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Pai de menina encontrada morta confessa que enterrou o corpo da filha

Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrada morta no domingo (28). Laudo do IML aponta morte por esganadura

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 09h14 - Publicado em 29 abr 2019, 11h57
 (Facebook/Reprodução)
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Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrada morta no domingo (28) em Rolândia, no norte do Paraná. A menina estava desaparecida desde quarta-feira (24). Seu pai, Ricardo Seidi, confessou à polícia que enterrou o corpo da filha em uma casa que pertence à família no dia do desaparecimento. 

Na tarde de ontem (28), Seidi prestou depoimento e contou que teve essa atitude porque encontrou a menina enforcada no quarto dela. O homem está preso.

O delegado Ricardo Jorge contou detalhes sobre a ação do pai de Eduarda. “Ele confessou a ocultação do crime. Disse que no dia dos fatos encontrou a menina enforcada com uma corda. Ao ver a filha morta, se desesperou, amarrou o corpo, colocou dentro de um veículo preto e levou até essa casa que estava abandonada. No local, já existia um buraco por causa de uma fossa, então ele colocou o corpo nesse local, fechou com cimento e foi embora. Ele ficou aproximadamente 20 minutos na casa”, disse ao G1.

O corpo da menina foi encontrado por volta das 14h30. Segundo o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), na quarta-feira, dia em que desapareceu, a criança foi para a escola de manhã, voltou para casa, deixou a mochila no sofá e não foi mais vista.

De acordo com a Polícia Civil, câmeras de segurança registraram a menina chegando em casa por volta do meio-dia, mas as imagens não mostram ela saindo. Por volta das 13h30, o pai saiu de casa em um carro preto e, às 13h37 ele chega ao imóvel onde enterrou a filha. O carro não foi localizado pela polícia.

Contradição

No dia seguinte (25), a avó de Eduarda, que tinha a guarda da menina, fez um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento. A mãe de Eduarda mora em São Paulo. Ricardo Seidi ainda fez uma publicação no Facebook pedindo informações sobre a filha desaparecida. “Me ajudem, por favor!”, escreveu.

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Segundo Ricardo Jorge, o boletim foi feito de maneira falsa. “Eles [avó e pai] já sabiam que a menina estava morta. A avó se contradisse em vários momentos durante o depoimento”, conta o delegado.

Com a confissão do crime, os internautas, revoltados, estão fazendo comentários ofensivos ao pai na publicação e em todo o perfil do rapaz. “É o fim dos dias. Como pode um pai tirar a vida da própria filha? Que mostro você é”, escreveu um deles. “Monstro!! Assassino!! Como pode destruir a vida de um ser inofensivo e ainda por cima sua própria filha”, comentou outro. 

O corpo de Eduarda foi encontrado com os pés e mãos amarrados, com uma corda no pescoço e a cabeça envolvida com um saco preto e uma toalha. A Polícia Civil aguarda o resultado de exames do Instituto Médico-Legal (IML) para saber a causa da morte.

O enterro aconteceu na manhã desta segunda-feira (29), no Cemitério Municipal de Rolândia. A família optou por não fazer velório. A escola onde Eduarda estudava suspendeu as aulas e os colegas puderam participar do enterro.

Morte por esganadura

A mãe da menina, Jéssica Pires, contou que soube da morte através da avó, mãe de Ricardo. Emocionada, ela disse que não imaginava que o ex pudesse fazer mal à criança. 

“Ela [Eduarda] falava que ele era bravo, que ele esperava ela chegar da escola no portão de casa, mas eu achava que era preocupação de pai. Eduarda dizia que ele era frio com ela, não dava carinho, mas eu não achava isso estranho, porque ele era frio no casamento também”, disse.

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O resultado do laudo do IML apontou que a menina foi morta por esganadura. A Polícia Civil pediu então a prisão temporária de Ricardo, por 30 dias, por homicídio qualificado. O pedido ainda não foi apreciado pela Justiça.

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