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Este projeto aprovado é uma resposta à indignação do caso Mari Ferrer

Acréscimo do crime de violência institucional na Lei de Abuso de Autoridade foi aprovado na Câmara

Por Da Redação
Atualizado em 11 dez 2020, 11h16 - Publicado em 11 dez 2020, 10h00
Mariana Ferrer
 (Instagram/Reprodução)
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Foi aprovado nesta quinta-feira (10), pela Câmara dos Deputados, um projeto que acrescenta o crime de violência institucional praticada por agente público na Lei de Abuso de Autoridade. Servindo como resposta à indignação gerada pelo julgamento do caso Mariana Ferrer, o texto agora será avaliado pelo Senado.

Segundo informações do G1, o projeto determina que a violência institucional ocorre quando o agente prejudica “o atendimento à vítima ou testemunha de violência ou cause a sua revitimização”, termo referente a situações em que, durante processos judiciais ou administrativos, vítimas são forçadas reviver lembranças dos traumas e violências que sofreram.

A pena aplicada para o crime será de detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa. Contudo, caso o erro seja “plenamente justificado pelas circunstâncias” porque o agente supôs que sua atitude era uma “ação legítima”, é prevista a isenção da pena. Já em situações de omissão, será “penalmente relevante” caso o agente tivesse o dever e a possibilidade de agir para evitar o resultado.

Caso Mariana Ferrer

A blogueira Mariana Ferrer, 23 anos, acusa o empresário André de Camargo Aranha, 43 anos, de tê-la estuprado em dezembro de 2018 no Café de La Musique, um beach club de Florianópolis. Ela afirma ter sido drogada e em seguida violentada, o que caracteriza estupro de vulnerável.

André foi julgado e inocentado em setembro, em uma audiência virtual marcada por humilhações a Mariana desferidas pelo advogado do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho.

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Durante o julgamento, o advogado mostrou fotos da blogueira, afirmando que ela posava em “posições ginecológicas” e declarou que “graças a Deus” não tinha uma filha do “nível” de Mariana.

“E também peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você”, continuou ele. “A verdade é essa, não é? É o seu ganha pão a desgraça dos outros. Manipular essa história de virgem…”.

Diante do choro da vítima, o juiz perguntou se ela gostaria que a sessão fosse suspensa, mas Mariana respondeu dizendo que apenas gostaria de ser respeitada. “Nem os acusados de assassinato são tratados da forma que eu tô sendo tratada”, declarou.

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Foi somente em novembro, porém, que os acontecimentos da audiência repercutiram, após o Intercept Brasil divulgar as gravações do julgamento. Na ocasião, muito se discutiu o termo “estupro culposo” e as condutas do promotor e do juiz participantes.

Com isso, o Ministério Público de Santa Catarina declarou que a proteção da vítima havia sido feita conforme os protocolos judiciais e que o vídeo havia sido manipulado, editando as falas em que o promotor e o juiz impediam as ofensas do advogado. O órgão solicitou um pedido de quebra de sigilo processual para divulgar o vídeo na íntegra.

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