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Países liderados por mulheres têm resultados melhores contra Covid-19

Pesquisa indica que líderes femininas reagiram mais rápido e mais decisivamente no combate à pandemia, diminuindo os números de casos e mortes

Por Da Redação
19 ago 2020, 11h48
Jacinda Ardern
Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia (Phil Walter/Getty Images)
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Países liderados por mulheres têm resultados “sistematicamente e significativamente melhores” contra a pandemia da Covid-19, diz estudo do Centre for Economic Policy Research and the World Economic Forum. As informações são do jornal The Guardian.

De acordo com a pesquisa, que analisou 194 países, há uma diferença entre a forma como nações comandadas por mulheres lidaram com a pandemia da forma como os países liderados por homens fizeram. Essa distinção estaria explicada pelas “respostas proativas e políticas coordenadas” desses países.

O estudo ainda citou como exemplo o sucesso no combate ao coronavírus de líderes como Angela Merkel, da Alemanha; Jacinda Ardern, da Nova Zelândia; Mette Frederiksen, da Dinamarca; Tsai Ing-wen, da Tailândia e Sanna Marin, da Finlândia.

“Nossos resultados claramente indicam que as líderes femininas reagiram mais rápido e mais decisivamente frente à possíveis fatalidades”, disse Supriya Garikipati, economista desenvolvimentista da Universidade de Liverpool e co-autora da pesquisa junto com Uma Kambhampati. “Em quase todos os casos, elas decretaram o lockdown mais cedo do que os líderes masculinos em circunstâncias similares. Embora isso possa ter implicações econômicas a longo prazo, certamente ajudou esses países a salvar vidas, conforme evidenciado pelos números significativamente baixos de mortes nesses países”, completa.

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New Finnish Prime Minister Sanna Marin Meets With Angela Merkel
Angela Merkel e Sanna Marin, primeiras-ministras da Alemanha e da Finlândia, respectivamente (Emmanuele Contini/Getty Images)

As duas pesquisadoras analisaram as diferentes políticas adotadas e a totalidade de casos e mortes por Covid-19 até 19 de maio, analisando também dados brutos de cada país, como PIB, população, densidade populacional e proporção de residentes idosos, bem como gastos anuais com saúde per capita, abertura para viagens internacionais e nível de igualdade de gênero na sociedade.

Além disso, com apenas 19 países sendo comandados por mulheres, do total de 194 nações estudadas, as autoras também criaram os chamados países “vizinhos próximos” para compensar a diferença, juntando Alemanha, Nova Zelândia e Bangladesh com Grã-Bretanha, Irlanda e Paquistão, que são liderados por homens.

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“Essa análise claramente confirma que quando países liderados por mulheres são comparados com países similares em uma série de características, eles performaram melhor, experimentando menos casos assim como menos mortes”, afirma Garikipati.

Por fim, os pesquisadores disseram esperar que o estudo sirva “como um ponto de partida para iluminar a discussão sobre a influência dos líderes nacionais na explicação das diferenças nos resultados de Covid dos países”.

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