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Adolescente fica cego por excesso de batata frita

O jovem de 17 anos tinha uma alimentação extremamente seletiva que o levou ao déficit de vitamina B12, prejudicando a visão

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 13h57 - Publicado em 3 set 2019, 14h15
Criança comendo batata frita
 (William Voon/EyeEm/Getty Images)
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Um adolescente de 17 anos sofreu uma grande perda da visão após adotar uma alimentação “extremamente seletiva”. O garoto, de Bristol, no Reino Unido, se alimentava apenas de batata frita, Pringles – batata processada -, pão branco e, de vez em quando, presunto ou salsicha. Por conta dessa falta de alimentação balanceada, o jovem, que não pode ser identificado, apresentava déficits de vitaminas e nutrientes, o que ocasionou danos no nervo óptico.

Aos 14 anos, procurou um médico ao se sentir indisposto e cansado. Na época, foi diagnosticado com deficiência de vitamina B12 e precisou tomar suplementos. No entanto, ele não seguiu o tratamento nem passou a fazer uma dieta rica em nutrientes.

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Por isso, três anos depois, o garoto foi levado ao Bristol Eye Hospital, especializado em oftalmologia, pois estava perdendo progressivamente sua visão.

“Ele explicava [o comportamento] como uma aversão a certas texturas de comida que ele não conseguia tolerar e, portanto, as batatas fritas e chips eram realmente os únicos tipos de alimento de que ele tinha vontade e achava que podia comer”, explicou a médica Denize Atan à revista científica Annals of Internal Medicine.

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Ao fazerem novos exames, os médicos descobriram que, além do déficit de vitamina B12, que já havia sido constatado anteriormente, o jovem sofria de falta de vitamina D e minerais importantes, como o cobre e selênio.

O adolescente foi diagnosticado com neuropatia óptica nutricional, condição provocada pela falta de vitamina B12. Ela consegue ser tratável se descoberta precocemente, porém, se o diagnostico for demorado, as fibras nervosas do nervo óptico ficam muito danificadas e o dano se torna permanente, de acordo com a publicação na Annals of Internal Medicine.

Segundo Atan, o adolescente preenchia os critérios para ser considerado deficiente visual, pois tinha pontos cegos no meio da visão. “Isso significa que ele não pode dirigir e tem muita dificuldade para ler, ver televisão e distinguir rostos. Ele consegue andar por conta própria, porque tem visão periférica”, explica a médica.

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