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Presidente argentino envia proposta de legalização do aborto ao Congresso

Caso seja aprovada, a interrupção voluntária da gravidez será obrigatoriamente realizada dentro do sistema de saúde nacional

Por Da Redação
18 nov 2020, 10h00

Alberto Fernández, presidente da Argentina, anunciou que enviou ao Congresso, nesta terça-feira (17), o projeto de lei que pode tornar legal o aborto no país. Uma segunda proposta, também enviada pelo presidente, estabelece o Projeto de Mil Dias, uma campanha de cuidado integral da saúde de gestantes e seus filhos nos primeiros anos de vida.

Não foram dados muitos detalhes sobre a proposta de legalização do aborto além do fato de incluir que a interrupção voluntária da gravidez seja obrigatoriamente realizada dentro do sistema de saúde nacional. Portanto, ainda não se sabe até qual fase da gestação será possível fazer o procedimento ou mesmo se o novo texto possui diferenças em relação a um projeto que foi rejeitado pelo Senado argentino em 2018.

Fernández já havia manifestado intenção de reverter a rejeição dos senadores quando ainda era candidato em campanha. Em março deste ano, após ser eleito, o presidente comunicou que enviaria a nova proposta, afirmando que o aborto “acontece, é um fato” realizado “em absoluto sigilo”.

“Sempre foi meu compromisso que o Estado acompanhe todas as pessoas gestantes em seus projetos de maternidade e cuide da vida e da saúde daqueles que decidem interromper sua gravidez. O Estado não deve ignorar nenhuma dessas realidades”, disse o presidente no Twitter, ao comunicar o envio da proposta.

Segundo ele, 38 mil argentinas são internadas todo ano por causa de abortos clandestinos, que também já causaram o óbito de mais de 3 mil mulheres desde o fim da ditadura militar, nos anos 80. Ele também chamou atenção para o fato de que as mulheres vulneráveis e em situação de pobreza são as que mais recorrem aos procedimentos inseguros, tornando-se assim as maiores vítimas.

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“A criminalização do aborto de nada serviu. Apenas permitiu que os abortos ocorram clandestinamente, em números preocupantes. […] A legalização do aborto salva as vidas das mulheres e preserva suas capacidades reprodutivas, muitas vezes afetadas por esses abortos inseguros. Não aumenta a quantidade de abortos nem os promove. Somente resolve um problema que afeta a saúde pública”, explicou.

Ao fornecer cobertura no sistema de saúde, continuou Fernández, também se facilita o aceso a métodos contraceptivos que previnem a gravidez indesejada. “Portanto, o dilema que devemos superar é se os abortos são feitos na clandestinidade ou no sistema de saúde argentino.”

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