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6 motivos para você comer cogumelos

Eles são parceiros de quem deseja reforçar o sistema imunológico, proteger o coração e até perder peso. Saiba quais são benefícios que esses alimentos oferecem ao corpo e as vantagens de cada tipo.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 28 out 2016, 14h39 - Publicado em 4 nov 2014, 13h04
Rodrigo Oliveira
Rodrigo Oliveira (/)
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1. Prevenir câncer

Depois de descobrirem que em países como China e Japão, grandes consumidores desses alimentos, o índice dessa doença era bem menor comparado ao resto do mundo, cientistas decidiram investigar a relação entre a ingestão de cogumelos e a menor presença de tumores. “Foi constatado que esses vegetais não só têm um efeito na prevenção como auxiliam no tratamento contra o câncer, reduzindo os efeitos colaterais da quimioterapia”, conta a bióloga Sascha Habu, professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. 

Segundo a especialista, uma das explicações para essa relação é o fato de substâncias presentes nos cogumelos fortalecerem o sistema imunológico e reduzirem a nutrição de células cancerosas, impedindo a sua proliferação.

2. Perder peso

Se o seu objetivo é eliminar uns quilinhos, incluir shitake, shimeji e afins no cardápio é uma excelente pedida. É que, além de serem fontes de proteínas e fibras – importantes para dar saciedade -, os cogumelos apresentam baixo teor de lipídios e calorias. Para ter ideia, em 100 gramas do alimento há menos de 1 grama de gordura e não mais do que 40 calorias.

3. Dar uma força ao intestino

Graças às boas doses de fibras, os fungos também são excelentes para quem sofre com a prisão de ventre, já que essas substâncias melhoram o funcionamento intestinal.

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4. Aumentar a imunidade

Esse é um dos maiores méritos dos cogumelos e o crédito vai para as chamadas fibras betaglucanas. Elas estimulam linfócitos T – principais células de defesa do nosso corpo – a produzirem citocinas, moléculas que deixam o sistema imune pronto para qualquer ataque. Com isso, bactérias, vírus e até tumores têm mais dificuldade de se instalar.

5. Resguardar o coração

Segundo o Mushrooms and Health 2014: Clinical and Nutritional Studies in Humans, relatório da agência de pesquisa científica australiana CSIRO, estudos recentes feitos com animais mostram que o consumo de cogumelos está associado a uma redução do colesterol, afastando encrencas como infarto e derrame. Sabe-se que a betaglucana contribui para a saúde do coração ao se unir às moléculas de gordura que ameaçam o peito, eliminando-as pelas fezes.

6. Garantir boas doses de vitamina D

Algumas espécies, como o shimeji, possuem ergosterol, um precursor dessa vitamina. Mas, para que o corpo tire proveito dos benefícios que o nutriente oferece aos ossos, ao sistema cardiovascular e até à imunidade, não basta se entupir de cogumelos – é preciso tomar sol. “A radiação ultravioleta provoca alterações moleculares que transformam a substância em vitamina D de fato”, explica Ramon Kaneno, professor de imunologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo, em Botucatu, no interior paulista.

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As vantagens de cada tipo

Apesar de tantos benefícios, cada espécie de cogumelo tem suas propriedades e pode apresentar doses diferentes de fibras, proteínas, vitaminas e minerais. No Brasil, os tipos queridinhos são o cogumelo-de-paris, o shitake, o shimeji, o Portobello e o fughi secchi. Conheça a seguir o que cada um deles oferece para a sua saúde.

Ile Machado
Ile Machado ()

Cogumelo-de-paris ou champignon

É o mais consumido pelos brasileiros. Além de delicioso, esse cogumelo está cheio de vitaminas B5 e B12, que auxiliam na produção de insulina, anticorpos e hemoglobina (proteína que transporta oxigênio pela circulação). Para completar, o champignon é rico betaglucanas, aliadas do sistema imune.

Portobello ou champignon marrom

É fonte das vitaminas B2, que participa do metabolismo de proteínas, açúcares e gorduras, e B3, redutora do colesterol.

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Shimeji

Presença garantida na mesa do restaurante japonês, esse cogumelo está cheio de minerais como fósforo e magnésio e vitamina B3. “Estudos recentes apontam a presença de lovastatina, substância capaz de reduzir o colesterol total e, consequentemente, a incidência de doenças cardiovasculares”, revela a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria em Saúde e Nutrição, em São Paulo.

Shitake

É o segundo tipo de cogumelo mais ingerido por aqui. Assim como o shimeji, contém lovastatina. Apresenta ainda fósforo e ácido fólico, vitamina que protege a memória contra doenças degenerativas.

Funghi secchi

Não se trata de uma espécie, mas de qualquer cogumelo em sua forma desidratada. Ao retirar a água presente nesses vegetais, grande parte dos nutrientes é retida. “Tem quantidades significativas de potássio, cálcio, fósforo, magnésio, zinco, sódio, vitaminas do complexo B e vitamina C”, afirma Beatriz.

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Dicas de consumo

Os especialistas não são unânimes em apontar uma quantidade adequada de ingestão dos cogumelos. “Até porque, deve-se levar em conta uma série de fatores, como o biotipo da pessoa, a idade e o quanto ela pratica de atividade física”, pondera a nutricionista Cristiane Schüler Monteiro, professora da Universidade Federal do Paraná. Por isso, é recomendável procurar um especialista antes de incluir esses alimentos no cardápio.

Mas uma coisa é certa: com tantas coisas boas a oferecer, esses vegetais são mais do que bem-vindos ao nosso dia a dia. Só que, para tirar proveito de seus benefícios, eles devem estar inseridos em uma dieta saudável e equilibrada. Daí porque você deve evitar as versões em conserva – que têm muito sódio – e preparações carregadas em creme de leite e manteiga, por exemplo.

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