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Alimentação intuitiva: conheça abordagem que substitui a dieta

Comer intuitivo busca confiar nos sinais que o corpo dá para ter uma relação saudável com a comida

Por Lorraine Moreira
13 mar 2023, 10h01

Qual foi a última vez que você comeu sem culpa? A relação da mulher com a comida é marcada por uma série de sentimentos. Tentação, raiva, proibição e tristeza são só alguns deles. Boa parte das vezes, inclusive, comer não tem a ver com nutrir o corpo, o que leva milhares de pessoas a adotarem dietas restritivas, que tem como único objetivo a perda de peso rápida. Depois de tantos métodos duvidosos surgirem, chegou a vez de desenvolver algo que funcione e seja saudável: a alimentação intuitiva.

Essa abordagem foi desenvolvida pelas nutricionistas Evelyn Tribole e Elyse Resch, e baseia-se na confiança em nosso próprio corpo, que entrega os sinais de quando precisamos de mais ou menos comida. “Ela considera manifestações de fome e saciedade, respeitando necessidades fisiológicas enquanto diferencia as sensações físicas, como a da fome, das emocionais”, explica a nutricionista e fundadora da NB Clinic, Natalia Barros.

Como vai na contramão das restrições alimentares, evita hábitos compensatórios e consumo excessivo em um período curto de tempo. “Quando nos sentimos proibidos e temos regras rígidas quanto à alimentação, a própria percepção de violação pode desencadear um consumo exagerado”, afirma. Também ajuda na maior adesão de uma alimentação saudável, porque uma dieta variada, com todos os grupos alimentares e com comidas que o paciente gosta, torna mais fácil levar o plano adiante.

O comer intuitivo é sustentado por evidências científicas e seu uso em consultas de nutrição pode ser uma alternativa a abordagens prescritivas, juntamente com a nutrição comportamental, de acordo com a especialista. “Ela auxilia pacientes que, por já terem feito tantas dietas restritivas, encontram-se desconectados com o seu próprio corpo, ou seja, não são capazes de ouvir ou perceber os sinais de fome e saciedade e não estão em paz com a comida.”

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Pilares da alimentação intuitiva

Existem três fundamentos: permissão incondicional para comer, comer para atender as necessidades fisiológicas e basear-se nos sinais internos de fome e saciedade. O primeiro propõe que não existam alimentos proibidos, para que ninguém sinta culpa por consumir nada e, assim, consiga associar a alimentação a boas sensações. O segundo fala sobre diferenciar a fome das necessidades emocionais. O último pede atenção aos sinais biológicos e gastrointestinais, como quando a barriga ronca.

alimentação
Não existem alimentos proibidos para alimentação intuitiva. (Pixabay/Pexels)

Como identificar a saciedade

“Há um desajuste quando a porção é excessiva ou insuficiente de forma recorrente, e pode ser um indicativo de problemas emocionais”, conforme a psicóloga Lala Fonseca. Mas como saber identificar a saciedade? Pode ser uma tarefa difícil quando estamos habituados a comer sem pensar se estamos satisfeitos, mas é essencial para uma alimentação saudável. Alguns sinais, segundo a nutricionista, de que já passou da quantidade que o nosso corpo precisa são: desconforto abdominal, sensação de estufamento, e sentir menos o sabor dos alimentos. 

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A recomendação para quem busca comer intuitivamente é começar aos poucos, e uma dica de Natalia é avaliar sua fome e saciedade de 0 a 10 antes e após as refeições, para enxergar de forma mais concreta quando está com fome ou não. Não se esqueça de que nenhum alimento de forma isolada é capaz de engordar ou emagrecer, então só retire um deles da sua alimentação caso haja uma recomendação médica. “Para desmistificar a ideia de alimentos proibidos, você pode escolher um alimento que sinta dificuldade de comer e planejar um momento para consumi-lo, anotando como se sentiu antes da experiência e após a experiência.”

Prevenção e tratamento de TAs

Os transtornos alimentares (TAs) são distúrbios persistentes no comportamento alimentar. A alimentação intuitiva atua na prevenção e no tratamento deles, segundo a nutricionista. “Conforme a conexão com o corpo é trabalhada, ensinando a pessoa a ouvir seus sinais fisiológicos, a relação com a comida é restaurada, o que melhora o comportamento alimentar do indivíduo.”

Nem sempre é possível adotar essa postura, no entanto, porque a pessoa ainda não tem noção sobre quantidade e precisa que um  nutricionista passe isso a ela, além de um psicólogo, que é essencial em todos os casos. “Muitas vezes as pessoas não entendem que alguns pensamentos levam a comportamentos ruins. Se essas pessoas comerem intuitivamente, sem a base do conhecimento sobre o que precisam, vão escolher alternativas negativas”, explica a psicóloga. Assim, passar por uma reeducação alimentar é igualmente importante.

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