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Motorista de aplicativo confessa ter agredido passageira

A vítima foi abandonada em um terreno baldio, nua, ensanguentada e enrolada em um lençol

Por Da Redação
16 fev 2019, 13h35
violência
 (pecaphoto77/ThinkStock)
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Logo no começo do ano, no dia 09 de janeiro, uma mulher foi encontrada nua, ensaguentada e enrolada em um lençol, em um lote baldio de Abadia de Goiás. Agora, um motorista de aplicativo foi preso, suspeito de agredir e abandonar a vítima.

Em seu depoimento inicial à Polícia Civil, Silomar Santos do Lago, de 28 anos, disse aos oficiais que a mulher teria lhe roubado. Ao ser detido, no entanto, ele mudou de história e confessou ter inventado tudo.

O crime aconteceu na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com as investigações, Ana Júlia Costa Pereira Pouso Alto, de 20 anos, teria pedido uma corrida particular, fora do aplicativo.

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Durante a viagem, a mulher começou a ser agredida por Silomar. Depois de deferir socos na vítima, o homem ainda teria tentado matá-la, dando-lhe golpes com o macaco do carro.

A jovem foi encontrada ferida, teve diversas fraturas no rosto e ficou internada 10 dias, no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Segundo depoimento, Ana Júlia alega se lembrar apenas do início das agressões.

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A versão que Silomar contou, em primeiro momento, afirmava que o motorista teria sido interceptado por três homens e uma mulher, que o assaltaram. Ele teria conseguido fugir.

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Na mesma manhã, policiais encontraram o carro do homem, abandonado na cidade, além da jovem ferida no terreno baldio. Com as informações que tinham, as autoridades pensavam que Ana Júlia fazia parte do assalto, mas que teria brigado com os comparsas.

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Mudando os rumos da investigação, logo que saiu do hospital, ela disse que não tentou roubar o motorista.

Já detido, Silomar confessou o crime. “Quando o prendemos, Silomar disse que estava com muita raiva porque ela devia mais de dez viagens para ele”, disse o delegado Arthur Fleury, responsável pelo caso, ao G1.

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Em apresentação à imprensa, na sexta-feira (15), o motorista alegou que já havia feito 12 viagens com a jovem. Segundo ele, apenas duas tinham sido pagas pela garota.

João Neto de Moraes, advogado de Silomar, disse que irá analisar o inquérito e pedir a liberdade do homem. “O motivo foi essa dívida, não houve qualquer abuso. Ele inventou a história do roubo em um momento de desespero”, disse.

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A vítima, entretanto, nega qualquer dívida que tenha com o motorista. Segundo o delegado, Silomar irá responder por tentativa de feminicídio. O oficial segue tentando esclarecer o que motivou crime, para concluir a investigação.

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