Angelina Jolie critica banimento a refugiados e muçulmanos
A atriz e ativista humanitária, publicou artigo contra medida de Donald Trump que impede a entrada de refugiados sírios e muçulmanos nos Estados Unidos
Na edição de quinta-feira (2) do jornal norte-americano The New York Times, Angelina Jolie, 41, assinou um artigo criticando decreto do presidente Donald Trump que bane o ingresso nos Estados Unidos de refugiados sírios e de cidadãos de sete países compostos por maioria islâmica.
“Longe de serem terroristas, refugiados são, eles mesmos, vítimas do terrorismo”, escreveu. A própria atriz e ativista humanitária é mãe de crianças que eram refugiadas em seus países de origem: “Eu gostaria muito que nossa nação fosse segura para eles”.
“Todos os governos devem balancear as necessidades de seus cidadãos com suas responsabilidades internacionais. Mas nossas decisões devem se basear em fatos, e não em medo”, continua. “Simplesmente não é verdade que nossas fronteiras estão sendo invadidas ou que os refugiados são admitidos nos Estados Unidos sem um exame rigoroso”.
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A atriz pontuou que essa é a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, com 65 milhões de pessoas nessa situação ao redor do mundo. “Se mandamos a mensagem de que é aceitável fechar as portas para refugiados, ou discriminar com base em religião, nós estamos brincando com fogo. Nós estamos acendendo um fusível que vai queimar em todos os continentes”.
“A lição que aprendemos em anos combatendo o terrorismo desde o 11 de setembro é que, toda vez que abandonamos nossos valores, nós pioramos o problema que estamos tentando combater”, diz. “Fechar nossas portas para refugiados ou descriminá-los por sua religião não é nosso caminho. Impôr medo não é nosso caminho. Segregar os mais fracos não mostra força”.
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