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Transexual goiana é encontrada morta em praia de Portugal

Na segunda-feira, 11, o corpo de Angelita Seixa Alves foi localizado por um surfista na praia de Matosinhos, no Porto

Por Da Redação
Atualizado em 13 jan 2021, 15h25 - Publicado em 12 jan 2021, 15h00
Angelita Seixas Alves Correia foi morta em Portugal após ameaças
Angelita Seixas Alves Correia foi morta em Portugal após ameaças ((Foto: Reprodução)/Facebook)
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Na segunda-feira (11), uma transexual de Goiânia foi encontrada morta, em praia de Portugal. Ela se chamava Angelita Seixas Alves Correia, 31 anos, era personal trainer e instrutora de dança. A irmã, Suzana Alves Alcântara, disse que Angelita relatou estar sofrendo ameaças, em live nas redes sociais, mas não deu detalhes. Ela estava desaparecida desde 1° de janeiro – de acordo com o G1.

Suzana contou que a irmã foi em 2016 para Portugal, e se casou em 2018 no país. Morava na cidade de Matosinho. No primeiro dia do ano a instrutora saiu de casa e disse que iria ver uma amiga.

O corpo e objetos pessoais foram encontrados por um surfista, que acionou as autoridades. A família entrou em contato com a polícia em Portugal, mas ainda não há mais informações sobre o ocorrido.

A irmã está em contato com o consulado português e está aguardando uma resposta para saber se conseguirá viajar. Ela também espera que a polícia passe informações sobre as investigações da morte de Angelita.

Atualização:

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Em entrevista ao UOL, Suzana contou que, no dia em que desapareceu, sua irmã havia feito uma chamada de vídeo para a família após sair da casa da amiga, o que preocupou os familiares. Angelita também teria conversado com uma sobrinha e, durante a ligação, parecia assustada.

“Foi tudo bem rápido. Entendemos que estava falando de alguém. Em seguida, a minha sobrinha ligou para ela. Estava assustada e ficava olhando para os lados. Eu enviei mensagens, tentamos ligar e perdemos o contato”, relatou Suzana.

Ela não acredita que Angelita tenha se desentendido com alguém ou se envolvido alguma confusão. “A minha irmã era alegre, alto astral. Fez muitos amigos no Porto. Era querida por todos.”

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Ainda aguardando respostas da polícia, todos estão arrasados com a perda daquela que era considerada o maior alicerce da família. “Era ela quem cuidava de mim, da minha avó, da minha tia e minha prima”, contou Barbara Laise Alves Correa, sobrinha de Angelita. “Meu maior medo sempre foi de algo acontecer com ela. E, agora que aconteceu, não sei como será daqui para frente.”

A família ainda não sabe como será o transporte do corpo da personal trainer para o Brasil, pois não possui condições de arcar com as despesas e, até o momento, não recebeu qualquer apoio do Itamaraty.

“Nada. De ninguém. Não temos condições financeiras de pagar o traslado. Ainda não comprei a passagem. Estou atrás disso”, disse Suzana, que já até fez o teste de Covid-19, requisito obrigatório para viajar para a Europa, e que espera conseguir embarcar.

Procurado pelo UOL, o cônsul-adjunto do Consulado-Geral do Brasil no Porto, Fábio Simão Alves, informou ter conhecimento do caso e que está acompanhando as investigações da Polícia portuguesa. Também afirmou que o Consulado “está pronto para prestar à família toda a assistência cabível.”

O Consulado-Geral foi contatado por familiares da senhora Angelita Correia no último dia 9, sábado. A pedido da família, o Consulado-Geral solicitou ao governo português autorização excepcional que permitirá à irmã da nacional viajar para Portugal a fim de acompanhar o caso. A autorização foi concedida pelas autoridades migratórias na noite de ontem, 12, e a família da nacional foi imediatamente comunicada a respeito”, diz o email enviado pelo cônsul.

Já o Itamaraty não respondeu diretamente sobre o caso, mas declarou que presta assistência às mortes de cidadãos brasileiros no exterior e no traslado dos restos mortais. Leia a nota na íntegra a seguir:

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“O Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua rede consular em Portugal, presta toda a assistência legal e materialmente possível a brasileiros naquele país, respeitando os tratados internacionais vigentes e a legislação local, conforme estabelecido pela Convenção de Viena sobre Relações Consulares, o Regimento Interno da Secretaria de Estado das Relações Exteriores e o Manual de Serviço Consular e Jurídico do Itamaraty.

Em caso de óbito de cidadão brasileiro no exterior, como parte do serviço de assistência a nacionais, as embaixadas e os consulados brasileiros prestam aos familiares orientações gerais, no sentido de apoiá-los em suas decisões relativas, por exemplo, ao traslado dos restos mortais, auxiliam seus contatos com autoridades locais, com vistas a obter todos os esclarecimentos necessários sobre os fatos, e, por fim, cuidam da expedição de documentos, como o atestado de óbito brasileiro. Em casos de morte em circunstâncias suspeitas, a assistência consular também inclui o acompanhamento das investigações junto às autoridades locais.

Nos termos do artigo 31 da Lei 12.527/2011 e do artigo 55 do Decreto 7.724/2012, informações pessoais que se referem à intimidade, vida privada, honra e imagem são protegidas por sigilo e não podem ser divulgadas sem “previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem”, ou, “caso o titular das informações pessoais esteja morto ou ausente”, não podem ser divulgadas sem o consentimento do cônjuge ou companheiro, dos descendentes ou ascendentes.”

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