Bexiga baixa: como identificar e tratar a cistocele?
O enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico pode deslocar a bexiga, causando incontinência urinária e outros sintomas. Entenda a condição!
Já ouviu falar em bexiga baixa? Também chamada de cistocele, ela é uma condição urológica que aparece por conta do enfraquecimento ou perda de elasticidade dos músculos e ligamentos do assoalho pélvico, levando ao deslocamento da bexiga para uma posição diferente da original.
E, dependendo do grau desse deslocamento, pode não haver sintoma nenhum – como alerta Carolina Cunha, ginecologista e obstetra da BP – a Beneficência Portuguesa de São Paulo. Porém, entre os sintomas mais comuns estão aqueles urinários e intestinais, como incontinência urinária e tenesmo. “Em estágios mais avançados, a mulher pode sentir uma sensação diferente, como um peso ou uma protuberância na vagina”, explica.
A ginecologista diz que, muitas vezes, é possível perceber a saída da bexiga pela vagina, ou senti-la durante o toque vaginal. “Essa é uma grande causa de constrangimento e motivo de isolamento social referidas por pacientes”, conta Carolina.
Alguns fatores que aumentam a pressão abdominal, como gestação, traumas causados pelo parto normal e fórcipe, obesidade, constipação intestinal e enfraquecimento da estrutura do assoalho pélvico, como na falta de colágeno ou menopausa, são considerados de risco para o aparecimento de cistocele.
Como identificar a bexiga baixa?
Esses incômodos devem ser relatados a um médico, que irá pesquisar minuciosamente os sintomas e os possíveis fatores desencadeadores. “O diagnóstico virá a após o exame físico, no qual pode ser percebido a descida da parede anterior da vagina, onde se localiza a bexiga. Com ele, também é possível avaliar se existem outros órgãos deslocados”, explica Carolina.
Como tratar a bexiga baixa?
Sim, existe tratamento! E grande parte dele envolve mudanças no estilo de vida, como a cessação do tabagismo, dieta e exercícios físicos que controlem a obesidade. “Pacientes na menopausa podem se beneficiar da reposição hormonal ou laser vaginal. E, claro, a fisioterapia pélvica também tem seu papel de destaque no tratamento da cistocele, sobretudo nos casos leves. Em último caso, existem os procedimentos cirúrgicos que corrigem localmente os defeitos da musculatura lesada”, finaliza a ginecologista.