Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Esquenta Black Friday: Assine a partir de 7,99

Desaparecida, ativista do Me Too pode ter sido presa na China

A principal hipótese é que a jornalista Sophia Huang Xueqin pode ter sido alvo da repressão política chinesa

Por Da Redação
Atualizado em 24 set 2021, 16h49 - Publicado em 24 set 2021, 16h42
Sophia Huang Xueqin
 (Thomas Yau/South China Morning Post/Getty Images)
Continua após publicidade

Principal nome do movimento Me Too na China, a jornalista Sophia Huang Xueqin, 33 anos, é considerada desaparecida. Vista pela última vez no domingo (19), mesmo dia em que interrompeu o contato com seus amigos, a ativista teria sido detida em seu país de origem.

Sophia foi contemplada com uma bolsa de estudos em Londres, por isso estava com uma viagem agendada para a última segunda-feira (20), quando sairia de Hong Kong com destino a capital britânica. Ela deveria iniciar os estudos de pós-graduação na Universidade de Sussex.

As razões para a suspeita de detenção da jornalista permanecem indeterminadas. No entanto, constatou-se que no dia de seu desaparecimento, Huang estava acompanhada do ativista sindical Wang Jianbing. 

Familiarizados com casos envolvendo o desaparecimento de ativistas, a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) especula que Wang pode ter sido apreendido por “incitação para subverter o poder do Estado” por causa das reuniões que ele e amigos realizaram em sua residência. Como Sophia estava em sua companhia, ela também teria sido levada. 

#MeToo

Sophia Huang ganhou destaque internacional em 2018 por mobilizar a versão chinesa do movimento #MeToo. Na época, a jornalista escreveu um relatório de pesquisa sobre assédio sexual e casos de agressão enfrentados por mulheres chinesas da indústria jornalística.

Continua após a publicidade

No mesmo ano, a ativista ainda ajudou mulheres que acusaram de assédio sexual um professor da Universidade Beihang, em Pequim.

Em novas ações, Sophia participou, em 2019, de protestos em Hong Kong contra o projeto de extradição apresentado pelo governo, que acabou sendo retirado.

Em outubro daquele mesmo ano, a jornalista foi detida por “criar brigas e provocar problemas”, mas foi libertada três meses depois.

Continua após a publicidade

Apesar do histórico de luta contra a repressão, Robert Cheng, identificado pela imprensa como amigo de Sophia, defendeu que a jornalista, pensando na viagem que faria, adotou nos últimos meses uma postura restrita a fim de se manter imparcial e invisível, já que na China posturas críticas ao governo são usadas frequentemente como motivo para detenções de jornalistas. “Ela se manteve discreta por meses, esperando que pudesse fazer a viagem”, disse.

Em nota, um porta voz da Universidade de Sussex, onde a chinesa estudaria, expôs o posicionamento da instituição de ensino. “Estamos preocupados com a segurança e o paradeiro de nossa aluna”, disse. “Nossa equipe está em contato com a organização da Chevening [programa de bolsas] para obter mais detalhes.”

A IFJ classificou o desaparecimento da jovem como “preocupante”. “A detenção tem sido cada vez mais usada pelo governo chinês para reprimir a dissidência política”, afirmaram.

Continua após a publicidade

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.