Acne na gravidez: o que causa e como cuidar da pele sem prejudicar o bebê
É uma condição que precisa de cuidados especiais, mas a boa notícia é que passa logo.
Quando a gravidez é bem assimilada, tenha ela sido planejada ou um acidente, os meses até o nascimento do bebê são um período de expectativa, alegria e intensas alterações hormonais. Algumas destas mudanças no organismo se manifestam por meio da pele e podem resultar em acne gestacional, uma condição que afeta muitas mulheres no primeiro trimestre da gestação.
Se você está grávida e passando por isso ou está planejando engravidar e já quer se prevenir para todas as possíveis situações, veio ao lugar certo! Conversamos com a dermatologista Flávia Chehin, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para saber tudo sobre a acne gestacional.
O hormônio que causa a acne gestacional
A culpa pelo surgimento da acne gestacional é da progesterona, hormônio que é produzido em uma quantidade muito maior que o normal nos três primeiros meses da gravidez.
Depois desse período, a tendência é que os níveis de estrogênio passem a ser maiores que os de progesterona e a pele comece a melhorar. Mas, em casos raros. algumas mulheres podem apresentar esta acne até o parto.
A ótima notícia é que, assim que o bebê nasce, os hormônios voltam ao normal e a pele, também.
Qualquer mulher pode ter acne gestacional?
Sim, qualquer uma. A acne gestacional não escolhe etnia, idade ou condição social. Mas os maus hábitos podem interferir para seu surgimento. “Além dos hormônios, o estilo de vida conta muito. Quem já tem a pele oleosa, não cuida e ainda tem uma má alimentação pode, sim, ter acne gestacional”, exemplifica Flávia.
Quem já tem acne tende a uma predisposição maior à acne gestacional. A dermatologista explica: “A mulher com acne na fase adulta já tem influência do hormônio sobre a acne, e quando chega a gravidez, há um risco de piora nos primeiros três meses.”
Cuidados com o tratamento da acne durante a gravidez
Da alimentação aos cremes que são passados no corpo, muitas substâncias são proibidas para as gestantes por poderem ser passadas para o bebê por meio do líquido amniótico, prejudicando sua saúde e até sua formação.
No que diz respeito ao tratamento de acne gestacional, Flávia aponta o ácido retinoico, o ácido salicílico e a vitamina A, tradicionais princípios ativos para a pele oleosa, como prejudiciais nesta fase – e que, portanto, não devem sequer ser considerados para amenizar as marcas da pele. Lasers e peelings também são riscados das possibilidades de cuidados com esta pele.
“Em consultório e depois de uma avaliação, podemos usar o ácido azeláico, mas varia de gestante para gestante”, afirma a dermatologista.
O que ela sugere para todas as mulheres, sem restrições, é a introdução de uma rotina diária de cuidados: lavagem do rosto com água fria ou morna pela manhã e antes de dormir e aplicação de hidratante e filtro solar. Sempre com produtos adequados ao tipo de pele e sem os ativos proibidões, vale reforçar.
Em um período médio de 15 dias a um mês, as lesões secam, cicatrizam e a vermelhidão diminui. E depois que o bebê nascer, você nem lembrará que passou por isso. <3