Homem que assediou ciclista vira réu por importunação sexual
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), nesta sexta-feira (15)
Nesta sexta-feira (15), a Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra o homem que assediou a ciclista Andressa Lustosa e o motorista que aproximou o carro até a vítima, em Palmas, sul do Paraná.
A partir da denúncia, os suspeitos pelo crime se tornaram réus por importunação sexual (com pena prevista de um a cinco anos) e por lesão corporal qualificada (que prevê de um a quatro anos de prisão).
O caso foi qualificado pelo gênero, já que a vítima é mulher. A denúncia foi feita por meio da 1º Promotoria de Justiça de Palmas e o processo penal tramita sob sigilo na Vara Criminal de Palmas.
Importunação sexual
No dia 26 de setembro, a ciclista ficou ferida após ser vítima de importunação sexual enquanto pedalava. Uma câmera registrou o momento em que um carro se aproxima e o homem, de dentro do veículo, coloca o braço para fora da janela para passar a mão em Andressa, que se desequilibrou e caiu. Os envolvidos saíram rapidamente com o carro após o episódio.
Após ser assediada e ter caído no chão por causa do crime, Andressa ficou ferida. A ciclista registrou um boletim de ocorrência e acessou as câmeras de monitoramento da região para compreender exatamente o que havia acontecido.
Ao Encontro, programa televisivo da Rede Globo, a vítima disse que percebeu que o acidente só aconteceu porque tinha sido tocada pelo homem no veículo. Ela compartilhou as imagens do ocorrido nas redes sociais e pediu ajuda para identificar os suspeitos.
“Eu acho que está na hora de alguém tomar uma atitude. A gente não está aguentando mais esse tipo de situação. É humilhante nós, mulheres, não podermos sair na rua para fazer uma atividade física. Você não pode sair na rua por medo. O que é isso? Em pleno século 21, é triste. Não é normal isso”, afirmou Andressa.
“Alguém tem que parar esses agressores, abusadores. Eles têm que entender que vieram de uma mulher, eles têm que respeitar. Já passou dos limites, é uma situação degradante para qualquer uma. Eu sei que hoje em dia muita mulher sofre e nem fala. E, se não tivesse uma câmera para filmar, como é que eu ia provar o que aconteceu? Eu nem ia saber que o cara passou a mão em mim”, explicou a vítima após o ocorrido.