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Telas podem ser prejudiciais a regulação emocional de crianças

Especialistas identificaram efeitos negativos no uso de aparelhos digitais para o público infantil

Por Lorraine Moreira
17 dez 2022, 08h02
Criança
Acesso a celulares e TVs pode ser prejudicial para crianças. (Foto: Reprodução/Pixabay)
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Ceder o celular ou ligar a TV para a criança pode parecer a melhor opção depois de um longo dia de trabalho e estresse. Mas, de acordo com um novo estudo publicado na última segunda-feira (12) pela JAMA Pediatrics, os dispositivos digitais aumentam as chances da pessoa apresentar problemas relacionados à reatividade emocional no futuro. Isso significa que, quando houver uma frustração diária, é mais provável que uma reação negativa maior aconteça.

A pesquisa observou a probabilidade de 422 pais e cuidadores utilizarem os aparelhos para distrair os filhos, que possuíam de 3 a 5 anos de idade, e o quão desregulado foi o comportamento deles durante seis meses. O uso frequente de dispositivos digitais foi associado a uma maior necessidade de controlar os acessos de raiva ou momentos de frustração. A longo prazo, no entanto, a criança sofre o efeito contrário, pois ela perde a oportunidade de aprender a responder às emoções difíceis, além de ser induzida ao pensamento de que grandes exibições de suas emoções são eficientes para conseguir o que quer.

Os pesquisadores recomendam ensinar os filhos a identificar as emoções e como lidar com elas, ao invés de punir ou estimular as crianças a esconderem suas expressões de frustração, raiva ou tristeza. Os cuidadores também têm a opção de explicar como nomear esses sentimentos e indicar maneiras mais adequadas de responderem a eles, caso sejam explosivos.

Nem sempre os pais possuem reservas emocionais para ajudar no processo, mas é importante que os pequenos percebam que seus sentimentos são considerados importantes para seus genitores, de acordo com os especialistas da análise. A intenção do estudo não é influenciar o descarte completo dos aparelhos da vida do público infantil, mas sim apresentar como o uso demasiado pode ser prejudicial a saúde emocional dessas crianças a longo prazo.

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