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Jornalista, dramaturgo e cineasta Arnaldo Jabor morre aos 81 anos

Expoente do Cinema Novo, nos anos 1970, Jabor também fez sucesso como comentarista em telejornais

Por Da Redação
15 fev 2022, 11h04
Arnaldo Jabor
 (Reprodução/TV Globo)
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O cineasta, dramaturgo e jornalista Arnaldo Jabor morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 81 anos. Nascido no Rio de Janeiro, ele fez história no Cinema Novo e tornou-se um rosto familiar como comentarista nos telejornais da Globo. Conforme noticiado por Veja, ele estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por conta de um acidente vascular cerebral (AVC).

Trajetória nos cinemas

Jabor viu seu talento florescer como diretor de filmes durante a segunda fase do Cinema Novo, na qual engrossou a leva de cineastas devotados a analisar a realidade do país sob inspiração do neorrealismo italiano e da Nouvelle Vague francesa. Seu primeiro longa-metragem foi A Opinião Pública, de 1967, um mosaico da classe média do Rio de Janeiro. Lembrado por seu teor crítico e irônico, dirigiu obras marcantes como Toda Nudez Será Castigada, de 1973, e O Casamento, de 1975, adaptadas de obras do escritor Nelson Rodrigues. Outro título a marcar época foi Eu Sei Que Vou Te Amar, de 1986, indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes e vencedor do Urso de Prata no Festival Internacional de Berlim.

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Cena do filme ‘Eu Sei que Vou te Amar’ . (Divulgação/Divulgação)

Nos anos 1970, sua trajetória foi um caso emblemático da sofrida luta do cinema para sobreviver à censura do regime militar, com títulos sendo considerados escandalosos e sofrendo cortes e atrasos na exibição. De acordo com seus assessores, Jabor deixa um filme inédito, Meu Último Desejo, baseado na crônica O Livro dos Panegíricos, de Rubem Fonseca – filmado em São Paulo, com Michel Melamed no elenco.

Migração para o jornalismo

Jabor migrou para o jornalismo na década de 1990, em decorrência do sucateamento do cinema nacional na época do governo de Fernando Collor de Mello, especialmente após o fim dos financiamentos da estatal Embrafilme. No final de 1995, tornou-se colunista do jornal O Globo e, mais tarde, passou a integrar grandes programas da Rede Globo, como Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom dia Brasil, Jornal Hoje e Fantástico. Sem se restringir apenas a um assunto, Jabor comentou acontecimentos da atualidade com seu estio ácido, atraindo críticos e admiradores.

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Além de jornalista e cineasta, Arnaldo Jabor também publicou livros como Pornopolítica, em 2006, Amigos Ouvintes, em 2007 e O Malabarista, em 2014.

 

 

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