mamografia, seja das nossas mães ou nossas amigas, nenhuma mulher espera alegremente nas salas de espera para o exame. Porém, é um dos procedimentos mais eficientes e mais necessários quando a questão é prevenção do câncer de mama – e não é tão ruim assim.

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“A a mamografia é um raio-X que é feito da mama, mas para conseguir enxergar as calcificaçõezinhas – aquelas bem pequenas – precisa apertar a mama, o que pode ser doloroso, mas, às vezes, é muito mais o medo falando do que o exame”, brinca Marina. 

Gabriela explica que este exame radiográfico deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos, como exame de rastreio. “A orientação é que no dia do exame não sejam utilizados cremes, desodorantes corporais ou outros produtos na região das mamas”, alerta.

Por que não é recomendado para mulheres jovens? Marina conta que isto se deve à densidade maior das mamas na juventude, mas com menos gordura, o que não permite uma imagem clara e confiável de possíveis alterações.

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Na outra ponta, também vale falar de mulheres na terceira idade. “Às vezes, a mulher idosa até percebe o carocinho, mas esconde da família, e os outros médicos não examinam suas mamas. É importante que toda mulher idosa seja examinada pelo médico que puder, às vezes é a única chance do ano de fazer um exame físico. E claro, para as famílias, puxem elas para fazerem os exames!”, alerta a integrante do Instituto Oncoguia. 

Ultrassom das mamas

O ultrassom das mamas, apesar de menos falado, também é extremamente importante na prevenção do câncer de mama, especialmente para as mulheres mais jovens.

“O ultrassom das mamas é um exame realizado por um médico radiologista que, através do aparelho transdutor e utilização de um gel, obtém imagens do tecido mamário. É indicado para mulheres mais jovens – por terem mamas mais densas, com menos tecido adiposo – para rastreio de nódulos ou cistos. Costumando ser um exame complementar à mamografia. Não é considerado um exame de rastreio para o câncer de mama, mas fornece informações complementares em caso de resultados indeterminados”, explica Gabriela. 

Ressonância das mamas

Para as mulheres mais jovens, antes dos 40 anos, os médicos oncologistas também indicam a realização de uma ressonância mamária! “É um exame bacana para quem tem muitos riscos genéticos – 10% dos tumores de mama tem uma questão hereditária. No exame, a mulher deita e põe a mama num buraco, podendo ver os nódulos de forma clara”, relata Marina. 

Agora que já conhecemos todos os exames para a prevenção do câncer de mama, está na hora de pegar o telefone e marcar os seus, não é mesmo? E, claro, não se esqueça de manter hábitos de vida saudáveis, com alimentação equilibrada e atividades físicas regulares.

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